Capítulo 21

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Maite, Angie e Ana estavam jogando bilhar do outro lado do bar enquanto eu, Sebastian e Ivan conversávamos na mesa e bebíamos cerveja e, de vez em quando, tequila.
Angie e Ana já estavam bêbadas e falavam alto e riam aos montes. Maite assistia a tudo divertida, mas sóbria, pelo menos.
Sebastian me contava sobre quando ele começou a namorar Angie. Sim. Angie e Sebastian eram namorados. Pelo visto, Maite era a única solteira do grupo.
Então, Ivan e May me carregaram para a sala de interrogação e me fizeram passar pelo detector de mentira. – Sebastian contou.
Nós precisávamos saber quais eram as suas intenções com a minha irmã. – Ivan se defendeu rindo – Mas May acabou se empolgando...
William, você tem noção o quanto a Mayzinha pode ser assustadora? – Sebastian me perguntou. Eu assenti. Com certeza eu sabia o quanto ela poderia ser assustadora.
Eu olhei para Maite, do outro lado do bar. Ela estava encostada na parede, segurando o taco, mordendo o lábio inferior e olhando atentamente para a jogada que Ana fazia.
Olhando assim nem parecia que aquela mulher podia ser o capeta em carne e osso.
Ela estava tão concentrada no jogo que nem via que os carinhas da mesa ao lado estavam praticamente babando nela.
Então, ela se aproximou da mesa e se inclinou para dar uma tacada... eu praticamente gemi ao ver sua bunda deliciosa naquela calça jeans apertada... empinada na minha direção... praticamente me chamando.
Minha vontade era de ir até lá e meter bem fundo nela naquela posição... sentir sua feminilidade molhada e quente me engolindo por inteiro.
Imediatamtente, meu membro deu sinal de vida... merda... era só o que me faltava: ficar de membro duro no meio de um bar, igual a um adolescente virgem com os hormônios em ebulição.
Respirei fundo tentando me controlar.
Fecha a boca, William. – Sebastian falou brincando me tirando dos meus pensamentos – Ou pelo menos limpa a baba.
Só então eu percebi que estava de boca aberta. Rapidamente eu a fechei. Eu olhei para Sebastian e Ivan, que estavam rindo de mim.😂

Já está de quatro pela May, hein, William? – Sebastian falou me dando tapinhas nas costas.
Claro que não. – eu resmunguei – Eu nem sei do que vocês estão falando.
Sebastian e Ivan começaram a rir alto.
May também não assume. – Ivan falou tomando um gole de cerveja – Mas até um cego é capaz de ver que está rolando alguma coisa entre vocês dois.
Eu não sei por que vocês não largam de bobeira e assumem logo... – Sebastian disse.
Eu resmunguei alguma coisa incompreensível e, felizmente, eles pararam de me encher o saco.
Assumir... assumir o que, caralho? Era tudo tão confuso.... afinal, o que eu tinha com a Perroni? Com certeza ela era diferente das mulheres que eu tinha o costume de levar para cama... mas o que ela era para mim exatamente?
Eu olhei novamente para as meninas na mesa de bilhar... mas que merda era aquela??? Os carinhas da mesa ao lado haviam se aproximado delas.
Meu sangue ferveu na hora.
Sebastian e Ivan também perceberam aquela aproximação inconveniente e se levantaram imediatamente. E eu, claro, os acompanhei.
Em poucos passos, nós três já estávamos perto da mesa de bilhar. Eu fui direto na direção da Maite, que estava conversando com um garoto loiro.
Essstá soziiiinha aquiiiii, gaaaatinha? – o idiota, que estava completamente bêbado perguntou para Maite.
Ela abriu a boca para responder, mas eu fui mais rápido.
Não! Ela não está. – eu falei antes mesmo que ela falasse alguma coisa – E dê o fora daqui agora antes que eu quebre a sua cara.
Eu a puxei pela cintura, a segurando possessivamente. Ela se remexeu incomodada, mas eu a apertei ainda mais.
Me solta, Levy. – ela rosnou e se desvencilhou de mim, me empurrando para longe dela – Eu acho que posso responder por mim mesma. – ela estava nervosa, me fuzilando com o olhar.
Iiiiiiiiiisso mesmo. – o idiota falou embolado – A gatinha po-pode responderrrr por ela mesma.
Cala boca seu idiota! – eu falei rispidamente para o babaca e olhei para ela de novo – Qual é o problema? Você tinha que me agradecer por te ajudar...
Ela bufou, cada vez mais irritada... assim como eu.

Ajudar? Por acaso parecia que eu estava precisando de ajuda? – ela me perguntou colocando as mãos na cintura.
Você acha que eu ia simplesmente deixar esse projeto de homem dar em cima de você sem fazer nada? – eu perguntei indignado.
Deixar? Você não tem que deixar merda nenhuma Levy! – ela perguntou – Quem você pensa que é?  É... quem você pensa que você é? – o retardado repetiu a pergunta da Perroni.
Cala boca seu idiota! – ela esbravejou e deu um olhar rápido, mas mortal para o bêbado.
Instintivamente, ele deu um passo para trás.
Além de tudo, o cara ainda era medroso... fala sério! Isso só me fez ficar com mais raiva... o cara não era nem homem o suficiente para ela...
Pelo visto, eu não sou ninguém. Então faz o seguinte... aproveita bastante a sua noite com esse imbecil, Maite. - eu falei sarcasticamente
Eu me virei e fui o mais rápido possível até o balcão do bar antes que eu acabasse de perder a paciência com a Perroni.
Eu me sentei em um bancão e pedi uma cerveja para o John.
Que Maite fosse para os quintos dos infernos... onde era o seu lugar de origem!!! Mulher insuportável!!! Quer ficar com um bêbado idiota?? Que fique então!!!!
O garçom me entregou a cerveja e eu dei um gole grande numa tentativa de relaxar. Eu senti o liquido gelado descer pela minha garganta... mas nem isso foi capaz de me acalmar.
Inferno!!! Era impressionante a capacidade que a Perroni tinha de me tirar do sério... como alguém podia ser tão irritante quanto ela? Custava aceitar a minha ajuda?
Uma morena, então, se aproximou de mim.
O lugar está ocupado? – ela perguntou mordendo o lábio.
Eu neguei com a cabeça sem a olhar direito e ela se sentou ao meu lado.
Mas quem ela pensa que é? Maldita Perroni! Duvido que aquele idiota seja homem o bastante para ela... mas ela que fosse à merda... junto com aquele bêbado imbecil!!!
É isso que dá... fui lá para ajudar e acabei levando um coice daquela égua!😂
Eu escutei alguém falando alguma coisa para mim. Olhei para o lado e percebi que era a morena. Eu a olhei confuso.
O que? – eu perguntei sem entender o que ela havia dito.

Military SeductionWhere stories live. Discover now