Capítulo 27

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                       Elisa Esposito

Entrei por completo no quarto e o vejo sentar na cama. Ele me olha e eu mordi meus lábios.

Maxim: Quer convite pra dormir? - Ele levanta e eu respirei fundo se aproximando.

Elisa: Não, obrigada. Estou muito bem acordada. - Ele abre a porta do banheiro e entra no mesmo.

Maxim: Ótimo. Já que não vai dormir, venha ajudar o seu noivo. - A sua voz sai um pouco alta. Bufei pelo seu deboche.

Elisa: Eu não vou te ajudar a tomar banho. - Escutei um gemido de dor novamente. Frazi a testa. - Está tudo bem?

Maxim: Porra, não. Você acha que eu perderia meu tempo te chamando pra tomar banho juntos? Não fode! - Ele reclama. Revirei meus olhos e caminhei até o banheiro.

Ele estava sem camisa, o seu braço estava com um buraco, ele havia levado um tiro.

Havia um pano na pia, ele estava encharcado de sangue. Olhei pra ele com meus olhos arregalados. Ele rir negando.

Maxim: Pensei que você fazia curso de medicina. - Sair do meu transe e o olhei.

Elisa: Você é um animal? - Ele fica calado. - Eu não estudei pra isso. - Disse olhando o seu peitoral, ele estava suado. Agora que eu tinha percebido que ele é cheio de cicatrizes em seus braços e barriga.

Maxim: Para de me comer com o olhar, estou precisando da sua ajuda. - Deu uma pausa. - Vou te passar o passo a passo, enquanto você vai fazendo os curativos. - Eu assinto e caminhei até o vaso sanitário e puxo a tampa. Ele me olha e eu logo olhei para o vaso sanitário e depois pra ele. O mesmo bufa e senta. - O kit médico está na segunda gaveta. - Eu olhei e abrir vendo uma maleta. Peguei a mesma e coloco em cima da pia.

Ele ia me passando o passo a passo, a cada minuto que passava, as minhas mãos suavam por de baixo das luvas.

Ele a cada minuto gemia, isso estava agoniante. Estava concentrada demais, nunca tinha feito isso na minha vida. É claro que com os animais era mais fácil de se lidar, mas com ferimentos de bala e ainda por uma pessoa que qualquer momento pode me matar, isso é agoniante.

Retirei a bala e coloquei na pia. Respirei aliviada e orgulhosa de mim.

Maxim: Pega a agulha e costura. - Eu olhei para o mesmo.

Elisa: O que? Você quer que eu ainda costure? eu não sei fazer isso! - Ele bufa.

Maxim: Porra, eu não tenho quatro mãos. É só costurar, isso não é tão ruim. - Eu assinto rindo.

Elisa: Ah, com certeza é sim. - Disse nervosa e ele rir.

Maxim: Porra Elisa, vai logo. - Suspirei pesado e fecho os meus olhos.

Tenho que ganhar a sua confiança. Eu preciso ganhar a sua confiança para fugir daqui.

(....)

Terminei de enfaixar o curativo e respirei aliviada. Fecho os meus olhos e abrir novamente, mas assim quando eu vi o Maxim querer fechar os seus olhos, arregalei meus olhos de imediato.

Elisa: Maxim? - Larguei as gazes e segurei seu rosto. Ele revirava seus olhos. Bati de leve em seu rosto, mas ele deixou o seu corpo mole. - Olha pra mim, Maxim. - Eu não estava desesperada e sim preocupada comigo mesmo, e se alguém entrasse e visse ele assim? Eles me mataria por matar o seu chefe!

Ele fecha os seus olhos e eu quase cair por causa do seu peso. Bati forte em seu rosto e ele abre seus olhos rapidamente.

Maxim: Porra! Pra que tanta força? - Abrir a minha boca chocada.

Meu MafiosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora