v i n t e e c i n c o

798 96 11
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Meus olhos estão fechados, mas eu sinto suas íris esverdeadas em meu rosto

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Meus olhos estão fechados, mas eu sinto suas íris esverdeadas em meu rosto. Eu não me esforço para lutar contra o peso de minhas pálpebras, mas esforço-me para manter o ar reprimido em meus lábios quando o calor de sua língua percorre a pele de meu pescoço.

Então, repentinamente, ela se afasta e eu aproveito a oportunidade para entreabrir os lábios a procura do fôlego que inspiro com força e expiro com suspiros instáveis. E, segundos depois, o colchão se afunda ao meu lado e de relance eu a vejo erguer as pernas antes de apoiá-las em minhas laterais para aconchegar-se em cima de meu corpo.

Suas mãos sobem pelos músculos de meus braços e seus dedos percorrem os meus ombros antes de deslizarem até o meu abdômen e subirem novamente em movimentos delicados que causam-me arrepios dos dedos dos pés, até a cabeça. E sem conseguir manter-me distante do seu corpo por mais tempo, eu finalmente abro os olhos e encaro os seus quando estico meus braços e seguro suas mãos, impedindo que ela as afaste do meu peito.

Logo acima do meu coração.

Aqui — eu reajo com o tom de voz baixo, pressionando o seu toque com as minhas mãos. —, é onde você está.

Suas sobrancelhas se unem no momento em que eu a puxo para mais perto e ela não desvia o seu olhar do meu quando eu beijo as palmas de suas mãos e depois cada um de seus dedos.

Ela pisca suas pálpebras freneticamente e eu simplesmente não consigo descrever as expressões congeladas e inexpressivas que permanecem em seu rosto por segundos que mais parecem séculos até que seus dedos se entrelaçam aos meus e ela inclina-se para frente, observando-me atentamente enquanto ergue a parte de baixo do seu corpo e leva nossas mãos até o meio de suas pernas.

Então, o perverso curva os seus lábios.

— E aqui, é onde eu quero que você esteja.

Eu demoro para processar as suas palavras, mas o meu corpo reage imediatamente a cada uma delas e eu inverto as nossas posições e a mantenho de costas para mim quando encaixo o meu corpo encima do seu, puxando-a para trás com uma das mãos em sua cintura e apertando um de seus seios com a outra.

Com certa familiaridade e rapidez, esgueiro-me até a mesinha ao lado de sua cama e belisco a embalagem de preservativo com a ponta dos dedos para trazê-lo até meus lábios. E, sem demora, eu deslizo a camisinha por todo o meu comprimento e passo a língua pelos lábios quando ela arqueia suas costas e encosta o rosto no travesseiro para conter os gemidos que escapam de seus lábios assim que o meu membro entra em sua intimidade.

Precisando ouvi-lá novamente e cada vez mais, inclino-me sobre ela e acelero os movimentos enquanto espalho beijos abafados em cada centímetro de suas costas e desacelero quando ela se contrai e repuxa os lençóis com força.

Aqui, Kendall Cannesmurmuro entre arfadas, beijando o topo de sua cabeça. —, é onde eu tornei-me seu.

E, segundos depois, quando suas mãos puxam as minhas até o lado direito de seu peito e ela nos mantém ali, eu sei que, pela primeira vez, não só os nossos corpos, mas nossos corações estão em uma sincronia inquebrável.

(...)

Ela está de costas para mim, apoiada no parapeito da janela de seu quarto com uma toalha enrolada em seu corpo até um pouco abaixo de sua bunda, deixando à mostra suas belíssimas pernas enquanto observa o Main Street Park e sopra lentamente a fumaça do cigarro entre seus lábios.

— Eu gosto dessa paisagem. — Exclamo, descendo meus olhos pela silhueta de Kendall.

Com um sorriso nos cantos de sua boca, ela vira o seu rosto por cima do ombro e arqueia uma de suas sobrancelhas em minha direção.

— Ah, é? Desde quando? Não me lembro de tê-lo visto observando-a em algum momento.

Dando de ombros, aproximo-me e ela desvia os seus olhos dos meus quando encosto o meu peito quente em suas costas frias, enroscando meus dedos uns aos outros na altura de seus peitos, que enrijecem por baixo do tecido assim que acaricio a sua pele nua com os polegares.

— Você é a única paisagem que meus olhos veem, anjo. — Eu sussurro em seu ouvido, sentindo-a congelar com o toque de meus lábios úmidos em seu pescoço.

Kendall troca o peso de seus pés e eu sinto os músculos de seu corpo tensionarem quando eu descanso o meu queixo em seus ombros, roçando os pêlos de minha barba em sua pele.

— E o quê você vê, Nolan? — ela pergunta, depois de um longo silêncio, parecendo questionar mais a si mesma do que eu.

Então eu puxo a sua mão que pende para fora do parapeito até meu rosto e aproximo o cigarro entre seus dedos de minha boca, sentindo o repentino desejo de tocá-lo justamente por ele ter estado em seus lábios.

Eu sopro a fumaça e inspiro o seu cheiro, absorvendo em meus pulmões as substâncias de ambos os vícios que me deixam inebriado.

— O que eu vejo é quase tão cruel quanto encantador, Kendall. — Por fim, eu respondo, mas sem demora, completo: — Mas o que eu sinto por você é trágico, bonito e fascinante.

Seus olhos esverdeados finalmente encontraram os meus e ela curvou os lábios em um sorriso límpido e impuro, antes de dizer: — Eu vejo apenas um belo pecado, Nolan, e se cair ao inferno for o meu destino, continuarei sendo com toda glória uma pecadora.

Então, sem hesitar, eu a beijo.

A beijo com tudo que sou.

A beijo com tudo que quero.

E a beijo com tudo que tenho.

Porque agora, eu a tenho.

E com ela, eu tenho tudo.

D.KRESTHWhere stories live. Discover now