Em nome da paixão - Livro 1

Capítulo 35

— Chris, eu tenho um trabalho para fazer na casa da Ashley. — Brianna comentou, indicando uma das meninas de sua turma que estava mais afastada. Estavam na saída da aula, enquanto os alunos esperavam seus motoristas chegarem. — Eu esqueci de avisar ao papai. Você pode avisá-lo para mim? — Questionou, abrindo um sorriso tranquilo.

— Claro, eu aviso. Não se preocupe. — Respondeu com um sorriso. Satisfeita, Brianna acenou e se afastou em direção à colega. Christopher observou-a por um momento antes de pegar o celular para enviar a mensagem ao pai sobre o imprevisto de Brianna. — Quando acabar, avise que eu peço para o papai mandar o motorista buscá-la, ok? — Confirmou em um tom de voz mais alto para que ela o ouvisse, assistindo-a assentir prontamente.

Brianna despediu-se da amiga com um sorriso satisfeito no rosto assim que o carro de Christopher se afastou do colégio. Ela solicitou um carro de aplicativo e, ao chegar, embarcou no veículo que a levaria ao endereço indicado. Seu plano de fingir que ia para a casa de Ashley havia sido uma ideia de última hora, mas ela agradeceu por Christopher não ter desconfiado da mentira.

O Presbyterian Manhattan Hospital era um hospital de porte considerável, localizado em uma área estratégica de Manhattan. Com sua fachada imponente e moderna, o hospital se destacava em meio a paisagem urbana, refletindo sua importância na prestação de serviços de saúde à comunidade. O prédio principal possuía vários andares, com uma arquitetura contemporânea e design funcional. As amplas janelas permitindo a entrada de luz natural, criando um ambiente mais acolhedor para pacientes e visitantes. O nome do hospital está proeminentemente exibido na entrada.

O interior do hospital era igualmente impressionante, com corredores espaçosos e uma disposição eficiente dos departamentos e alas. As áreas de espera projetadas para oferecer conforto e tranquilidade, enquanto as salas de tratamento eram equipadas com tecnologia médica de ponta. Brianna se aproximou do balcão parecendo um pouco trêmula, o crachá de visitante firmemente exposto preso na blusa do uniforme.

— Quero obter informações sobre o paciente James Peter Maxwell Watson Duerre.

— O paciente James Duerre já concluiu o período pós-cirúrgico hoje pela manhã e já foi encaminhado para o quarto 539, localizado no quinto andar do prédio, na ala de ortopedia. — A recepcionista respondeu com cordialidade.

— Posso visitá-lo neste momento? — Perguntou, observando a recepcionista assentir prontamente. — Muito obrigada.

O quarto hospitalar era espaçoso, denotando o luxo do estabelecimento. Jamie encontrava-se deitado na cama, aparentemente adormecido, exibindo uma palidez em seu semblante. Seu rosto exibia contusões próximas ao olho, uma sobrancelha partida e um lábio ferido. Conectado a ele havia uma bolsa de sangue ligada à veia, além de uma bolsa de soro do lado oposto. Por precaução, um tubo de oxigênio estava posicionado no rosto dele.

Brianna adentrou o quarto com cautela, observando os diversos aparelhos que monitoravam os sinais vitais de Jamie. A expressão preocupada em seu rosto refletia a angústia que sentia ao vê-lo naquela condição. Ela se aproximou da cama, ficando ao lado dele, e seu olhar fixou-se nos machucados que marcavam o rosto dele.

— Jamie, você está acordado? — Sussurrou suavemente, hesitando antes de tocar levemente o braço dele, com delicadeza em um breve carinho, tinha medo de tocar nele e estar machucado, Jamie pestanejou diante a claridade abrindo os olhos aos poucos, o olho esquerdo impossivelmente inchado.

— Brie? O que você está fazendo aqui? — Jamie perguntou com uma voz fraca, sua expressão ainda sonolenta.

— Vim ver como você está. — Brianna comentou, demonstrando preocupação em seu olhar. — Alfonso disse que você tentou machucar Anahí. — Comentou, encolhendo os ombros enquanto o observava atentamente, como se buscasse alguma resposta na expressão dele. A princípio, Jamie manteve uma expressão neutra, que logo se transformou em uma careta de descrença quase genuína.