Capítulo 22

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Pov. Bianca

Minha consciência e meu cérebro se aliaram para me fazer acreditar que isso é necessário, o melhor que posso fazer. Kevin Lusiack uma pessoa impossível para mim.

Sim,ele apenas fosse um homem comum e não o empresário mais conhecido de Londres, poderia funcionar algo entre nós e eu não temeria que a minha imagem o envergonharia, ou a minha reputação. Mas ele é o maldito mais rico do país, seu rosto sai estampado nas revistas mais famosas, sua empresa é a mais importante de Londres no ramo de telecomunicações, e eu já não sou mais ninguém, o que eu agradeço porque ninguém pode saber que eu sou aquela menina, que em sua adolescência tomou a pior decisão e envergonhou a sua família. Uma família que me abandonou e não soube se compadecer de mim.

Muitos vezes me pergunto como consegui seguir em frente sozinha, sem ninguém. A piedade, a fé nas pessoas e a solidariedade são os caminhos que eu decidi seguir depois de me encontrar abandonada pelos meus.

Não posso me estancar aqui, se pude sobreviver ao horror, a miséria humana e o abandono de minha família, poderei, sem sobra de duvida, estar sem Kevin. Ele é so mais um homem, não tem nada de especial, exceto seu atrativo físico, o qual é fantástico isso eu não posso negar, mas no geral não tem nada de especial.

É inevitavelmente não pensar nas vezes que ele se preocupou com o meu bem estar, minha segurança e em minha felicidade, ou um pouco dela pelo menos. Dentro de tanta arrogância se encontra o homem mais maravilhoso que talvez houvesse me querido bem, mas o qual não posso e nem quero arruinar.

Isso é o melhor.

Meu centro. Devo ir para lá, me encarregar das papeladas e das coisas que me competem. Sou a diretora e a fundadora, é meu dever estar ali.

As ruas de Londres me lembram dos pesadelos que aglomeram a minha mente. São tão frias, tão desertas mas ao mesmo tempo tão cheias, as pessoas que transitam parece não ter um destino, como eu.

Nunca terei nada, só esse centro. Nenhum homem poderia querer uma mulher vazia como eu.

Aqui devo revisar as papeladas e assinar os documentos para a compra das novas cama das crianças. Os berços novos são lindos, inclusive uma cooperativa se encarregou de pintá-las de branco.

Quero permanecer o meu dia aqui, dentro dessas quatro paredes minha biblioteca e meu escritório. Meus melhores amigos desde que tenho memoria ou desde que ninguém se interessa por mim.

A porta do meu escritório se abre e uma alegre Celina entra.

- "Bianca por Deus, de que buraco você tira tantos homens bonitos?"

Não posso compreender o que ela esta dizendo. Não conheço homens, só Kevin e os arquitetos.

- "A que você se refere?"

- "Menina, há um gostosão, la fora querendo te ver. Deus,ele é tão sexy!"

- "Pode falar mais baixo, é muito mal educado de sua parte falar assim, se a pessoa esta do outro lado da porta."

- "Estou nem ai para suas reprovação. Já estou indo o meu turno esta terminando. Quer que eu leve o gostosao comigo?"

Essa mulher não tem jeito.

- "Não Celina, pode ir talvez seja um entregador, mesmo eu não esperando nenhum."

- "Duvido que seja, ele parece ser um empresário."

Digo a Celina que ela pode ir e diga ao visitante que ele pode entrar. Me encontro perdida entre tantos números, que parece inacreditável o que esta me acontecendo.

Não tem parado de Chover (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora