Eu empurro minhas costas contra a cabeceira da cama quando abro os olhos e vejo uma silhueta em meio a pouca luz do meu quarto,
observando-me em silêncio ao lado da janela.Pisco algumas vezes para ter certeza que não estou dormindo ou tendo uma alucinação ou apenas tentando não imaginar algo ruim.
Então ouço sua respiração.
— Não quis te acordar, querido.
Eu respiro fundo e giro meu corpo até o abajur quando ouço a voz de Phoebe, encontrando suas íris castanhas completamente vidradas em mim ao acender a luz.
— Phoebe? — eu indago, confuso e surpreso e um tanto aliviado. — Achei que fosse uma assombração. Até preferiria, na verdade.
Ela revira os olhos, mantendo-se seria enquanto se aproxima da cama.
— Não estou com tempo para as suas piadinhas, Nolan.
Torço a cabeça para a direita e franzo o cenho, soltando um riso frouxo em seguida.
— Não foi uma piada.
Phoebe não diz nada. Ela apenas me observa com seriedade. Então eu faço o mesmo; desafiando-a até que ela cede como de costume e solta um longo suspiro antes de sentar-se ao meu lado com as mãos nos joelhos.
Eu recuo para longe dela.
— O que você quer, Phoebe?
O coque no topo de sua cabeça pende levemente para frente quando ela curva seu pescoço de maneira que possa enxergar o que tirara do bolso de seu roupão.
— É uma bela jóia, Nolan.
Minhas sobrancelhas quase batem no teto quando eu encaro o colar em suas mãos, engolindo em seco.
— Não me lembro de ter te dado permissão pra fuçar o meu quarto.
Phoebe ri com ironia.
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D.KRESTH
RomancePara ele, Kendall Cannes era a própria reencarnação do diabo. Suas íris esverdeadas arrancavam sua lucidez e o atraíam para o obscuro. Mas com um sorriso angelical ela camuflava a maldade e a perversidade em seus lábios. Kendall Cannes era quente c...