Ele tocou carinhosamente a minha bochecha com a ponta dos dedos, como se fosse dizer algo mais, e eu fiquei ali esperando pelo que viria. Mas, quando dei por mim, me soltou, formando uma distância razoável entre nós.- Acho que você está cansada, foi um dia difícil, melhor pararmos por hoje. Tudo bem?
Eu apenas assenti com a cabeça, e ele então se aproximou novamente, para me dar um beijo rápido na testa. Quando percebi, já tinha ido embora e eu estava sozinha. No último dia de ensaio, Harry já estava dançando direitinho e sem erros. Claro que nunca seria um dançarino profissional, mas pelo menos não ia fazer feio. Chegamos a casa aquela noite, e fui direto tomar um bom banho. Confesso que estava exausta, tinha sido uma semana muito puxada, tanto física como emocionalmente. Fiz um lanche rápido e fui direto para a cama. Mal havia começado a ler uma revista quando o Harry apareceu, já de banho tomado e de cabelo molhado.
- Estou atrapalhando? - perguntou, parado à porta.
- Não, pode entrar - respondi, enquanto continuava a ler a revista, distraída.
- Só queria agradecer o que você fez por mim essa semana - disse, caminhando em minha direção.
- Não foi nada, tenho certeza que se fosse o oposto você faria o mesmo por mim - falei ao fechar a revista, quando ele parou ao meu lado.
- Sim, mas eu queria te agradecer de alguma forma especial - disse, alegre, mostrando-me algo parecido com uma embalagem de creme dental.
- O que é isso?
- Creme corporal relaxante. Vou te presentear com uma massagem caprichada nos pés! - respondeu, já se sentando na minha cama.
- Quê?! - perguntei, constrangida. - Não precisa, Harry, de verdade!
- Deixa de ser boba, é o mínimo que eu posso fazer - insistiu, pegando meus pés e colocando- os em cima de suas pernas cruzadas. - Agora, relaxa e aproveita. Relaxar?
Eu estava mais tensa do que nunca! Ele começou espalhando o creme pelo meu pé direito, depois iniciou uma massagem deliciosa, fazendo movimentos circulares com os dedos. Comecei a sentir arrepios, que me subiam pelas pernas e iam até o meu último fio de cabelo. Passei a respirar mais rápido, enquanto as sensações só aumentavam. "Minha nossa, e ele ainda está no primeiro pé!", pensei, respirando profundamente. "Que tortura!" Quando ele começou a apertar mais forte, tive que morder o lábio para não gemer.
- Estou te machucando? - perguntou, de repente. - Você está com uma cara engraçada, parece que está sentindo dor.
- Não, estou ótima, é que eu tenho os pés muito sensíveis - tentei disfarçar.
Ele sorriu e passou a massagear o outro pé, enquanto eu cobria os olhos com meu braço.
- Hum... - acabei murmurando, quando ele apertou um ponto especialmente sensível.
- Sabia que você ia gostar - comentou, sorrindo angelicalmente.
- Ai, aperta mais aí... - pedi.
- Aqui?
- Isso, vai com força e não para! - pedi, completamente rendida.
- Deixa comigo!
- Ai, que delícia! - suspirei, e ele soltou uma risada.
- A gente falando desse jeito, não parece que estamos fazendo um monte de sacanagem? - Fui obrigada a rir também. - Já ouvi falar que para algumas pessoas os pés são zonas erógenas. "Com certeza sou uma delas!", pensei. - Pronto, acabei. Foi bom para você?
- Foi ótimo, obrigada. - Se ele ao menos desconfiasse o quanto tinha sido bom para mim... de repente, tive uma ideia. - Agora é a minha vez.
- Como assim? - perguntou, surpreso.
- Quero retribuir a delicadeza - disse, me levantando. - Vem, tira a camiseta e deita aqui de costas - pedi, dando um tapinha no colchão.
Ele pareceu meio na dúvida, mas acabou me atendendo. Sentei-me com as pernas abertas em cima dele, peguei o tubo do creme de massagem, coloquei uma quantidade generosa nas mãos e comecei a espalhá-la nas suas costas. Comecei massageando seus ombros vigorosamente, sentindo os nódulos de tensão e me concentrando neles.
- Nossa, onde você aprendeu a fazer isso? - perguntou.
- Digamos que isso é um talento natural.
- Você dança, faz massagem, me pergunto o que mais você sabe fazer bem... - ele disse rouco, e eu preferi não responder.
Continuei fazendo a massagem, baixando as mãos lentamente, até que me aproximei da sua calça e escutei um suspiro. Concentrei-me naquela região, só por mais um tempo, parei, dei um tapinha rápido no seu bumbum e disse:
- Prontinho, pode levantar. - E saí de cima dele. Ao vê-lo sair cambaleante, comprovei que a segunda fase do plano essa noite tinha sido um sucesso.
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uncontrollably fond // hs
FanfictionE se a semente do amor germinar no mais desafiador dos cenários? Camila foi adotada pelos Styles quando tinha apenas oito anos, após perder seus pais em um terrível acidente de trânsito. Por obra do destino ela e Harry, seu irmão adotivo, tornaram-s...