Capítulo 14

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William Levy, Poncho Herrera, Royce King II, sejam bem vindos ao grupo alfa das Forças Especiais dos Estados Unidos.
Eu estava estático. Completamente surpreso e sem reação. O treinamento tinha acabado? Eu tinha conseguido virar um 'boina verde'? Eu só conseguia pensar: puta que pariu! Eu tinha conseguido! Eu tinha conseguido!
Eu olhei para a Perroni. Ela me olhava séria como sempre, mas parecia que seus olhos sorriam para mim. Eu sorri e pisquei para ela e ela, claro, revirou os olhos.
Ainda sorrindo, eu olhei para Poncho , do meu lado, que me olhava com um misto de surpresa e alegria.
Caralho... eu nem acreditava!
A cortina que dividia o refeitório desceu e eu vi meu pai e minha mãe. Eles estavam sentados ao lado da mãe de Poncho . A minha mãe chorava aos montes e segurava um lenço de pano enquanto meu pai era só sorrisos.
Eu via o orgulho estampado nos olhos dos meus pais. Eu sorri para eles.
A sensação de ter me tornado um 'boina verde' era do caralho. Não havia nem forma de descrever a sensação. Eu estava extasiado.
Olhei para Poncho e ele acenava como uma criança para a mãe dele.
Para com isso! – eu falei baixo com ele – Você acabou de virar um 'boina verde', porra! Para de agir como uma criança.
É... eu acho que você tem razão. – ele falou e parou de acenar.
Nós olhamos para frente, onde estavam os 'boinas verdes'. Eles nos olhavam. Eles mantinham a postura de "eu sou melhor que você e fodas", mas pareciam estar felizes.
A General Perroni mandou levantarmos o braço direito para fazermos o juramento.
Incorporando-me ao grupo alfa das Forças Especiais do exército dos Estados Unidos, prometo cumprir minhas tarefas com total dedicação e competência. – ela falou e nós repetimos – Respeitar a hierarquia. Tratar com lealdade os irmãos de armas. E dedicar-me sem reservas ao serviço da pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida.
Nós repetimos todo o juramento.

Ao passar pelo treinamento e serem aceitos nas Forças Especiais, os senhores foram automaticamente promovidos na hierarquia do exército. – a Perroni continuou o discurso e me chamou – William Levy.
Eu fui até ela e parei na sua frente, com as mãos para trás e as pernas um pouco separadas.
O senhor foi promovido à Capitão do exército dos Estados Unidos da América. – ela disse e me perguntou - O senhor promete realizar com honra e honestidade as funções e responsabilidades advindas do cargo de capitão?
Sim, senhora. - eu respondi.
E ela colocou o pingente referente ao cargo de capitão no meu terno. - Obrigado, General. – eu disse.
Parabéns, novato. – ela falou – E aproveite... porque será a última vez que eu te chamo assim.
Eu sorri.
Ainda bem... eu não agüentava mais ser chamado de novato. – eu falei fazendo uma careta.
Ela deu um meio sorriso, mas logo voltou a ficar séria. Ela colocou uma boina verde na minha cabeça.
Seja bem vindo às Forças Especiais, Capitão Levy. – ela falou e bateu continência para mim, em sinal de respeito.
Obrigado, General Perroni. – eu respondi, batendo continência para ela.
Eu voltei para o meu lugar e ela chamou Poncho e depois Royce, dando uma boina verde para os dois também. Poncho fora promovido para Primeiro Tenente e Royce para Major.
E dou por encerrada a sessão solene. – a Perroni falou – E 'boinas verdes', descansem esse fim de semana e nos vemos na segunda feira, às 7 horas da manhã.
Depois de terminado o discurso, nós tivemos uma pequena comemoração no refeitório mesmo. Os 'boinas verdes' vieram me cumprimentar e parabenizar por ter entrado no grupo.
Angie me abraçou.
Parabéns William! – ela disse sorrindo – Eu tinha certeza que você conseguiria.
Obrigado Angie. – eu agradeci – Principalmente pelos remédios para dor.
Ela riu.
É nosso segredo sórdido, Capitão. – ela falou brincando.
O Coronel Sanchez se aproximou também.
Parabéns, Levy. – ele disse apertando a minha mão – Ótimo treinamento. Ótimos resultados.

Eu agradeci e fiquei conversando um pouco com os dois. O Coronel Sanchez não era um cara ruim. Eu até gostava dele... agora que eu sabia que ele não tinha nada com a Perroni .
Eu corri o olhar pelo salão e vi que a minha mãe conversava com a General Perroni . Puta merda... isso não ia dar certo. Fui em direção às duas e, no caminho, peguei um copo de coca-cola.
Eu me aproximei e percebi que a minha mãe estava rindo.
Filho, nós estávamos falando de você. – minha mãe falou e me abraçou forte – Parabéns querido! Eu e seu pai estamos tão orgulhosos de você. Meu filho! Ah que orgulho!
Eu abracei a minha mãe e por cima do seu ombro, eu olhei para a Perroni com a sobrancelha arqueada. Como assim ela estava conversando com a minha mãe sobre mim? Mas ela apenas deu os ombros.
Me dêem licença... – ela pediu ao ver o momento "emoção da mãe" da minha querida Dona Beatriz .
Adorei essa moça. – minha mãe comentou ainda abraçada a mim.
Ela é a general, mãe... e não uma moça. – eu falei saindo do seu abraço.
Eu gostei dela de qualquer jeito.... general ou não... – minha mãe falou – Ela é um pouco seca, mas é uma boa menina.
Um pouco seca? Fala sério. A mulher era um deserto... quando queria. Eu tomei um gole de coca- cola.
Eu percebi seus olhares para ela, meu filho. – minha mãe falou como se quem não quisesse nada. Eu engasguei com a coca e comecei a tossir.
Está ficando louca, mãe? – eu perguntei ainda tossindo – Não tem sentido nenhum o que você está falando.
Você não me engana William . Eu te conheço muito bem. E nunca vi você olhar assim para nenhuma mulher. – ela falou.
Mãe, por favor...
Para meu alívio, meu pai chegou, me interrompendo.
Parabéns meu filho! – ele disse me abraçando – Estamos muito orgulhosos de você.
Obrigado pai. – eu agradeci o abraçando.
Logo, a mãe do Poncho se aproximou e começou a conversar com a minha mãe e meu pai. Os três começaram com o papo chato de pais orgulhosos dos seus filhos.
Eu vi que a Perroni estava saindo do refeitório. Eu pedi licença para todos e também saí do refeitório, a seguindo.

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