Capítulo 13.

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[*Notas da autora: O número de leitores e de votos está a aumentar a cada dia! Espero que estejam a gostar! Obrigado! :'D beijinhos, Prim*]

POV Rose

Acompanhei Niall à porta e fechei-a atrás de mim, suspirando profundamente.

- Já se declarou?

Olhei para Louis com a sobrancelha arqueada.

- Como é que...

Louis riu-se enquanto me ajudava a transportar a louça do jantar até à cozinha.

- Rou, qualquer um percebe que o miúdo está doido por ti.

Eu sorri tristemente e expliquei-lhe como Niall me tentara beijar, como eu o rejeitei, como ele usara a frase de Berny, e como no final eu lhe dissera que vivera coisas complicadas no passado que não estava pronta para contar.

- Ele foi maravilhoso, Lou. Compreendeu perfeitamente e pediu desculpa por qualquer coisa que possa ter feito. Depois acabou por me fazer rir com umas parvoíces quaisquer e felizmente não ficou um ambiente estranho entre nós! Eu gosto muito do Niall, ele é uma pessoa incrível.

Eu olhei timidamente para o chão e esperei pela pergunta que eu sabia que viria a seguir. Louis e Tris são os únicos que sabem do meu passado com Berny e dos meus handicaps emocionais, como eles lhes costumam chamar.

- Ainda não é desta? - Perguntou, receoso.

- Não.

Ele largou a louça na banca e mesmo tendo as mãos cheias de espuma, envolveu-me num abraço.

- Anda cá, não te sintas triste, a tua vez vai chegar, eu sei que vai. O teu coração é só mais fino que os outros, estás a ver? Não quer cá paixões rascas! A ser, tem de ser coisa de qualidade! - Eu ri tristemente e encostei a cabeça no seu peito, suspirando.

- Oh Lou, eu não quero nada disso. O amor não é para mim.

Ele acenou silenciosamente e beijou-me o topo da cabeça.

- Um dia, Rose. Um dia vais mudar de opinião.

*

POV Zayn

"Três segundos chegam para salvar uma vida. Três segundos chegam para evitar uma tragédia. Três segundos chegam para mudar a vida de alguém. Mas esses mesmos três segundos também bastam para acabar com ela.

- Porquê? - Gritei, com a voz dilacerada de dor. - Diz-me só porquê.

Ela encostou-se à parede suja, sem no entanto se encolher de medo. Ela não está com medo. Talvez frustrada, desiludida, mas não assustada. Há algo de errado: ninguém consciente de que está às portas da morte fica assim tão tranquilo.

Mas nesse momento eu vi. Foi um laivo rápido, uma expressão quase imperceptível, mas eu vi.

Desafio.

Ela não acredita.

Ela não acredita que eu sou capaz de disparar.

Essa idéia faz-me soltar uma gargalhada fria e dolorosa. Eu não preciso de um médico para saber que estou a entrar em histeria. Também sei que não preciso de um médico para saber que se não estancar a hemorragia em breve vou morrer antes de ter hipótese de matá-la.

Eu sei que ela não pretende matar-me, apenas imobilizar-me. Eu sou um bem demasiado valioso para ela poder prescindir assim de mim.

Agora o inverso já é diferente.

Love WingsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora