Capítulo 27

607 43 3
                                    



Isso tinha como piorar?
Ouvi uma batida alta de porta no andar de cima. Se dependesse da Maite com certeza piorariam.
Puto, eu guardei tudo na geladeira e fui para o meu quarto. Maite ainda estava acordada porque eu vi a luz do seu quarto acessa por debaixo da porta.
Fiquei um tempo parado olhando para a porta do quarto dela. Depois de não sei quanto tempo, eu respirei fundo e tomei coragem para bater na porta dela.
Quando fui bater, alguém me segurou pelo pulso. Eu olhei para a pessoa assustado, pois eu estava tão perdido em meus próprios pensamentos que nem vi ninguém se aproximar.
Era Sebastian.
Olha William. – ele disse tranqüilo como sempre – Eu gosto muito de você, cara, e vou fazer até o impossível para achar seus pais, mas deixe Maite em paz. Ela não merece sofrer mais.
Sebastian, eu...
Eu sei que você teve seus motivos. – ele disse soltando meu pulso – E acredito que você realmente gosta dela, mas ela precisa de um tempo para pensar direito em tudo que aconteceu.
Eu preciso explicar a ela... que eu nunca quis fazê-la sofrer. – eu falei.
Tarde demais, cara. – ele disse e se virou, indo embora.
Eu suspirei cansado e fui para o meu quarto. Tirei a roupa, ficando só de cueca e me deitei. Eu precisava descansar um pouco. Eu precisava estar no meu melhor para achar meus pais.
Meus olhos estavam pesados, mas eu não conseguia dormir. Eu sabia que tinha machucado Maite, mas Ivan e Sebastian estavam a protegendo tanto que eu estava começando a imaginar que eu não sabia o quanto ela estava magoada.
Depois de ficar não sei quanto tempo olhando para o teto, eu finalmente consegui dormir.
Quando acordei de manhã, escutei vozes vindo do andar de baixo. Pelo visto, o pessoal já tinha acordado.
Tomei uma ducha rápida e escovei os dentes. Coloquei uma calça jeans e uma camisa escrita "Buzine se sou gostoso". 😂 Era até engraçado, mas todas as camisas do Sebastian eram assim.
Quando desci, vi que a mesa estava preparada para o café da manhã. E sentados em volta dela estavam Ivan, Angie e Sebastian.
Bom dia, William! – Angie falou sorrindo.


Bom dia. – eu respondi e me sentei ao lado de Sebastian e Angie.
Eu me servi de um café e peguei um poptart. Eu comecei a tomar meu café em silêncio enquanto Angie e Sebastian conversavam sobre algum filme que eles haviam assistido ontem.
Ivan apenas me ignorou, o que eu agradeci imensamente. Eu não estava com saco para ficar aguentando ele.
Maite entrou na sala e se sentou sem cumprimentar ninguém. Ela colocou uma xícara de café e tomou quase tudo em um único gole.
Dormiu mal? – Angie perguntou gentilmente.
Não dormi. Passei o resto da madrugada analisando as imagens da câmera do Alessandro. – ela respondeu enquanto colocava mais café na xícara e pegava um donut.
Descobriu alguma coisa, May? – Ivan perguntou.
Consegui uma imagem de Koko. – ela disse dando uma mordida em um donut – Está destorcida, mas é o suficiente para fazer a identificação. Agora temos 100% de certeza que era Koko o sequestrador.
Excelente. – Sebastian falou sorrindo para mim – Estamos cada vez mais perto, William.
Eu fingi um sorriso. Ainda não queria ter esperanças demais. Eu precisava encontrar meus pais.
Nesse momento, Poncho chegou em casa.
Cadê a Ana? – Ivan perguntou antes que ele pudesse abrir a boca.
Ela preferiu ficar com Vanessa. – Poncho respondeu.
O que? Por quê? – Ivan perguntou.
Vocês conseguiram alguma informação com ela? – Maite perguntou antes que Poncho respondesse.
Poncho coçou a cabeça e fez uma careta. Caralho... eu sabia que lá vinha merda.
Conseguiram ou não? – ela insistiu.
Conseguimos. – ele falou hesitante – Mas não de um jeito muito tradicional. Quer dizer, não do jeito que você faria, General. Sabe como é... mas conseguir, nós conseguimos. Quer dizer, ela vai nos contar tudo o que queremos saber. Parece que ela não gosta muito do Koko não. Pelo que ela contou, ele é meio fixado nela. Do tipo maníaco. O que até seria bom, mas ele bate nela. E ela meio que não gosta de apanhar. Eu também não gosto de apanhar...
Dá para contar logo o que aconteceu ou você vai ficar enrolando, caralho? – Ivan perguntou sem paciência.

Military SeductionWhere stories live. Discover now