Confusão

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Jungkook



Muitas vezes cheguei a achar que estava sonhando acordado ou que estava delirando por falta de sono, julgo que todo mundo alguma vez na vida já passou por uma situação parecida. Mas o que está acontecendo neste momento vai além da minha compreensão. Eu só posso estar louco, é isso. Não tem outra explicação. 

— Não vai me deixar entrar em casa, filho? — Como ele pode ser real? Como este homem pode ser o meu pai? Isso não faz o menor sentido. — Jungkook. 

Será que sofri algum tipo de acidente e agora estou em coma em um hospital e tudo isso é criação da minha cabeça? 

Sinto uma mão tocar em meu ombro, viro meu olhar para o local. — Filho, tá tudo bem? Você tá pálido. 

Lentamente meu olhar passeia de seus dedos até o seu rosto. Ele não mudou praticamente nada, o rosto ainda é o mesmo que lembro-me quando criança, o cabelo está um pouco maior do que antes, mas o rosto, a voz, tudo… é exatamente como o do pai que eu me lembrava. 

— P-pai, é o senhor mesmo? — Minha voz sai embolada pelo resquício de choro que começa a se formar em minha garganta. 

— Sim, meu filho, seu pai está aqui novamente. Lembra da promessa que eu fiz a você? — Como eu poderia esquecer, aquela foi nossa última memória juntos. 
— Eu estive todos esses anos pensando em você, Jungkook. — Disse com um belo sorriso estampado no rosto. 

É realmente meu pai que está na minha frente, eu não estou sonhando ou tendo alucinações, é tudo real. 

— Pai. — Sem pensar muito eu o puxo para um abraço. Meus olhos são tomados pelas lágrimas pesadas, carregadas com dores de uma criança que cresceu sem seu herói, seu pai, seu amigo, uma criança que passou anos da sua vida sentindo falta de um amor que foi roubado de si pelo universo. 

Ainda abraçado a ele, sinto sua mão fazer carinho em minha cabeça. É como se eu estivesse em uma viagem no tempo e tudo de ruim sumisse da minha vida, nada mais importa naquele curto espaço de tempo… no entanto, como se meu corpo estivesse entrando em modo defesa, sinto o medo correr por minha pele, fazendo minhas mãos ficarem levemente trêmulas e em um piscar de olhos sou trazido de volta à realidade, e logo o pesadelo começa a me atormentar. Lembro das brigas, das agressões contra mim e contra Jimin. E então eu me afasto dele, limpando o meu rosto molhado. O que houve comigo, porque por um momento esqueci de todo o mal que esse homem me fez? 

Cansado de esperar por uma reação minha, ele passa por mim entrando dentro da casa. Junto forças para voltar ao meu eu normal e o acompanho até a sala. 

— Parece que as coisas por aqui não mudaram muito. — Diz olhando em volta. É tudo tão estranho que parece que estou diante de um fantasma. — Onde está sua mãe? 

Serendipity of a dream Where stories live. Discover now