Capítulo 2

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Pov. Kevin

Antes de ir para a empresa preciso passar pela casa dos meus pais, já que a minha mãe pediu para que desse uma volta pela sua rua.

Parece que o bastardo do meu pai tem uma nova amante ou algo parecido e ela quer desabafar comigo, para logo me lembrar que eu sou o culpado de fazer os seus quadris ficaram mais largos do que os Anéis de Saturno. Sem dúvida ela tem grande problemas de auto estima.

Meu pai agora me entregou a presidência da empresa, ele provavelmente quer ter mais tempo para colocar chifre na minha mãe. Não entendo para que diabos ele se casou, já que toda a sua vida ele passou a enganando.

Acho que eu nunca vou me casar!

Inevitavelmente me lembro de todas as longas conversas de pai e filho que tivemos, na minha infância e adolescência. “Você deve ter filhos Para que continue o legado da família”, “ Filho você é um homem e como tal você tem o controle, você tem que ter quantas mulheres que puder, isso fará de você um verdadeiro homem”, “Quando você for o chefe você tem que ser um bastardo total com as pessoas, só assim você triunfa na vida.”

Bons conselhos papai!

Bom só falta meio quilômetros para chegar ao meu destino. Já a visto os muros da minha antiga casa.

Estaciono o meu carro e caminho até a porta de madeira impecável, observando ao meu redor. A grama é profundamente verde e muito bem cuidada. O jardineiro realmente realiza um bom trabalho; mas quando entro em casa, nem mesmo a criadagem é capaz de me receber.

Que bando de incompetentes!

Caminho subindo as escadas me dirigindo até o quarto da minha mãe. Posso ouvir o seu choro do outro lado da porta.

Por Deus de novo esse mesmo drama!

Abro a porta e vejo que ela está ensopada de lágrimas, isso já virou costume desde que me conheço por gente.

Eu chegava da creche e ela estava chorando.
Chegava da escola e ela estava chorando.
Chegava da universidade e ela estava chorando...em fim.

Mamãe existe uma coisa chamada divórcio!

Eu me faço de preocupado só para ver se eu consigo fazer ela parar de chorar de uma vez.

- “Mãe o que aconteceu?” - eu seguro os seus ombros e a olho, vendo se desse jeito posso conseguir acalmá-la. Ela me olha com seus olhos vazios e inexpressivo.

- “Kevin, que bom que você chegou!” - ela soluça. - “Seu pai me traiu outra vez, dessa vez foi com uma menina de 20 anos! Ela poderia até ser sua filha!” - minha mãe diz gritando.

- “Sinto muito mamãe”

Eu não sinto de verdade, já que toda a minha vida me aborreci com esse mesmo drama, mas às vezes, sinceramente já não sei o que dizer para acalmá-la.

- “Tudo isso é sua culpa Kevin, olha meu corpo” - ela sinaliza. - “Eu fiquei assim por sua culpa!” - ela seca as suas lágrimas. - “Você deveria falar com o seu pai, para que eu me sinta melhor, já que isso é praticamente sua culpa.”

- “Eu vou falar, mãe” - eu minto, só para acabar com esse calvário.

Esse é todo diálogo que eu posso ter com ela. Choro e culpa. Muitas vezes penso por que diabos me importo, a cabo de alguns segundos me dou conta de que não me importa em nada, só que se não venho até aqui, ela vai até o meu escritório chorar e fará um escândalo. Minha mãe é um maldito caso perdido.

Meu escritório.

Meu lugar favorito no mundo, sem dúvida é minha empresa. Ali sou um Deus e todos estão a meu serviço, o qual me faz sentir muito bem, poderoso, temido e vangloriado pelas mulheres.

Saio da casa da minha mãe já de saco cheio com toda essa história, entro no meu carro e dirijo a toda velocidade para a minha empresa.

Não tem parado de Chover (COMPLETA)Where stories live. Discover now