Capítulo 18

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Então, fui para a casa dormir... mas de uma coisa eu tinha certeza: o Assassino da Cruz estava de volta e com força total.
No outro dia, eu acordei atrasado. Bem... na verdade, à noite, ao invés de dormir, eu fiquei rolando na cama pensando, claro, na maldita da Perroni.
A desgraçada conseguia me fazer perder totalmente o controle. Eu matei aquele imbecil do policial daquela forma descuidada somente por raiva. Raiva dela... e raiva de mim.
Quando eu consegui dormir, o sol já estava nascendo.
Na manhã seguinte, eu não acordei com o despertador. Apenas despertei o suficiente para jogá-lo brutalmente contra a parede quando ele começou a apitar irritantemente e quase instantaneamente voltei a dormir.
O que me acordou de verdade foi o celular descartável que eu tinha recebido pelo Don e que eu quase quebrei em um acesso de raiva uns dias atrás.
Eu o peguei no meu criado mudo e atendi ainda sonolento, sem nem me dar ao trabalho de abrir os olhos.
Alô. – eu falei com a voz rouca de quem acabou de ser acordado.
Porra William m! Que loucura foi essa com o idiota do Peter Benson? – a voz dou Don soou como uma trovoada.
Quem é Peter Benson? – eu perguntei desorientado.
Eu me sentei na cama e abri os olhos.
O filho da puta do policial que você deveria matar. – ele esbravejou.
Ele não morreu? – eu perguntei.
E alguém sobrevive a um tiro à queima roupa na nuca, caralho? – ele devolveu a pergunta.
Então, por que estamos tendo essa conversa? – eu perguntei irritado sem ver o sentido da ligação.
Seu irresponsável de uma figa! O que deu em você em você para se arriscar desse jeito? – Don me perguntou indignado.
Foi o bastante para eu perder o resto de paciência que me restava e meu sangue ferveu.
Ora, Don, você o queria morto e ele está! – eu falei exaltado me levantando da cama – Agora não enche o raio do meu saco, caralho!
Não fale comigo desse jeito, seu moleque irresponsável! – Don falou puto.
Irresponsável eu? Pelo menos não deixei filho meu ser espancado por anos a fio. – eu retruquei imediatamente.

Um silêncio pesado se fez entre nós dois. Só o barulho das nossas respirações exaltadas era escutado.
Eu sou pago para fazer o serviço, Don. – eu disse – E eu o faço muito bem feito. Eu não preciso dos seus sermões de como agir ou como matar, principalmente agora... depois de tanto tempo sendo o Assassino da Cruz.
Foi arriscado demais William. – ele falou claramente tentando se controlar – Você não tem noção do perigo que você correu? Por acaso, você está querendo ser pego?
Claro que eu tenho noção do perigo, mas eu tive a oportunidade de matá-lo e a aproveitei. – eu o respondi e olhei para o relógio – Agora eu tenho que ir. Eu tinha que estar na base das Forças Especiais cinco minutos atrás.
Eu nem esperei Don falar mais nada e desliguei a porra do celular, o jogando novamente na gaveta do criado mudo.
Eu troquei de roupa rapidamente e fui para a cozinha, onde Poncho estava me esperando já impaciente, andando de um lado para o outro.
Vamos logo William. – ele falou irritado – Ou nós vamos chegar atrasados.
Nós já estamos atrasados. – eu respondi e ele revirou os olhos.
Vamos rápido! – ele falou.
Eu assenti e nós vamos para a base. Eu avancei não sei quantos sinais para chegar o mais rápido possível. Não que eu importasse em chegar atrasado, mas ninguém merecia o Poncho reclamando igual uma mulherzinha do meu lado.
Chegando lá, fomos diretamente para a cozinha, onde a Major Savinon, a Major Contreras e Royce estavam conversando e tomando café da manhã.
Eu e Poncho cumprimentamos todo mundo e nos sentamos para tomar um rápido café da manhã. Eu estava morto de fome, então, eu coloquei café em uma xícara e peguei um croissant de queijo.
Poncho conversava qualquer assunto chato com Royce e a Major Savinon e a Major Contreras conversavam sobre moda, eu acho.
Para variar, eu fiquei sozinho no meu canto, tomando meu café da manhã em paz.
Minutos depois, a Perroni chegou. Todos deram bom dia e ela se limitou a assentir com a cabeça.
Eu acompanhei atentamente todos os seus passos, mas ela apenas pegou uma xícara, colocou café e saiu da cozinha, sem sequer olhar para mim.

Military SeductionWhere stories live. Discover now