c i n c o

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"Eu te dou o que você quer, toda vez

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"Eu te dou o que você quer, toda vez. E você me dá apenas o que tem. Mas a verdade é que você não tem nada, Nolan."

A voz de Kendall Cannes se repete em minha cabeça mais uma vez. E, levando em consideração que essa já é a décima, talvez eu deva mesmo parar de cogitar e pular de uma vez de cima desse arranha-céu. Mas seria uma grande ironia morrer no único lugar onde eu me sinto realmente vivo.

O Empire State tem uma altura de 381 metros, mas com a sua torre de antena incluída, o edifício chega a 443 m. Eu estou no telhado de um dos maiores edifícios de Manhattan, sentado na escada de incêndio que poucos sabem da existência, e penso que talvez essa não seja a melhor maneira de morrer já que a sensação que deveria ser de liberdade, será de fato uma angústia torturante.

E ninguém deveria morrer assim.

A morte é a nossa única certeza e também uma consequência de se estar vivo. Desejar morrer é parte da experiência. Mas cometer suicídio, em alguns casos, é uma futilidade do caralho se pensarmos em quantas pessoas desejam estar em nossos lugares, apenas vivendo.

Muitos desejam estar no meu lugar e, se eu pudesse, com certeza o reivindicaria. Mas infelizmente não posso fazê-lo. E isso é tão lastimável quanto saber que ninguém sentiria a minha falta ou lamentaria pela minha fúnebre e insignificante partida. Fingiriam, de fato. Mas não sentiriam. Por esse e outros fatores, eu concordo com Kendall Cannes.

Eu realmente não tenho nada.

Comicamente, até menos que nada.

Porra nenhuma.

Mas eu também discordo dela, porque até que ela despejasse toda a sua verdade na minha cara, eu tinha o chão sob meus pés. E agora, eu não tenho nem isso.

"Você não me tem."

É, eu não poderia ter alguém que pertence apenas a si mesma. Mas eu tinha sim uma pequena parte dela — talvez minúscula e quase imperceptível — que me tornava real diante de uma vida toda de mentiras.

D.KRESTHحيث تعيش القصص. اكتشف الآن