Capítulo 30

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— Anna, você se lembra que eu lhe contei uma vez? Sobre meu pai ter tido uma amante, uma mulher que foi responsável pela morte da minha mãe? — Questionou cautelosamente, observando-a com atenção. Anahí fez uma caretinha de desgosto, parecendo horrorizada, já prevendo o que ele falaria. — Anna, eu sei que ela é a sua mãe, mas eu não suporto essa mulher desde o momento em que eu a vi com o meu pai no escritório dele. Parte do que eu senti quando você chegou aqui foi em decorrência ao que eu sabia sobre eles, acabei descontando em você uma culpa que somente ela carregava. — Admitiu, sem parecer se orgulhar nenhum pouco. — Quando eu entrei aqui e eu a vi, eu só queria te proteger. — Acrescentou.

— Alfonso, eu não sabia. Não fazia ideia de quem ela era. — Anahí murmurou, com um toque de tristeza em sua voz. — Eu sinto muito por tudo o que aconteceu. Eu só queria... — Ela hesitou por um momento, buscando as palavras certas. — Eu só queria que tudo fosse mais simples, que pudéssemos ficar juntos sem que o passado nos assombrasse. — Admitiu com uma caretinha. Alfonso assentiu, aproximando-se dela, acariciando gentilmente seu rosto.

— Eu também queria, Anna. Eu só queria proteger você, cuidar de você. — Ele sussurrou, carinhoso, colocando uma mecha do cabelo dela para trás da orelha. Os olhos dos dois se encaravam fixamente, verde contra o azul.

Com um gesto repleto de suavidade, ele tocou delicadamente o rosto feminino, seus dedos deslizando-se lentamente até a curva do queixo dela em um toque afetuoso, carinhoso. Criando um momento em que a ligação entre os dois se revelava somente por meio de uma linguagem silenciosa. Enquanto Anahí fechava os olhos, somente se entregando à caricia dele, uma expressão de tranquilidade se desenhando no rosto feminino, evidenciando a profundo confiança e intimidade existente entre eles. Era como um reflexo da profunda conexão entre eles; sendo comum entre os dois, ela sempre se entregava a ele sem restrições, sem receios. E ele a adorava.

Anahí deslizou delicadamente sobre a cama em direção a Alfonso, seus movimentos fluindo de forma instintiva, a intenção evidente. Seus lábios se encontraram em um beijo que começou suavemente, como tudo naquele ambiente, mas rapidamente ganhou intensidade por parte dela, transformando-se em um beijo apaixonado e ardente, revelando o desejo sem reservas que sempre permeava entre eles.

— O meu pai está desconfiado da gente. — Alfonso murmurou, no exato momento em que os lábios dela deslizaram pela sua mandíbula, deixando beijos provocativos e mordidos. As mãos femininas, ágeis e insinuantes, alcançaram a barra de sua camisa, deslizando-a lentamente pelo contorno do seu corpo, retirando aquela peça sem a menor dificuldade.

— Não me importo com isso. — Anahí afirmou, seus lábios seguindo o caminho da mandíbula até o pescoço de Alfonso, marcando a pele com beijos sensuais e provocativos. Um suspiro escapou dos lábios dele, consciente de que sua habilidade de resistir a ela era praticamente inexistente.

— Não vai demorar muito até que nos procurem aqui. — Falou, resistindo como podia aos lábios de Anahí que deixavam marcas sensuais em sua pele. Enquanto isso, as pernas femininas deslizavam pelas suas, subindo em seu colo com determinação.

— Eu não ligo. Eles só vão testemunhar o quão completamente eu sou sua.

— Anna, você ainda está dolorida. — Comentou com uma caretinha, observando-a erguer os olhos azuis. Havia um brilho travesso neles, como se estivesse pouco se importando com isso, mas ele conhecia o corpo dela tão bem naquele momento que sabia que o mínimo contato poderia machucá-la. Tinham transado mais vezes do que ele conseguia contar durante aquela viagem, inclusive tendo feito amor debaixo do chuveiro antes de partirem, e aquela era a consequência.

Em nome da paixão - Livro 1Where stories live. Discover now