Capítulo 25

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Então, ela desamarrou Elizabeth da cadeira e a levantou da cadeira pelo braço sem o menor cuidado, apontando a arma para a cabeça dela.
Você atira em Angie e eu acabo com a vida da sua noivinha e com a sua, Levy. - Maite falou.
Eu a olhei assustado. Então, ela já sabia de tudo?
O que foi? Surpreso, Levy? Você realmente achou que eu nunca descobriria seu segredinho? – ela perguntou sarcasticamente ainda apontando a arma para Elizabeth– Se quisesse manter o seu segredo guardado, você deveria ter sido mais discreto, evitando, por exemplo, se encontrar com Don em pleno Central Park. Nem parece que vocês são mafiosos profissionais... estão parecendo mais amadores...
Elizabeth se remexeu, provalvemente tentando se livrar... o que era uma burrice. Maite, então, a segurou com mais força pelo braço.
Fica quieta antes que eu perca o resto da minha paciência e te mate antes da hora. – ela falou entre dentes para Elizabeth.
Maite... me deixa explicar... eu não sou... quer dizer, eu estou aqui... bem... não é o que parece... – nervosamente, eu estava tentando me explicar, mas não estava tendo muito sucesso... merda de hora para gaguejar!
Não é o que parece? – ela me perguntou – Então me diga se eu estou errada. Você é filho do Don Anthony William Lombardi e Victoria. Noivo desse projeto de barbie. E membro da Cosa Nostra.
Eu fiquei em silêncio, afinal, eu não tinha como negar aquelas informações. Eu ainda não estava acreditando que ela sabia de tudo... mas ela sabia.
A pergunta que me vinha a cabeça era: desde quando ela sabia?
Estou errada? – ela perguntou.
Não. Você está certa. – eu a respondi – Mas me escute, por favor, Maite. Eu...
Você nunca vai sair daqui com vida, Levy. – Maite me interrompeu – Desista antes que seja tarde demais.
Eu não posso. – eu falei desesperado, olhando nos fundos dos olhos dela.
Merda! Ela tinha que entender que eu não me preocupava com a minha vida... e sim com a dela! Mas pelo seu olhar mortal para mim, eu sabia que ia ser difícil fazê-la entender.

Maite... por favor... acredite em mim, você está em perigo. – eu finalmente completei. Ela deu uma risada irônica.
Em perigo? – ela perguntou sarcasticamente – Só porque você tem uma arma apontada para mim? Eu acho que não, Levy.
Então, tudo aconteceu muito rápido.
De rabo de olho, vi Ivan levantar a arma em minha direção com o braço direito. Rapidamente, tirei a arma da cabeça de Angie e dei um tiro nele.
O tiro pegou o ombro direito, fazendo a arma cair longe dele. Ele se desequilibrou e caiu no chão.
Escutei o grito desesperado de Angie e a segurei mais firme com minha mão.
Com Ivan caído no chão, eu mirei em sua perna e dei outro tiro. Eu não queria matá-lo... claro que não! Apenas deixá-lo incapacitado naquele momento... para ele não ser um perigo para mim.
Ele estava sangrando muito e eu sabia que em poucos minutos ele estaria praticamente inconsciente.
Antes que Maite desse um passo na minha direção, eu voltei a mirar a arma na cabeça de Angie.
Eu sabia que o fato de eu estar segurando Angie a impediu de me matar enquanto eu atirava em Ivan.
Nesse tempo em que nós dois convivemos, eu aprendi que quando se tratava de Ivan e Angie, Maite não tinha a mesma confiança nem a mesma coragem de sempre. Eles eram o ponto fraco dela.
Parada Maite. – eu falei pressionando mais a arma contra a cabeça de Angie.
Ela parou imediatamente, não chegando nem a dar meio passo. Olhando para ela sem sequer piscar, eu andei com Angie até a arma de Ivan e a chutei para o outro lado da sala.
Eu olhei rapidamente para Ivan. Ele gemia fracamente e dava para ver que ele tentava não transparecer toda a dor que estava sentindo... mas dois tiros, são dois tiros... sendo você um 'boina verde' ou não.
Ele já tinha os olhos fechado e já estava perdendo os sentidos. Naquele momento, ele era carta fora do baralho.
Eu voltei minha atenção para Maite. Agora, éramos somente nós dois. E esse era o momento de fazê-la entender o que estava acontecendo.
Eu não sou o perigo aqui... Don é. Ele te quer morta a qualquer custo. – eu tentei explicar para ela.

Eu queria que ela visse nos meus olhos que eu estava falando a verdade... mas ela me encarava impassivelmente. E eu sabia que ela não estava acreditando em mim.
Porra Maite! Preste atenção no que eu estou te dizendo. – eu falei sem paciência – Ele vai colocar um preço na sua cabeça. Um valor alto... capaz de corromper até os mais honestos.
William! – Elizabeth me repreendeu – O que você está fazendo?
Cala boca, loira aguada! - Maite falou para ela dando uma coronhada em sua cabeça.
O sangue escorreu pelo cabelo loiro de Elizabeth e ela caiu desmaiada nos braços de Maite, que a soltou fazendo com que ela caísse no chão.
Maite... por favor... acredite em mim! – eu pedi.
Não adianta gastar sua saliva comigo, Levy. Eu vou acabar com você. – ela ameaçou com raiva, dando um passo na minha direção.
Nesse momento, ela olhou para Angelique, que jogou a cabeça para trás com força, me dando uma cabeçada no nariz.
Completamente tonto com a cabeçada, eu soltei Angie e a arma e dei dois passos para trás.
Cuide de Elizabeth, Angie. – Maite ordenou sem desviar o ollhar de mim.
Ela se aproximou de mim, apontando a arma na minha direção. Sem ter nada para perder, eu decidi arrisar. Era tudo ou nada.
Sem que ela esperasse, eu a ataquei rapidamente, dando um chute em sua mão, fazendo com que a arma caísse em algum lugar no chão da sala.
Eu acho que nessa altura do campeonato você já tinha aprendido que mesmo sem uma arma, eu posso acabar com você. – ela falou me encarando.
Ela se aproximou de mim rapidamente e me deu um soco no rosto e eu revidei, lhe dando um soco no estômago. Eu sentia o sangue escorrendo do meu nariz.
Porra... eu já tinha me esquecido como doía para caralho.Sem perder tempo, ela me deu outro soco no rosto. Eu tentei me desviar, mas ainda assim ela me acertou novamente.
Ela me deu mais um soco no rosto, mas eu consegui a empurrar para longe de mim com força. Ela deu alguns passos para trás e eu avancei nela.
Fui dar um soco no seu rosto, mas ela desviou e me deu uma cotovelada do peito.

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