D.KRESTH

d o i s

— Eu não danço. Então nem tente pagar de bom moço como um pretexto para apalpar a minha bunda. Ok?

Eu nunca falo ou ajo como se quisesse demonstrar desinteresse. Não quando se trata de Nolan. Na verdade, eu me importo muito com o que temos e preciso cuidar para que não deixemos pontas soltas. Sei que estamos próximos de atingir o limite de todos os riscos e seria desastroso se fôssemos descobertos.

— Eu não preciso de um pretexto quando posso fazer isso — Nolan estica seus braços para trás como se estivesse apenas alongando-se e desliza sua mão por minhas costas, causando-me arrepios com o atrito de seus dedos gélidos contra a pele nua de minhas costas antes de descê-los até minha bunda. — bem aqui.

Eu respiro fundo e mordisco o canto da boca, desvencilhando-me rapidamente de seu toque.

— Por Deus, pare de ser tão imprudente.

Nolan exibe um sorriso lateral quando nos entreolhamos e eu preciso dar o meu melhor para fingir que o seu toque não provocara efeito algum sobre cada parte de meu corpo.

— Isso está fora de cogitação.

Esforço-me para ignora-lo quando Paul e Phoebe D. Kresth descem pelos degraus da mansão como se fossem o próprio Deus andando sob as águas. Mas, em meio a todos os olhares atentos a nossa volta, eu só consigo pensar que, assim como o amor, a admiração de todos os presentes aqui é mesmo cega. Porque, ao meu ver, eles são apenas e literalmente a própria reencarnação do anti-cristo.

— Sejam todos bem-vindos á mais uma noite onde estaremos homenageando e revivendo a honrada Época da Inocência, que para muitos foi lamentavelmente esquecida. Phoebe e eu esperamos que para todos o motivo de nossa festividade hoje seja mesmo inesquecível, e queremos recebê-los da melhor forma possível, inclui todas as serventias da casa. Ou melhor dizendo, de vossa mansão. Então, fiquem a vontade e desfrutem dos privilégios inigualáveis que estamos oferecendo a vocês.