Capítulo 24

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Pov. Kevin

Eu a aproximei de mim e a beijei muito lentamente. Ela parecia tremer diante do meu toque, aquilo era fascinante.

Peguei no seu cabelo e o soltei, algumas mechas do seu cabelo foi parar no seu rosto, eu o afastei com delicadeza e o coloquei para o lado.

Continuamos nos beijando, mas maldita seja, eu queria muito mais dela. Devagar as minhas mãos percorreram a sua perfeita costas, até que a minha mão desceu um pouco mais e consegui acariciar as suas pernas.

Graças a Deus esse vestido não era tão comprido. Agora podia sentir a suavidade de sua pele.

Eu sou um idiota afortunado.

- "Kev?"

Me parecia estranho que ela se sentisse coibida por meus movimentos; e que tremesse daquela maneira mas seu rosto era de preocupação, por isso optei por parar.

- "O que foi?"

- "Sei que somos adultos e tudo, mas acho que estamos indo muito rápido."

Parecia que estávamos indo muito rápido? Se fosse outra mulher já iria para o segundo plano. Mas ela não era qualquer mulher, era a mulher e eu não ia foder com essa noite.

- "De acordo, você tem razão. Sinto muito, acabei me deixando levar."

Ela parecia envergonhada por me ter pedido para parar.

- "Que tal comermos a sobremesa que eu fiz?"

- "Claro."

Parece que existia mulheres bonitas que, além de fazer comidas espetaculares, fazia sobremesas, cozinhava e limpava. De onde venho essas tarefas eram realizadas pelas empregadas.

Me dei conta que estar com Bianca era como conhecer um mundo paralelo ao meu, mas totalmente diferente.

Comemos a deliciosa sobremesa que ela havia feito e devo dizer que jamais havia provado algo parecido.

Quando terminamos com essa delícia, peguei a mão de Bianca e beijei cada um dos seus dedos, precisava fazer ela sentir segura, se depender de mim ela nunca mais vai sofrer, eu queria fazê-la feliz.

- "Bianca quero estar do seu lado, por favor não me afaste."

- "Eu só te peço um pouco de paciência, por favor. E por favor...não conte a ninguém. Eu te peço."

- "Posso te dar todo tempo que precisar, mas não me afaste, é a única coisa que peço."

Continuamos conversando e nos beijamos. Tinha uma grande urgência para poder me enterrar nela e fazermos amor durante a noite toda. Mas eu sabia que devia esperar, ela havia me pedido paciência e eu seria paciente.

Essa noite dormiríamos juntos e mesmo que não fizéssemos nada do que eu queria fazer, foi um momento íntimo, extremamente privado. Dormimos abraçados a noite toda.

(...)

Quando acordei olhei para o lado e não a encontrei. No instante seguinte ouvi passos se aproximar e então a vi.

- "Bom dia belo adormecido."

Não dava para acreditar, ela estava vestida com um horrível vestido, que parecia ter pertencido a sua avó.

Ri descaradamente.

- "Você é um hipócrita, odeia esses vestidos."

Sim, era verdade. Mas ela era tão perfeita que, e mesmo que ela estivesse vestida de urso polar, ficaria encantadora. Ela riu e eu também fiz.

Desde que me tornei adulto só pensei que só as coisas materiais poderia chegar a me dar felicidade, mas com ela me dou conta que posso encontrar a verdadeira felicidade nas coisas mais simples da vida.

- "Bem, de acordo. Você não tem outra roupa? Poderíamos ir às compras."

- "Odeio ir fazer compras e esse vestido é extremamente confortável. Não se preocupe, não vou sair na rua com ele...Eu te trouxe um café."

- "Obrigada. Que horas são?"

- "São nove horas. Você tem que ir trabalhar?"

- "Tem planos melhor?"

- "De fato, tenho. Se vista e me acompanhe a outro lugar."

(...)

Tomamos a estrada mas eu não sabia se quer para onde iríamos. Ela havia preparado uma cesta com comida e havia colocado um vestido florido no corpo.

Precisava me descarregar urgentemente.

- "Aonde exatamente nós vamos?"

- "Vamos a Walton on Thames."

- "De acordo. Você tem vontade de andar de bote? Por que também tenho um Iate que poderíamos aproveitar."

Queria impressioná-la com isso, mas ela nem sequer disse nada em relação as minhas posses. Se houvesse sido outra mulher seguramente estaria pulando de ansiedade.

- "Não, o que nós vamos a fazer é pescar."

Eu olhei para ela e ela só sorriu. Fiquei mudo, minhas palavras não saiam da minha boca, por isso eu só assenti.

- "Elvis Costello?"

- "Sim, eu gosto desse tema."

- "Sinto ciúmes de Julia Roberts."

- "Por quê? Seu sorriso é muito mais deslumbrante do que o dela."

Era mais do que bonito ver que suas bochechas tinham ficado vermelhas. Ela continuou cantando em voz baixa. Ela segurou a minha mão e a apertou. Maldita seja, isso era mais agradável do que qualquer outra coisa.

Depois de uma hora chegamos ao nosso destino. Fomos até uma loja onde compramos duas varas de pescar e algumas iscas. Ainda não podia acreditar que depois de tanto tempo voltaria a fazer algo que era a minha paixão.

Quando chegamos no rio, ela preparou as varas de pesca e as colocamos no rio, depois estendeu a toalha na grama e nos sentamos. Havia muita paz e tranquilidade. Apoiei a minha cabeça em suas pernas e ela acariciou o meu cabelo.

- "Acho que pegamos um."

Ela pegou o seu celular e começou a tirar fotos dos peixes que conseguimos pegar. Ambos posamos para as fotos como se tivéssemos pescado o monstro do lago Ness. Para a minha má sorte a tarde passou muito rápido, e logo partiríamos novamente.

Um telefone começou a tocar e o peguei pensando que estavam precisando de mim no escritório, mas não era o meu telefone que estava tocando.

Bianca olhava o seu celular atônita.

- "O que aconteceu?"

- "É uma ligação...de Andréa Hamilton."

Ali eu observei como um lindo dia havia desmoronado, de alguma maneira, porque o rosto de Bianca já que não havia rastros da felicidade que estávamos vivendo há alguns minutos atrás, mas sim uma certa...tristeza ou amargura surgiram no rosto dela.

O dia havia começado maravilhosamente bem mas não acreditava que terminaria do mesmo modo.

Não tem parado de Chover (COMPLETA)Where stories live. Discover now