Capítulo 11.

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POV Zayn

Estacionei o carro em frente do infantário de Emma e toquei à campainha, aguardando.

- Zayn!

- Olá Susan! - Abracei-a, como de costume, e assim que nos separamos perguntei como tinha corrido o primeiro dia de Emma no infantário depois do acidente.

É claro que eu nunca deixaria Emma num infantário sem que houvesse alguém da minha inteira confiança a olhar por ela. E quem melhor que a tia dela para o fazer? Além de Niall e Leila, só confio em Susan; e são as únicas três pessoas que sabem o meu passado obscuro.

- Ela está muito frágil, ainda. É complicado porque não quer parar quieta e continua a mexer em tudo, mesmo que isso lhe provoque dores. - Explicou ela, tristemente. - Leva-a a fazer algo giro, para a distraíres um pouco.

Senti o meu coração apertar, como sempre sinto quando envolve algum problema com Emma.

- Eu vou pensar em algo. - Respondi. - Podes chamá-la?

Susan foi buscar Emma e quando me viu junto à porta ela correu, cambaleante, para os meus braços. Apanhei-a e elevei-a no ar, deixando-a escorregar para um abraço apertado.

- Olá meu amor. - Cumprimentei, endireitando o travessão cor-de-rosa que prendia o seu cabelo. Peguei nas suas mãozinhas ligadas e, num gesto que repito todos os dias após o incêndio, beijei-as alternadamente.

- Zazza! Vamos passear? - Perguntou, entusiasmada.

- Queres? - Pisquei o olho a Susan que observava a cena com um sorriso.

- Sim!

- Então vamos lá! Até amanhã Susan.

- Xau, Su. - Disse Emma na sua voz adorável, acenando com a mão envolta em ligaduras.

Depois disso fomos até à beira rio, ver os barcos enquanto comíamos um gelado. Emma faz 4 anos na próxima semana, e enquanto lhe ia dando o gelado à boca ia pensando em possíveis prendas para lhe oferecer. Subitamente ela interrompeu o meu pensamento:

- Zazza.

- Diz, Em.

- Eu tenho um namorado.

Rebentozinho do meu coração, repete lá?!

Tossi levemente para aclarar a voz.

- Ora muito bem. Posso saber quem ele é? - Perguntei, mantendo a seriedade. Não quero que ela julgue que não a levo a sério!

- Chama-se Theo.

Oh diabo. Theo, vamos ter uma conversa muito séria sobre as tuas intenções para com a minha miúda.

- Hmm muito bem. - Respondi. - Então e como é que isso começou?

- Ele deu-me um rebuçado cor-de-rosa e um autocolante com um unicórnio. - Explicou ela, levando a mão ao bolso para tirar o autocolante.

Rebuçados e autocolantes de unicórnios? A coisa está séria!

Ao ver que não conseguia tira-lo do bolso devido às ligaduras das mãos, uma expressão triste surgiu no seu rosto perfeito.

- Eu ajudo. - Tirei-lhe o autocolante do bolso e fingi surpresa ao vê-lo. - Uau, Em, é altamente.

- E brilha no escuro! - Acrescentou, entusiasmada. - Eu dei-lhe o meu autocolante dos Pokémons.

- Muito bem, minha querida. O Theo é um bom amigo para te dar um presente tão lindo.

- Não é amigo, é namorado. Nós vamos casar.

Love WingsWhere stories live. Discover now