Capítulo 26.

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[*N/A: Um obrigado do tamanho do mundo pelos votos e pelos comentários! Nem imaginam como me deixam feliz :) Estejam sempre à vontade para dar a vossa opinião sobre o andamento da história! Aqui fica mais um capítulo e espero que gostem: todas as referências aos locais em Paris - e arredores - são verídicas. Beijinhos e boa leitura. *]

POV Zayn

- Sabias que Paris já foi uma vila de pescadores? Na altura as enchentes do rio Sena cobriam e cidade e deixavam-na coberta de lama, daí que na altura os romanos lhe chamassem “Lutetia”, que é a tradução de “lama” em latim. É curioso imaginar como a cidade da luz nasceu de algo tão pouco agradável como a lama. E sabias que a torre Eiffel foi construída com o objetivo de mais tarde ser desmontada e vendida às peças como sucata? Não te faz pensar… isto é, caramba, a Torrei Eiffel deve ter um valor incalculável, mas é só ferro… no fim de contas, são sete mil toneladas de ferro metaforicamente admirado por carradas de apaixonados iludidos que olham para ela como se não fosse um montinho de ferro esteticamente organizado por um homem com o mesmo nome do monumento.

            Uma coisa engraçada na Rose é que quando está nervosa, como é o caso, é capaz de falar interruptamente durante uma quantidade de minutos impressionante, quase sem respirar. Afastei a sua mão do cinto de segurança antes que aquilo lhe atravessasse as costelas e forcei-a olhar na minha direção.

            - O avião não vai cair, tonta.

            Ela suspirou e voltou a ler, pela milionésima vez, as regras de emergência gravadas num autocolante nas costas do banco da frente. O avião começa a deslizar lentamente pela pista e à medida que a velocidade aumenta, o tremor das mãos de Rose intensifica-se.

- Ei, Rose, olha para mim, fala-me mais de Paris. – Tenho de elevar a voz para que ela me possa escutar com o barulho do motor a arrancar e não consigo deixar de rir quando ela diz numa voz meia histérica:

- A pirâmide do Louvre tem 666 janelas o que é uma possível alusão ao diaaaaaab…oh meu deus, ZAYN, ESTAMOS A VOAR! – Ela enterrou a cabeça no meu ombro e eu apertei-a contra mim, rindo baixinho da sua reação.

- Bebé, está tudo bem. – Sussurrei junto ao seu ouvido, beijando suavemente o cabelo cor-de-rosa que lhe ocultava o rosto. – Olha lá para fora.

Ela levantou um pouco o rosto e espreitou pela janela do avião, colocando as mãos em concha como Emma costuma fazer quando viajamos.

- Uou. Isto é magnífico… - Conseguíamos ver Londres das nuvens e era como se a cidade fosse ficando mais e mais pequena em comparação com a infinidade de céu que tínhamos pela frente. Estava a amanhecer e à medida que íamos subindo, os raios de sol ainda fracos iluminavam o rosto perfeito de Rose, que sorria num misto de admiração e medo. 

- Eu sei, por isso é que adoro andar de avião: apesar do risco, vale a pena. É como se as coisas como as conhecemos ficassem suspensas no tempo… sinto-me acima da própria vida, percebes? – Falei, apontando para o resto de Londres que desaparecia no meio de uma camada de nuvens felpudas e branquinhas.

Ela acenou silenciosamente e ao fim de algum tempo encostou a cabeça no meu ombro.

- Assim que chegarmos temos de ir ao Hotel deixar as coisas mas ainda temos algum tempo até à primeira reunião: as reuniões são de manhã, por isso temos o resto do dia para passear.- Informei, tirando um pequeno bloco do bolso do casaco. - Fiz uma lista.

Ela voltou-se rapidamente na minha direção e eu percebi que apesar de ainda estar apreensiva, o pânico inicial havia passado.

- Uma lista?

Love WingsWhere stories live. Discover now