Capítulo 20

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— Ei, Ems. — Christopher a chamou enquanto se aproximava dela no pátio da escola. Ainda era muito cedo para o horário do início das aulas, de modo que o pátio permanecia bastante vazio, com apenas alguns poucos alunos transitando por ali. Emma estava sentada próxima a uma árvore, que ficava localizada perto do jardim, aparentemente absorta em suas anotações de cálculo para notar sua chegada. — Ei, Ems, terra chamando. — Ele disse em tom brincalhão, parando diante dela e a vendo se sobressaltar com o susto, retirando os fones de ouvido.

— Eu não te vi chegar. — Ela admitiu, abrindo um sorriso tímido na direção dele, afastando-se um pouco no banco em que estava sentada, dando espaço para que ele também se sentasse. — Você não costuma chegar nesse horário. — Percebeu, franzindo brevemente o cenho.

— Você costuma reparar no horário que eu chego? — Christopher questionou, abrindo um enorme sorriso, uma pontinha de convencimento sobressaindo em sua voz ao se aproximar ainda mais dela, tirando uma mecha do cabelo dela da frente do rosto feminino.

— E... eu... — Emma gaguejou, suas bochechas ganhando rapidamente uma tonalidade rosada, enquanto uma risada escapava dos lábios de Christopher, fazendo com que um sorriso envergonhado brincasse instintivamente em seus próprios lábios. — Você e Anahí geralmente sempre chegam juntos. Ela é minha amiga. — Justificou com um biquinho tímido.

— Poxa, eu realmente estava pensando que você tinha me notado antes. — Brincou, fazendo um biquinho como se tivesse ficado decepcionado com a resposta dela. Isso fez com que ela baixasse o rosto, rindo baixinho e cobrindo os lábios com as mãos. — Você é tão preciosa, Emma. — Comentou, parecendo olhá-la meio fascinado, aproximando-se a ponto de sentir suas respirações se mesclarem, passando delicadamente o nariz pelo dela.

Emma ergueu seu olhar por um momento, como se estivesse procurando algo no pátio da escola e não encontrasse. Então, agindo de forma mais decisiva, aproximou-se ainda mais dele. Os lábios femininos buscaram os dele em uma delicadeza que só Emma possuía, revelando um desejo evidente entre eles. O beijo começou devagar, inicialmente apenas tocando os lábios, em um carinho que aos poucos se tornou mais íntimo, transformando-se em um beijo envolvente, que não dava vontade de interromper, embora ainda parecesse contido pelo ambiente ao redor.

Christopher deixou que ela guiasse o beijo da maneira que quisesse, ganhando confiança aos poucos. Suas mãos permaneceram na base da cintura dela, exercendo uma pressão agradável, deixando-a completamente inquieta, até que o beijo fosse encerrado por ela com um selinho delicado. Ele sorriu ao observá-la, vendo-a suspirar baixinho com os olhos ainda fechados, antes de abri-los e olhar para ele. Em seguida, ela voltou a examinar o pátio, como se estivesse se certificando de que ninguém os estava observando, relaxando nos braços dele ao perceber que estavam sozinhos.

— Então, quer dizer que você ainda vai querer continuar ficando comigo? — Christopher perguntou brincalhão, com um sorriso enorme nos lábios, vendo-a arregalar levemente os olhos castanhos e suas bochechas ganharem uma tonalidade rosada.

— Eu pensei que, como a gente ficou ontem... — Emma balançou a cabeça.

— Ei, Ems, estou apenas brincando. — Esclareceu ainda sorrindo, aproximando-se dela para beijá-la novamente. — Linda. Linda. Linda... — Elogiou entre selinhos, distribuindo alguns beijos pelo rosto dela enquanto ouvia sua risada próxima ao ouvido dele, no momento em que ela tentava se esquivar. — E como foi com o seu pai ontem? — Questionou, parecendo realmente preocupado, enquanto a puxava em direção aos seus braços, abraçando-a de maneira que ela ficasse sentada encostada em seu peito.

— Ah, ele não gostou de me ver com um garoto, ciúmes de pai. — Mentiu, forçando um sorriso enquanto olhava para as próprias mãos, sentindo como as mãos dele se entrelaçavam nas dela. — No final, meu pai fez apenas um monte de recomendações e deixou para lá. — Ela mentiu, dando de ombros, sentindo os lábios dele tocarem delicadamente seus ombros em um beijo suave. — Você se importa que seus amigos nos vejam aqui? — Questionou, franzindo o cenho e virando-se minimamente para olhá-lo.

Em nome da paixão - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora