Capítulo 6

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Eu estava no exército há quatro anos e meio e já era Primeiro Tenente. Esse meu "emprego" não atrapalhou em nada as minhas tarefas para a máfia. Apenas tivemos que fazer alguns ajustes.
Eu evitava me envolver em seqüestros, pois o risco de ser pego era maior. Somente em casos extremos e mais importantes, Elizabeth e Don me chamavam. Mas os assassinatos continuaram normalmente: Elizabeth me falava quem era o alvo e me dava informações sobre ele.
Eu adorava o fato de estar no exército e ser o Assassino da Cruz. Adorava a adrenalina. Não sei bem o porquê. Vai entender a minha mente doentia.
Na verdade, o fato de eu estar no exército ajudou bastante nas atividades da Organização. A primeira coisa que eu fiz foi descobrir quem era o filho da puta do exercito que estava infiltrado na Cosa Nostra.
Flashback On...
Flertando com uma recruta gostosa, eu consegui entrar na sala de arquivo. Foi tão fácil e tão delicioso enganar aquela recruta! Por isso que eu amava meu trabalho.
A sala de arquivo era muito pequena e abafada. Era cheia de arquivos velhos e papéis espalhados. Lá olhei por todas as fichas, até que o reconheci pela fotografia. Era John Sawyer. Eu o conhecia como um soldatti da Organização.
A ficha dizia que ele era um coronel do exército e pelo jeito, estava juntando provas sobre vários cappos e soldati da Organização e estava as vias de ser promovido a cappo. Diziam na Cosa Nostra que ele tinha muita competência.
Com certeza, Don iria ficar furioso de ter sido enganado dessa maneira.
Eu deixei as fichas com as informações sobre os cappos e os soldati lá mesmo. Eu não ia dar bandeira sumindo com informações importantes do exército. Apenas anotei os nomes dos cappos e soldatti e peguei apenas os dados do maldito do John Sawyer.
Comuniquei a Don e Elizabeth sobre a minha descoberta e a resposta deles foi: "mate esse filho da puta". Que supresa! Don era tão previsível às vezes que eu me perguntava como ele nunca foi pego pelo FBI ou pelo próprio exército.

Assim, eu observei o John Sawyer por duas semanas, como de costume. Até que um dia eu esperei por ele no prédio em frente a sua casa. Eu havia entrado no prédio pela escada de incêndio e fui para o telhado. Montei minha sniper e esperei até o maldito chegar em casa.
Quase uma hora depois, eu vi seu carro virando a esquina. Me posicionei e esperei. Ele estacionou o carro em frente a sua casa. Ele saiu do carro tranquilamente, assobiando. Mal sabia que seriam seus últimos segundos. Eu mirei no meio da cabeça dele. Respirei fundo e atirei.
Imediatamente, ele caiu morto ao lado do carro.
Eu guardei minha arma na minha mochila e desci pela saída de incêndio do prédio sem ser visto. Andando pela rua, sorri. Mais uma missão bem sucedida e menos um idiota no caminho da Organização.
Flashback Off...
Depois desse acontecimento, eu ficava atento a qualquer movimentação diferente na base e logo procurava me inteirar sobre o que estava acontecendo. Porque uma coisa que eu descobri é que os militares eram pior que lavadeira. Adoravam fofocar.
Através dessas fofoquinhas, eu descobri várias operações que iriam prejudicar a Organização. Então, eu dava um jeito de avisar Don ou Elizabeth, mandando uma mensagem por celular descartável. E, claro, já avisada do que aconteceria, a Cosa Nostra sempre se safava.
Particularmente, eu não posso reclamar da vida que eu levava no exército. Para mim, era como um serviço qualquer. Eu pegava serviço às sete da manhã em ponto e ficava até às cinco da noite, de terça a sábado Eu tenho uma escala de 24 horas no quartel de quinze em quinze dias.
E desde então, não vi mais a Tenente Coronel Perroni. Mas sabia de sua fama. Conhecia as suas terríveis histórias. Ela era filha do falecido General Cesar Perroni, um dos militares mais conceituados que o exército já teve.
A Perroni tinha fama de ser o próprio demônio. Sempre cumpria com perfeição suas missões e era completamente dedicada ao exército. Ela nunca demonstrava qualquer sentimento ou emoção. Todos apostavam que ela seria melhor que o pai. E pelo jeito, seria mesmo.

Quanto à Poncho... bem, ele não agüentou mais morar com a mãe, que era uma velha chata e super protetora e decidiu sair de casa. Eu o chamei para morar comigo e ele aceitou imediatamente.
Desde então, Poncho se tornou uma espécie de amigo. E ele era o único. Era difícil me relacionar com as pessoas, sabendo que elas poderiam estar em risco por minha causa. Não que eu me importasse com isso, mas era a vida que eu tinha escolhido.
No início, ele estranhou as minhas saídas repentinas, mas depois ele se acostumou e nunca me perguntava onde eu estava.
Mas, em geral, era bom morar com Poncho. Ele nunca se intrometia na minha vida, nem fuçava nas minhas coisas. Ah! E agüentava meu jeito mal humorado sem reclamar. No fim, ele se tornou uma boa companhia.
Nós íamos para o Fort Hamilton juntos e treinávamos juntos também. Eu dei algumas aulas de tiro para ele e ele melhorou sua pontaria consideravelmente. Realmente ele levava a sério as suas funções no exército. Eu nunca acreditei que ele se tornaria um bom militar, mas foi isso que aconteceu.
Ele continuou com a amizade com os dois patetas: Christofer e Tyler. Eu já não tinha tanta paciência para aqueles dois, mas raramente, saímos todos juntos para beber.
Mas, como tudo que é bom, acaba rápido, essa minha vida fácil logo ira mudar drasticamente e eu não imaginava o quanto.

Military SeductionWhere stories live. Discover now