Capítulo 28

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                        Elisa Esposito

3 dias depois

Olhei a janela e vi as dezenas de seguranças que tinha do lado de fora. Tenho pensado muito em como anda a minha vida, tudo o que mudou e como eu mudei a minha vida, não só a minha, como de várias. Amanhã já era sábado, lembrar que eu vou me casar no mesmo dia que a minha irmã se casou, isso me dói, pois as lembranças veio de imediato.

Como será que ela está? Eu tento ser má com ela, mas eu não consigo. Ela merecia ser tratada do mesmo jeito, me sinto idiota por não ser má como as pessoas merecem.

Ouvir batidas na porta e eu balancei a minha cabeça para sair de pensamentos. Peço pra entrarem e logo escutei a porta se abrir.

Maria: Senhora, o senhor Maxim a chama para o almoço. - Eu olhei de imediato.

Dês da nossa última conversa, a gente não se viu e nem se falou. A gente se estranhou bastante nesses três dias que havia passado.

Eu assinto e caminho para fora do quarto. Olhei pra trás e vejo a Maria me seguindo. Revirei meus olhos e bufei.

Aqui é tão entediante e chato. Não há ninguém aqui, ninguém que fale comigo, parece que todos tem medo de mim. Eu não quero que eles tenham medo.

Desci as escadas e encontrei o Maxim na mesa. Olhei para o mesmo, que logo me olha.

Maxim: Sente-se. - Ele diz e eu assinto. - Tenho boas notícias. - Eu o olhei. - O conselho aprovou o nosso casamento, esteja pronta as quatro, irei te levar até a bancada dos juízes. - Eu franzi a testa.

Elisa: Aprovou? - Ele assente. - E se eles não aprovasse o nosso casamento? Eu iria voltar pra casa? - Perguntei baixo.

Maxim: Claro que eles iam aceitar, eles já sabem o que eu faço pra conseguir o que eu desejo. - Eu assinto e a empregada me serve.

Elisa: As garotas não veio ontem, aconteceu alguma coisa? - Disse me referindo as garotas que me ensinam a ter aulas de elegância, educação e modos de falar e se vestir.

Maxim: Não, as aulas não estão te fazendo bem. - Eu fico confusa. - Mandei o conselho à tirá-las daqui, tudo o que eu mais quero é ver você bem. - Ele bebe o seu suco.

Eu apenas assenti. Não fico triste e muito menos feliz, pois querendo ou não, elas eram minhas companhia. Não ligava pra essas aulas, eu só queria alguém pra se distrair um pouco.

Elisa: Maxim, e-eu, eu queria te pedir um coisa. - Ele me olha e eu levei a minha primeira garfada na minha boca.

Maxim: Diga. - Ele olha algo em seu celular.

Elisa: Mande os seus homens pegarem o meu celular e o meu pingente. Principalmente o meu pingente. - Disse firme. Ele me olha e caiu na gargalhada. - Falei algo engraçado? Eu estou falando sério, se quer que eu me case com você, vai ter que trazer o meu pingente! - Disse e ele respira fundo, depois de parar de rir.

Maxim: O seu pingente eu até posso mandar que peguem pra você. Mas o seu celular? Porra Elisa, não fode! Tem um chip nele, o Mattia pode saber da nossa localização.

Elisa: Eu posso tirar, sei lá...tudo tem o seu jeito. - Disse tentando convecer-lo. Ele me olha com tédio.

Maxim: O Mattia mandou que colocassem um chip dentro do seu celular. Pra onde quer que você vá, ele sempre ver você, e a sua localização. - Franzi a testa. - Além de ser invasivo, ainda é um traidor. - Ele rir negando. Eu estava chocada com tudo que eu tinha escutado, de fato ele estava certo, o Mattia foi invasivo demais, se isso for verdade...eu nunca mais quero vê-lo.

Elisa: Tudo bem! Então compre um celular, eu precis...- Ele me interrompeu.

