Capítulo 23

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[* Notas da autora: Olá :) Eu fiquei tão, mas tão contente com os comentários todos do capítulo anterior que até decidi postar mais cedo ^_^ Este capítulo é dos meus favoritos até agora, espero que gostem :') Beijinhos e obrigado* ]

POV Zayn

            Durante uns segundos hesitei entre a felicidade de ter Emma a chamar-me pai pela primeira vez, e o desespero de ver Rose à porta de minha casa. Ela ainda não me vira e eu estava à espera que desatasse a fugir, mas Emma claramente tinha outros planos para ela.

            - Tu és muito linda. És a miúda dos pássaros não és? Pareces a pequena-sereia, mas depois da transformação para as pernas. Não digas nada a ninguém, mas eu acho que é a ti que o Zazza vai oferecer os autocolantes… tu sabes…para fazer o amor.  

             Oh diabo.

            - Eu…eu… - A voz de Rose está a fraquejar e talvez esteja na altura de eu intervir.  

            - Emm, vai para a cozinha. – Afaguei-lhe a cabeça carinhosamente e apareci à frente de Rose, que estava mais pálida do que eu poderia imaginar. – Rose, entra, vamos falar.

            - Esqueceste a pasta no gabinete. – Disse ela, lançando-a para os meus braços sem me encarar, e voltando-me as costas em direção ao carro.

            - Rose, espera… - Agarrei-a pelo braço mas ela soltou-se violentamente, correndo até ao carro. – Borhan, segura aí as coisas, tenho de resolver isto.

            - Mas eu…

            - Até logo! – E entrei no carro para iniciar a perseguição à minha assistente.

*

POV Borhan

Ele não fez isto. Ele não me deixou com a pirralha e com a miúda a quem supostamente apontei uma arma e beijei de seguida há umas horas atrás. Bom…isto já é típico do Zayn que eu conhecia, enfiar-me em situações caricatas e constrangedoras.

Entrei na cozinha e as duas estavam sentadas à mesa a comer pizza daquelas rafeiras de ir ao micro-ondas.

- Boa noite. – Cumprimentei com solenidade, sentando-me numa ponta da mesa com o máximo de dignidade que consegui… perto de nenhuma.

Tris encolheu-se sobre si mesma e puxou a cadeira de Emma para junto de si, aumentando a nossa distância. Evitou olhar-me diretamente mas pela forma como as suas mãos seguravam os talheres percebi que estava nervosa. Isso agrada-me, estou a gostar de a provocar.

- Olá ladrão. – Respondeu Emma com naturalidade. – Da próxima vez que vieres assaltar a nossa casa podes trazer uma máscara…é assim que se faz, sabes?

Tris arregalou os olhos perante a ousadia da pequena e eu reprimi uma gargalhada nervosa.

- Vou tomar nota. – Respondi. – Talvez devesse esperar pelo teu pai para falar contigo, mas bom…eu sou meio que teu tio, estás a ver? E depois houve assim uns pequenos desentendimentos e agora pronto, eu não vou voltar a assaltar a tua casa, sou só teu tio, não ladrão… bom, pelo menos não aqui. E também não é aconselhável apresentares-me como “Borhan, o meu tio ladrão” porque isso não dá muito jeito … podes só dizer que tenho uma loja de artigos para animais. Como vestidos para cães, estás a ver?

Ok. Talvez eu fale um bocado rápido quando estou nervoso, e não por causa de Zayn ou de Tris, mas por causa de Emma: eu não ligo puto a crianças, elas assustam-me e eu não sei lidar com elas, ponto!

Love WingsWhere stories live. Discover now