Para ele, Kendall Cannes era a própria reencarnação do diabo. Suas íris esverdeadas arrancavam sua lucidez e o atraíam para o obscuro. Mas com um sorriso angelical ela camuflava a maldade e a perversidade em seus lábios.
Kendall Cannes era quente c...
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Eu estou suando frio.
Sentindo-me inquieto e próximo a entrar em pânico ou em ebulição pela temperatura que fervura em meu corpo por de baixo do tecido abafado do terno que estou usando agora.
O que nunca foi um problema para mim.
Ao menos, até esse momento.
Eu rodopio meus olhos pelo salão principal da Constance Billard School a sua procura, entre todos os jovens entusiasmados com o fim tão esperado do ciclo estudantil.
Então, eu a vejo.
De repente, o mundo para.
E o universo, repentinamente, desaparece.
Com as íris esverdeadas encarando-me fixamente, ela desfila em minha direção com um vestido deslumbrante que contorna perfeitamente as curvas de seu corpo bronzeado, que, sob a iluminação de cores neons, parece reluzir contra os meus olhos.
Pisco algumas vezes, sentindo o meu coração alcançar uma elevação cardíaca quase extrema.
— Céus, esse vestido foi feito para você — comentei, perscrutando-a de cima a baixo, e de baixo a cima, com fascínio.
Um sorriso entornou-se com malícia em seus lábios antes que as palavras saíssem por eles: — E quando estou sem ele, sou feita para você.
Kendall pousou uma de suas mãos sobre o meu braço direito e a outra sobre o esquerdo, subindo-as lentamente até meus ombros.
— Não preciso ter preferências, então — brinquei, puxando-a para ainda mais perto.
— Contanto que eu seja a sua preferência, não há argumentos contra fatos.
