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- Você é incrível, maravilhosa, fantástica... - A cada elogio que ele me fazia, beijava minha testa, minha bochecha, meus cabelos, meu pescoço, eu estava sem fôlego, com ele desabando em cima de mim e surtando com aquela proximidade toda. Mesmo por um motivo tão inocente, tive que fazer um esforço sobre-humano para não retribuir um abraço tão esfuziante.

- Harry, OK. Mas estou sem ar... - E era verdade, ele se levantou imediatamente e respirei aliviada.

Quando consegui me sentar novamente, ele já estava de pé, andando de um lado para o outro.

- Já sei como vamos fazer! - disse. - Amanhã te levo ao estúdio, para você aprender a coreografia junto com o restante do elenco, se for necessário te levo todo dia, até você aprender e poder treinar comigo.

- Se não for problema para você, por mim tudo bem!

- Ótimo! Nossa, estou tão aliviado que até me deu fome, acho que vou fazer uma boquinha. Quer vir comigo?

- Não, obrigada, estou sem fome - respondi, e ele saiu em seguida.

Assim que ele se afastou, peguei o celular e liguei para Lexy; precisava contar as novidades. Já fazia quase 10 minutos que ela gritava sem parar no telefone, depois que contei a história toda:

- Aaaaaaaaaaaah!!! Você vai conhecer o meu futuro marido Naaateeee! Aaaaaaaaah!!! Você vai conhecer a fofa da Serena! - ela gritava a plenos pulmões os nomes dos atores principais do filme, de quem era muito fã, e assim prosseguia sem parar.

- Céus! Para de gritar um pouco, mulher, vou ficar surda! - gritei em resposta, e finalmente ela sossegou e me deixou continuar. - E agora, como fica nosso plano? - perguntei.

- Não muda nada, você ajuda o Harry, mas continua secretamente torturando o Porco, até passarmos para a terceira fase do plano.

Terminei a ligação prometendo tirar fotos de tudo e de todos, além de dizer para o Nathaniel que ele já tinha uma noiva, chamada Lexy Smith. No dia seguinte, depois da escola, lá fomos eu e Harry, na van da produção do filme. Estava bastante nervosa, mas ele me acalmou dizendo que o pessoal era bem legal. Assim que chegamos, percebi que o estúdio era enorme. Fiquei olhando feito uma boba ao redor, surpresa com os cenários gigantescos, andando de costas sem olhar para trás, e quando me dei conta estava caindo de um degrau enorme e gritei. Estava preparada para sentir um chão duro, mas surpreendentemente me vi agarrada por dois braços fortes e ouvi uma voz com um sotaque delicioso em meu ouvido:

- Se eu soubesse que choviam garotas bonitas na Inglaterra, tinha vindo para cá mais cedo.

Olhei para o rosto do meu salvador, que me pareceu familiar. Eu ainda estava muda do choque, mas consegui murmurar um agradecimento.

- Às ordens, foi um prazer! Meu nome é Chuck D'laurentis, mas se preferir pode me chamar pelo nome do meu personagem, Adonis.

"Adonis", pensei, surpresa, agora lembrando quem ele era, um famoso e jovem ator francês. O nome desse símbolo de beleza combinava perfeitamente com a aparência, alto, forte, com cabelos castanhos, levemente lisos. Seus músculos firmes se sobressaíam pela camiseta fina, seu rosto era largo, com olhos grandes e escuros, levemente amendoados, e seu nariz era forte e proeminente, mas que combinava com sua aparência viril e a reforçava. A boca era larga, mas bem-feita, e o queixo era quadrado - resumindo, era o protótipo de como todo cara deveria ser, ao representar masculinidade e charme.

- Camz, você está bem? - perguntou Harry, preocupado, me olhando lá de cima. - Já vou descer!

- Acho que agora você pode me colocar no chão - falei sem graça para Chuck, pois ele continuava me segurando no colo.

- Você conhece o Harry? - perguntou curioso, me colocando no chão.

uncontrollably fond // hs Onde histórias criam vida. Descubra agora