Uma volta no tempo

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Antes de iniciarem a leitura do capítulo eu gostaria de destacar um ponto importante aqui. Como todos sabem essa é uma obra fictícia, as ações ocorridas na história não condizem com a realidade, neste capítulo é citado momentos em que, na REALIDADE, seriam muito mais complicados de serem realizados, por tanto, levem em consideração de que tudo aqui é criado para que o enredo da história se desenhevolva da melhor forma possível. É isso, boa leitura.

 É isso, boa leitura

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Ji-chul

Há 27 anos atrás…

— Meu filho, não esquece de ligar quando chegar. — Minha mãe fala me entregando uma sacola com uma marmita pronta dentro. — Leva pra você comer no caminho. 

Recebo a comida em minhas mãos, porque sei que se eu negar será um motivo de briga entre nós. — Tá bom, mãe, eu aviso quando chegar. Onde o pai tá? Ele não vai se despedir de mim? 

Minha mãe desvia o seu olhar para poder falar. — Seu pai saiu pra beber de novo com os amigos. 

— Mas ele não sabia que eu ia embora hoje pra Incheon? — Ela faz que sim com a cabeça. — Já entendi. Não importa, vou indo então. 

Não é como se ele alguma vez na vida tivesse demonstrado ter algum tipo de afeto paterno por mim, então não me importo.

Ela me puxa para um abraço antes que eu saia e me oferece 50 mil wons para que eu use quando precisar. 

Saio de casa e vou andando a pé até a rodoviária, assim que chego vou direto para o ônibus que irá me levar para Incheon. 

Nem acredito que finalmente vou sair da minha cidade, é a primeira vez que eu viajo para longe, passei a maior parte da minha infância em Busan, ajudando meus pais com a agricultura. Mas eu sempre odiei esse trabalho, sempre detestei ter que sujar minhas mãos com terra, ser um caipira como os meus pais. 

Mesmo que minha mãe sempre tenha dito que o que ganhávamos com o trabalho era o suficiente para vivermos, eu nunca me conformei, porque sei que ela só estava tentando pra me confortar, nunca tive o que meus colegas de escolha tinham, no natal enquanto meus amigos ganhavam roupas caras, eu só ganhava as mesmas roupas compradas em lojas baratas de sempre. Meu pai dizia que se eu quisesse ganhar coisa boa tinha que trabalhar dobrado, ele falava como se fosse fácil conciliar meus estudos com a droga daquela horta maldita deles. 

Mas em uma coisa ele tinha razão, eu precisava me esforçar mais que todo mundo se quisesse ter um futuro melhor, por isso desde que tomei ciência disso, me esforcei ao máximo para ir bem na escola, mesmo no fundamental eu já era o melhor da minha turma, fui tão bem que consegui uma bolsa de estudos do ensino médio em uma escola prestigiada só para meninos que fica em Incheon, é por esse motivo que estou indo para lá agora. No início minha mãe ficou preocupada em como eu me viraria sozinho em uma cidade diferente, mas eu consegui convencê-la, porque no fundo ela sabe que,  mesmo com minha pouca idade, sou muito mais maduro do que os outros adolescentes que ela conhece, não queria confessar, mas isso tudo é graças aos meus pais que me ensinaram a trabalhar desde cedo. 

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