Capítulo 27

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[*N/A: Obrigado pelos maravilhosos comentários, nem imaginam como fico feliz por ver que estão a gostar! Obrigado de verdade! :') Bom, este capítulo foi um desafio para mim, mas espero que o resultado final vos agrade. Beijinhos e boa leitura*]

POV Tris.

 Levantei-me sobressaltada do sofá, libertando-me dos braços de Louis com alguma brusquidão, mas quando cheguei perto da janela não estava lá nada. Estou a endoidecer, só pode! Uma onda de desilusão apoderou-se de mim mas rapidamente procurei disfarçar.

- Tris, o que se passa? - Perguntou ele com uma voz receosa.

- Nada, nada, está tudo bem. - Acalmei-o com um sorriso e voltei para junto dele, que logo me envolveu com os braços num gesto protetor. Sinto-me segura junto de Louis, como se de certa forma ele pudesse preencher os meus espaços em branco e me desse estabilidade suficiente para eu puder ser quase-feliz-para-sempre. Ficamos assim algum tempo, a ver o resto da novela, até que ele disse:

- Eu tenho de ir a casa terminar o desenho de um projeto e volto daqui a pouco, sim? - Louis é arquiteto e tem estado bastante ocupado nestes últimos dias.

- Ok.

Deixei que ele depositasse um beijinho carinhoso nos meus lábios e assim que saiu, fui até à cozinha preparar o jantar. Desde pequena que tenho o hábito embaraçoso de falar sozinha, e como tal, enquanto preparava a massa, comecei a discutir comigo mesma.

- Tu só podes estar passada, Beatrice Prior! Que diria a tua avó se soubesse destas poucas vergonhas que para aqui vão?! Não foi esta a educação que te deram! Estás a tentar destruir a tua vida? É que se é esse o caso, vais no bom caminho!!!

- Isso podes deixar comigo. - Uma voz conhecida e carregada de ironia provocou-me um arrepio por todo o corpo, e com o susto deixei cair a tampa da panela ao chão, fazendo um barulho enorme.

- Mas que... - Antes que pudesse voltar-me na direção da janela, que claramente tinha sido aberta por ele, senti umas mãos firmes empurrarem o meu corpo contra o balcão da cozinha.

- Larga-me, imbecil! - Desta vez ele seguira o conselho de Emma e usava uma máscara preta que apenas deixava à mostra as duas esferas azuis que tanto assustavam quanto me fascinavam.

- Não é assim que se trata uma vítima de agressão, Bea. - Disse ele, apertando-me os pulsos atrás das costas com uma mão e usando a outra para alcançar o testo da panela que eu deixara em cima da banca. - E se eu te desse com isto? Ficávamos em igualdade de circunstâncias.

- Acredito que sejas covarde suficiente para bater numa mulher. - Disse eu, entre dentes, fazendo força para me libertar, mas sem sucesso.

Ele riu e apertou-me com mais força, magoando-me os pulsos. Eu queria dizer que não estava a gostar, mas intimamente sabia que estaria a mentir. Há qualquer coisa nele que me desperta e me faz sentir viva, muito mais do que quando estou perto de Louis.

- Então, Bea, onde está o teu amigo? - Perguntou ele com ironia.

- Não importa. O que queres de mim?! - Embora a máscara o ocultasse, sabia que um sorriso divertido bailava nos seus lábios.

- Importa pois, não quero que ele interrompa a nossa animada conversa. - Disse ele, ignorando a minha pergunta.

Eu estremeci assim que a sua mão pousou na minha cintura, erguendo um pouco da camisola, e ele riu baixinho.

- És tão fácil de agradar, Bea.

 Sem que eu pudesse lutar contra isso, ele aproximou o rosto do meu, roçando levemente os nossos lábios, embora os dele estivessem encobertos pela máscara. Tentei controlar a minha respiração acelerada, mas sem efeito, infelizmente para mim, este filho da mãe faz-me perder o juízo.

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