Maxim: Precisa de que? De falar com a sua mãe? Falar aonde você está e que precisa da sua ajuda? Elisa, Elisa. A sua bondade com as pessoas um dia vai matar você e principalmente as pessoas. - Deu uma pausa. - Eu estou tentando ser bom com você. Eu compraria um celular, um notebook, o que você quisesse, mas você ainda não ganhou a minha confiança. - Deu uma pausa e passa a sua língua entre os lábios. - Ingênua demais, foi isso que me encantou, a sua bondade. Mas acho que me arrependi. - Deu de ombros. Eu escutava tudo calada, esperando aonde ele queria chegar. - Você é o tipo de pessoa que se eu te estrupasse nesse exato momento, você iria me perdoar. Mas não sou de fazer esse tipo de coisa, até porquê, eu não sou o Mattia e estou bem longe de ser. - Ele levanta e eu o acompanho com o olhar. O mesmo olha em seu relógio. - O seu pingente vai levar em torno de 3 horas para chegar aqui. - Dito isso, ele saiu.

Assim quando ele sai, as suas palavras vem em minha cabeça. São muitas coisas para raciocinar, mas ele estava certo.

Sou ingênua demais com as pessoas, vejo bondade nas pessoas, foi por isso, por isso que eu só me ferro com as pessoas.

Fiquei surpresa por não ter chorado com suas palavras. Sorrir de lado e olhei para o meu almoço, não vou me abalar por suas palavras, por mais que tenham sido verdades.

Eu só quero o meu pingente perto de mim.

                      Mattia Ferrari

Vejo a fotografia de família, nela estava o Luigi. Sinto um ódio crescer e as lembranças vieram de imediato.

Flashback on

Assim quando eu vejo a Roberta procurar ao seu redor, vejo que ela procurava por Elisa.

Vejo a Elena de cabeça baixa. Essa vagabunda vai ser punida, e vai ser na frente de todos!

Desci as escadas rapidamente, vejo todos comentarem sobre o acontecido.

Assim quando eu cheguei perto da Elena, agarrei em seus cabelos e a jogo no chão com toda força. A mesma cai no chão gemendo de dor.

Luigi: Você não vai fazer nada com ela, não na minha frente. - Eu o olhei e sorrir de lado. Então vai ser os dois!

Dito isso vou pra cima do mesmo. Empurrei ele no chão e subi em cima dele, desferi socos em seu rosto. O meu pai e o meu tio tentava me tirar de cima dele, a tia Andrea gritava pra que isso parasse.

Sair de cima do mesmo e chuto a sua barriga. Ele leva as suas mãos para a sua barriga e geme de dor, chutava o seu corpo várias vezes.

O meu tio Frascesco segura em minha cintura, tentando fazer que eu me afaste dele, mas isso não foi o bastante.

Peguei uma cadeira e bato em suas costas, eu estava possesso de raiva, não só dele, como da Elena também.

Vejo a Elena sentada no chão, ela chorava. Sorrir psicopata e vejo as minhas mãos, elas estavam com sangue. Peguei a cadeira do chão e me aproximei da mesma.

Roberta: Mattia, não faz nada com ela! - Ela diz chorando. Eu a olhei e o Stefano se aproximava, quase correndo.

Stefano: Irmão, deixa isso pra depois. A Elisa está desaparecida. - Dito isso, largo a cadeira e o olho. - Cazzo, o que você fez com Luigi? LEVE-Ó PARA O HOSPITAL, CARALHO. - Ele grita e eu sorrir vitorioso.

Flashback off

Só de imaginar que eu não o matei, e ele já está bem em casa. Dá vontade de ir até lá, e o matar!

Pego a fotografia e olhei para todos. Apertei o porta-retrato com as mãos. Ouvir a porta se abrir, toda a minha raiva aumenta, eu odeio que abram sem bater.

Elena: Amor...me escu...- Não a deixei terminar e jogo o porta-retrato de vidro nela. - MATTIA, O MEU OLHO. - Ela diz e eu deixo a minha boca entreaberta. Um pedaço estava encravado em seu olho.


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