q u i n z e

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— Nolan, armador, Thomás, ala armador, Potter, ala, Clay, ala-pivô e Sean, pivô — o treinador exclamou, encarando um por um enquanto citava os nomes e as posições dos jogadores

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— Nolan, armador, Thomás, ala armador, Potter, ala, Clay, ala-pivô e Sean, pivô — o treinador exclamou, encarando um por um enquanto citava os nomes e as posições dos jogadores. — Os outros sete, reservas.

Eu ergui o olhar em direção ao treinador Lewis e apenas concordei com a cabeça como em todas as outras vezes desde que ele começou a discursar sobre as regras e o planejamento do jogo de hoje á noite.

— Na minha opinião, o Nolan não deveria conduzir o jogo — Thomás comentou, encarando-me por debaixo da aba do boné.

Resisti á vontade de revirar os olhos e deixei a bola escapar de meus dedos antes de fazê-la quicar com força contra o piso amadeirado da quadra de basquete.

Eu sorri, provocando-o.

— E quem deveria, Thomás? Você? Só se quiséssemos afundar o time.

Ele encarou-me com seriedade e abriu a boca para rebater o insulto, mas eu não esperei por sua resposta quando desviei meu olhar do seu e voltei minha atenção para o treinador.

— Corram, driblem e acabem com o maldito jogo — Lewis estendeu sua mão para frente e nós fizemos o mesmo, amontoando-as uma na outra. — Ou eu acabo com vocês.

As luzes centrais se acenderam, iluminando toda a extensão do ginásio, e as pessoas aplaudiram de pé quando eu e o resto do time entramos em quadra com os sorrisos convencidos de sempre.

Eu acenei para que os jogadores da Constance se aproximassem e segundos depois eles uniram-se em um círculo a minha volta, observando-me com atenção.

— Potter, posicione-se no garrafão e faça os dois pontos assim que a bola parar em suas mãos. Não esquece do ruivo que te marcou no jogo passado. Ele sabe seus pontos fracos e não podemos arriscar que faça pontos como da última vez. Clay e Sean, espero que o tempo de bola de vocês esteja aguçado, não quero nenhuma bola no campo defensivo e, por Deus, não caiam nas provocações dos irmãos Perkins. Se vocês nos desqualificarem, Lewis vai fazer de nossas vidas o próprio inferno. Thomás, você vem comigo. E aos reservas, mantenham-se atentos as jogadas dos adversários.

O tempo passou voando.

Potter executou os dois pontos quando coincidentemente recuperou a bola após o arremesso não convertido do ruivo, que insistentemente tentou bloqueá-lo desde o começo do jogo. Clay teve uma falta nos primeiros segundos do segundo tempo, como sempre; e Sean obteve mais duas por ter se distraído enquanto flertava com as garotas da arquibancada. Thomás manteve-se atento e lançou-me piscadelas toda vez que descobrira os ataques dos adversários antes que eles os executassem, avisando-me e deixando-os dispersos e com desvantagens enquanto cantarolava as acusações em seus ouvidos durante os arremessos para distraí-los.

Como em outros jogos, usávamos isso para enfraquecer os jogadores de times opostos.

Sempre funcionava.

Nós fizemos alguns pontos, os Leighton's outros, e tivemos um empate.

No fim do terceiro período, Potter bloqueou um arremesso e Sean fez o rebote, empurrando a bola para frente com as duas mãos para Thomás, que gira seu corpo para se desvencilhar dos irmãos Perkins e corre com a bola — e contra o tempo — driblando-a até a área dos adversários e diminuindo a distância entre nós antes de passá-la por debaixo das pernas para que eu segurasse-a com a ponta dos dedos antes de arremessa-lá com firmeza no cesto adversário, após o salto.

Meu coração bateu com força contra o peito quando eu soltei o aro e meus pés colidiram com o piso amadeirado; a adrenalina intensificando-se com os aplausos e gritos eufóricos das pessoas nas arquibancadas e dos meus colegas de time que se aproximaram para parabenizar-me antes de saírem da quadra.

E de repente, eu a vi.

Eu não sabia que Kendall Cannes viria e não esperava que ela estivesse aqui até que a vi pulando alguns bancos junto da multidão que aos poucos se aglomerou nas grades que separavam as arquibancadas da quadra.

Observei o pequeno sorriso em seus lábios que aos poucos tomou forma quando ela aproximou-se de uma garota loira que estava de costas, impedindo-me de ver o seu rosto.

Ela lhe deu um beijo rápido e, antes que eu pudesse me virar para ir embora, minhas pernas pararam de funcionar e meu corpo me manteve ali, esperando pelo momento em que o seu olhar encontraria o meu.

Tudo pareceu ficar com silêncio e nós ficamos nos encarando por vários segundos, até que Kendall olhou para baixo e assentiu para algo que a garota havia lhe dito.

Eu olhei para trás quando Sean chamou-me, perdendo-a de vista.

— Você vem? — perguntou.

Ele falou algo sobre a festa de comemoração e eu concordei com a cabeça para parecer que estava prestando atenção em cada palavra que sairá de sua boca, mas eu não pude evitar e desviei o meu olhar até ela novamente.

Kendall não estava mais lá.

— Nolan — Sean me chamou mais uma vez. — Você escutou algo que eu disse?

— Uhum.

— O quê então?

— O quê o quê, Sean?

— O que eu disse, cara?

Eu dei de ombros.

— Eu só me distrai — confessei.

Sean curvou os lábios em um sorriso.

Havia malícia.

— Sua distração têm o sobrenome Cannes? — ele questionou, em tom de acusação.

Eu o ignorei e passei por ele, sem querer prolongar o assunto enquanto apressava meus passos até o vestiário.

— Você estava encarando-a.

— Claro que não.

— Praticamente curvando-se para ela.

Sean me alcançou e começou a caminhar ao meu lado com os lábios ainda curvados.

— Bem, vamos ter que falar sobre ela em algum momento — ele disse, rindo. — A curiosidade sempre mata o gato e eu sei que você não viveria sem mim.

Revirei os olhos.

— Vai caçar o que fazer, Sean.

Eu parei de andar quando cheguei ao meu armário e apalpei a chave do meu carro.

— Esteja na casa do Clay daqui uma hora ou eu faço um jornal de fofocas para te explanar em Manhattan. Ou em toda Nova York.

D.KRESTHWhere stories live. Discover now