Capítulo 32.

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POV Borhan

(dias mais tarde)

 - Uhuhuh, parabéns pela jogada amor, adorei a ideia. – Os braços de Tinna envolveram-se no meu pescoço e senti os músculos contraírem-se de desagrado. Nunca gostei dela, verdade seja dita, mas a sua presença não me havia desagradado até aos últimos tempos…na verdade, sempre dava para descontrair um pouco. Mas por alguma razão que desconheço, já não consigo estar sequer na mesma sala que ela sem sentir repulsa.

- Estás a falar de quê? – Perguntei rudemente, afastando-a.

- Oh, sabes bem, da ameaça que mandaste ao zayn por e-mail. – Respondeu ela, fazendo beicinho e voltando a agarrar-me. Que raio? De que está ela a falar?!

- Ah, isso, claro, estava na altura de lançar mais alguma lenha para a fogueira. – Respondi com naturalidade, já que mentir não apresenta qualquer dificuldade para mim. Não é a primeira, nem certamente a última vez que Zayn é ameaçado, e como tal o importante é reforçar a segurança mas sem grande alarido… se alguém o quer magoar, e não devem ser poucas as pessoas, uma vez que o sucesso dele sempre esteve na mira de muita gente, mais vale aproveitar-me disso para acalmar os ânimos de Tinna, e pode ser que ela deixe de lado algumas das ideias macabras que por vezes lhe passam pela cabeça.

- Sim, mas isso não chega. – Olhei-a com a sobrancelha arqueada e reparei no sorrisinho cínico que bailava nos seus lábios. – Eu preciso de uma prova de como ainda estás tão dentro disto quanto eu.

- Estás a duvidar da minha lealdade, Christinna? – Perguntei, mantendo um tom de voz neutro e aproximando o rosto do seu.

- Não, querido, sabes bem que com ou sem ti, eu vou dar-lhe cabo da vida…és só uma forma de agilizar o processo. – Agarrei-lhe o braço com violência e puxei-a contra mim, olhando-a com severidade.

 - Estás a esquecer-te que essa é a minha meta…bebé. Não invertas os papéis, é bom que não esqueças de quem manda aqui. – Cuspi as palavras com uma raiva contida e foi o suficiente para ela se meter no seu lugar. – Mais do que tudo, eu quero fazê-lo sofrer como merece.

Tinna sorriu fracamente, ainda assustada, mas eu percebi que isto não seria suficiente para dissipar as suas dúvidas. Se ela faz ideia de que eu estou a falhar com a minha palavra, ela não terá qualquer escrúpulo em avançar com um plano por conta própria, e isso seria perigoso.

- Tenho andando a pensar em algo. – Falei, deixando que ela se sentasse no meu colo, embora a vontade fosse mínima. – A Rose… ela é muito importante para ele. Se conseguir pregar-lhe um susto, ele vai ficar de rastos.

Ela sorriu, interessada, e eu continuei:

- Deixa isso comigo, eu posso tratar de tudo, estou a pensar em sequestra-la por umas horas….o suficiente para o assustar de morte. – Concluí, pensando para mim mesmo que poderia empurra-la para o carro à saída, de forma dramática só para Tinna ver, e deixá-la em casa depois de lhe explicar tudo. Talvez até pudesse cruzar-me com Tris… o que raio é que estou a pensar?!

- Nem penses que vou abdicar do prazer de te ajudar nessa tarefa.

Shit.

- Eu posso fazê-la sozinho. – Sugeri, depositando um pequeno beijo na curva do seu pescoço. Quanto menos olhar para ela mais fácil é manter o papel. – Não quero que saias prejudicada com isto…querida.

- Eu sei tratar de mim, e eu não perdia isto por nada. – Afirmou, levantando-se. – Vamos combinar isso para daqui a umas semanas…  Entretanto arranja-me uma máscara.

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