Capítulo 6| Christopher

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O que deu naquela garota? Por que falou daquele jeito comigo? Provavelmente falei alguma coisa que não deveria ter dito, minha mente está projetada para primeiro falar e depois pensar, isso muitas vezes se torna um grande problema, mas que seja, não posso mudar quem eu sou.

Respiro fundo, entro em casa e vou até a sala de jantar onde todos estão presentes, mesnos meu pai e eu não vou mentir, é muito melhor não ter ele perto de mim. Minha mãe me olha e sorri, o mesmo faz minha avó.

-  que cara é essa meu neto, está tudo bem? 

- Tudo ótimo.

Minha avó me olha nos olhos e sorri ao dizer:

- Ótimo.

Olho para Beatriz mas a mesma continua distraída demais brincando com a comida em seu prato.

- arrume um lugar para se sentar, querido.

Assim eu faço, sentando -me ao lado da minha avó, ficando de frente a Beatriz, e sim eu fiz isso para irrita-lá, nada mais justo para quem fez o mesmo comigo.

- O que houve? – minha avó cochicha em meu ouvido.

- nada vovó apenas estou irritado - dou um sorriso tentando me distrair para não estragar o jantar- mas não pense que esqueci seu aniversário.

Retiro do bolso uma caixinha retangular. Meu presente é algo simples mas bastante significativo, escolhi para ela um cordão de ouro com um pingente em
Forma de um Tartaruga.

Minha avó ama tartarugas, chegou a ter uma ( flock) por cinco anos mas a mesma morreu intoxicada, lembro que na época minha avó chorou muito.

- oh, que lindo Chris, até se parece com flock. - ela sorri- obrigado.

O jantar até que foi agradável, Beatriz e eu trocamos poucas palavra mas percebi que ela estava melhor, minha mãe pareceu gostar bastante dela e minha avó já nem mais lembrava que eu existia.

Me retiro da mesa e vou para meu antigo quarto, é bom saber que minha decoração contínua intacta, meu quarto é uma grande bagunça com roupas espalhadas pelas superfícies dos móveis,meus porters calados com fitas na parede, minha escrivaninha ainda esta bagunçada, no chão há uma grande quantidade de bolinhas de papel e meu violão está no mesmo lugar em que eu o havia deixado.

- não tive coragem de tirar nada do lugar - viro para trás e vejo minha mãe encostada na batente da porta.

- Não te vi chegar.

- você nunca vê. - verdade.- o que você tem?

- Não sei ..  - ela senta na cama ao meu lado e me abraça- acho que ainda não superei o que houve com a Ana.

- Filho já faz um ano que você não se interessa por ninguém, sei que você tem seus casos de uma noite, mas isso está longe de ser algo bom pra você. - olho para ela incrédulo.  Minha mãe sabe mais sobre minha vida sexual do que eu mesmo. Ela ri ao me ver surpreso. - achou mesmo que eu não reparava nos diversos perfumes femininos que impregnavam suas roupas? - sorri. - bom, acho que deveria se abrir mais para as pessoas.

- pra que? Pra acontecer tudo de novo? - minha voz é ríspida. - Eu já sofri demais..

- você não pode viver sempre nessa caverna filho, um dia você vai ter que sair e viver de verdade, viver é amar, se entregar e confiar não apenas sexo!

Respiro fundo.

- Quem sabe um dia eu mude.

- Tenho certeza que vai. - bagunça meus cabelos. - agora vamos lá para baixo que eu quero que prove um pedaço de pudim.

O Garoto Do Sexto andar ( Em Reforma)Where stories live. Discover now