Capítulo 71

18 5 1
                                    

Caleb Nolasco

- Filho..  já parou para pensar que Isabella não está com você por causa de dinheiro? – Ela fica. E olhando.

- Eu sei que não mãe. Até porque ela tem dinheiro. Eu que é que não tenho. Não posso fazer as viagens que ela faz. Não posso ir a lugares que ela vai. Essa última viagem eu não peguei a passagem, foi o pai dela. Não paguei o hotel, foi ela. E o dinheiro que eu gostei lá vai me fazer falta. – Falo desanimado. – Até o anel que eu dei pra ela tive ajuda de Raul. Preciso mudar isso.

- Então porque gastou?  Ela sabe da sua situação certo? – Ela continua a investigação.

- Sim. Mas quero dar mais a ela. – Falo e me ajeito no sofá. – O mundo dela é muito diferente do meu mãe. E Isabella..  eu não sei te explicar, mas ela é tudo pra mim. Eu sei que é pouco tempo, Catarina repete isso sempre que pode. Mas Isabella é única, eu realmente amo Isabella. Quero casar com ela mãe, sabe que nunca tive vontade com nenhuma mulher. Quero ter filhos com ela. E sinto falta dela. Eu sinto o tempo todo que não posso perde-la. E isso tudo me assusta porque nunca me senti assim antes e tudo é intenso demais. – Falo e me sinto um idiota.

- Isso é amor. Já senti isso uma vez. Eu sei como é. – Ela sorri. – Quero conhecê-la. Jantar aqui amanhã. Sem desculpas ou enrolação. Estou esperando vocês.

- Mãe... Preciso ver com ela. Não prometo nada. – Falo e me levanto do sofá.

- Não quero saber. Estou esperando. Só descubra se ela é alérgica a algo. – Ela fala decidida.

- Tudo bem mãe. Obrigado. – Falo e beijo a testa dela.

Pego minhas coisas e vou para o carro. Vou dirigindo até em casa morrendo de sono. Paro no meio do caminho. Encosto a cabeça no volante e ligo para Isabella. No primeiro toque ela atende.

- Oi.   – Ela fala um pouco chateada ainda.

- Oi meu amor. Tudo bem? – Falo com os olhos fechados.

- Tudo e você? – Ela pergunta automaticamente.

- Estou bem também.... Bem... É..  eu acabei de sair da casa da minha mãe... E... Ela te convidou para jantar lá ... Amanhã. – Faço uma pausa e um silêncio permanece.

- Você quer que eu vá? – Ela fica desconfiada.

- Sim. Muito, mas se der para você. É claro, e se você quiser. – Falo nervoso.

- Quero sim. Depois só me manda o horário e endereço. – Ela fala um pouco mais animada.

- Me desculpe. Por ficar ausente. Essa é uma grande oportunidade. Uma que eu nunca imaginei que teria. Preciso aproveitar isso. – Falo e espero a resposta dela.

- Eu.... Eu sei... Estou tentando não te atrapalhar. – Ela fala nervosa.

- Você não me atrapalha. Eu que não estou te dando atenção necessária. Me desculpe. – Falo envergonhado.

- Está aonde? – Ela pergunta rápido.

- Indo pra casa. – Falo olhando n volta. – Quase chegando.

- Eu... Estava aqui perto....Posso te encontrar? Passar a noite com você? – Ela fala extremamente nervosa.

- Óbvio que sim. – Falo sorrindo. -  Vou rápido pra casa então.

- Tudo bem então. Te espero na recepção. Não precisa correr. Vem com cuidado.  – Ela fala e se despede.

Eu vou dirigindo o mais rápido que posso. Tentava ficar com os olhos abertos. Com sorte chego no meu prédio. Estaciono o carro rápido e chego a portaria. Lá estava Isabella, com uma pequena bolsa de mão, a bolsa dela no ombro e algumas sacolas de mercado. Ela me olha extremamente envergonhada, ela não estava passando por aqui, estava vindo para a minha casa. Me aproximo dela e beijo. Era retribui o beijo e eu sinto meu corpo chamar pelo dela.

- Estava passando aqui perto com tudo isso? – Falo implicando.

- Eu estava com saudades. Diferente de você. – Ela fala brava.

Pego a mala dela e as sacolas. Abraço Isabella pela cintura e vamos andando até o elevador. Ela fica sorrindo enquanto me olha. A porta se fecha.

- Eu também sentia sua falta, todos os dias. Todas as horas em todos os momentos. – Sorrio e beijo ela outra vez.

O elevador para no meu andar. Vamos andando até a minha porta. Eu abro e Isabella entra. Passo pela porta e tranco. Vou para a cozinha e deixo as compras, vou para o meu quarto e deixo as bolsas de Isabella. Tiro a camisa e me jogo na cama. Fecho os olhos e minutos depois sinto Isabella tirar meu cinto.

- Eu precisava disso. – Falo sorrindo de olhos fechados ainda.

-De um banho? Eu sei. – Ela fala debochando. – Levanta. Vou fazer algo para você comer.

- Não estou com esse tipo de fome. – Continuo.

- Sossega Caleb. – Ela fala rindo e me leva para o banheiro.

- Então essa é a vida de casado que tanto falam. – Falo fingindo surpresa.

- Vai tomar banho. – Ela fala e sai rindo.
Tiro o resto da roupa que ela não tirou. Entro no chuveiro e começo a me  molhar. Meu corpo já tinha dado sinal de vida. Mas Isabella tinha me deixado aqui sozinho no chuveiro. Começo a passar sabão no corpo e ela aparece. Me olha dos pés a cabeça.

- Você parece estar exausto. Anda se alimentando bem? – Ela fala ignorando o fato de eu estar nu na frente dela.

- Não. Porque? -  Falo muito confuso com a situação.

- Estou fazendo o jantar e vou deixar comida aqui pra você. – Ela fala e fica me olhando.

- Obrigado.... – Fico sem entender.

Isabella volta para a cozinha e tudo isso era estranho demais. Já tinha uns dias que a gente não fazia nada. E ela estava super tranquila. Algo muito errado iria acontecer. Termino o banho, coloco uma cueca e vou para a cozinha analisar o que estava acontecendo.

Isabella estava tranquilamente cozinhando algo. Ela me apontou a cadeira e me mandou sentar e assim eu fiz. Ela estava estranha e eu não era doido de desobedecer. Me sento e fico esperando. Ela coloca um prato de macarrão com molho branco, uns temperos que nunca vi na vida. Ela ficou sentada esperando que eu começasse a comer. Eu comi olhando para ela sem entender nada... E estava uma delícia. Muito gostoso mesmo. O sabor.... Eu nunca tinha sentido antes. Minha mãe nunca usou esse tempero. Sem dúvidas.

- Nossa. O sabor .. é muito bom. Que tempero é esse? – Pergunto desconfiado.

Destinada ao Amor Where stories live. Discover now