Capítulo 7

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Todos tiraram as máscaras. Era a Perroni. Filha de uma puta! Eu também vi Rulli, o Sanchez e a Savinon.
Sejam bem vindos ao treinamento das Forças Especiais. – ela disse com um sorriso sacana no rosto.
As luzes da sala se acenderam por completo, facilitando a minha visão. Agora eu podia ver com mais clareza: eram três homens, entre os quais eu reconheci o Coronel Sanchez e o Rulli, e três mulheres: a Perroni, a Major Savinon e a morena baixinha que havia me seqüestrado.
As mulheres tinham o cabelo preso em um rabo de cavalo. Só então pude ver que na camisa preta de todos, havia o símbolo dos 'boinas verdes', que era uma espada com duas flechas e a frase "De Opresso Líber".
Equipe alfa, em posição. – a Perroni comandou com um tom de voz alto, para mostrar que era ela quem mandava.
Todos ficaram de frente para a Perroni e adotaram uma postura rígida: as pernas um pouco separadas, o peito estufado e a cabeça erguida com orgulho.
Puta que pariu! Os filhos da puta eram bons mesmo. Todos tinham um ar de superioridade. Eles olhavam para frente, quase sem piscar.
Preparar, boinas verdes! – ela gritou para eles.
E sem deixar as armas de lado, eles na mesma hora, em total sincronia, tiraram do bolso traseiro uma boina verde e a colocaram em suas cabeças, demonstrando que eram os membros das Forças Especiais.
Era perceptível o orgulho que todos eles sentiam em ser 'boinas verdes'.
Apontar! – a maldita da Perroni gritou mais uma vez.
Cada um segurou a metralhadora que estava em mãos em posição de ataque, apontado para nós.
Poncho engoliu seco e se remexeu ao meu lado. Os outros que estavam amarrados também pareciam assustados. Todos tinham os olhos arregalados e se remexiam inquietos, como se isso fosse salvá- los.
Eu revirei os olhos. Claro que os 'boinas verdes' não fariam nada. Afinal, estávamos em uma merda de um treinamento. Não dava para sair matando qualquer um assim não.
Descansar armas! – a Perroni comandou.
Eles colocaram as armas em posição de descanso, que era segurá-la de lado próxima ao peito, com uma mão no cano e a outra mão na base.

Descansar armas! – a Perroni comandou.
Eles colocaram as armas em posição de descanso, que era segurá-la de lado próxima ao peito, com uma mão no cano e a outra mão na base.
Descansar, boinas verdes. – a Perroni ordenou.
Os 'boinas verdes' colocaram as armas para trás, ficando dependuradas em suas costas pela bandoleira
Sanchez, Rulli desamarrem os novatos. – a Perroni ordenou.
Eles assentiram e começaram a nos desamarrar. Eu ouvia todos suspirando aliviados ao serem desamarrados. Eu os entendia. A sensação de estar preso era horrível, mas o pior para mim, era se encontrar em uma situação de fragilidade, dependendo de outra pessoa.
Rulli me desamarrou e eu massageei meus pulsos, que estavam doloridos e marcados pela corda.
Eu me levantei, assim como todos os outros. Caralho! Eu estava todo dolorido. Eu me espreguicei tentando aliviar um pouco a tensão do meu corpo. Todos os músculos do meu corpo doíam.
Depois de desamarrar todos, Rulli e o Sanchez voltaram para a posição que estavam. Depois de um minuto de silêncio, a Perroni voltou a falar:
Vamos às apresentações, senhores. Esses são Coronel Ivan Sanchez, Coronel Sebastian Rulli, Major Ana Brenda Contreras, Major Dulce Maria Savinon e Tenente Daniel Arenas. E eu sou a General Maite Perroni.
Uau. Ela era general? Porra! Eu imaginei que ela tivesse sido promovida, mas nunca pensei que fosse ser "general", ainda mais das Forças Especiais.
Percebi que a mulher que havia me seqüestrado e me interrogado era a Major Contreras. Ela era baixinha e pequena, mas eu sabia quão potente era um soco daquela filha da puta. A dor no meu rosto não me deixava esquecer.
Nós formamos o grupo alfa da elite do exército americano. – a General Perroni continuou – Durante esses vinte dias os senhores serão treinados para serem membros das Forças Especiais, mas somente os que finalizarem o treinamento e passarem no teste serão 'boinas verdes'. Alguma pergunta, novatos? – ela perguntou sem paciência.
Foram vocês que nos seqüestraram? – só podia ser o idiota do Poncho que fez a pergunta mais óbvia.

Os 'boinas verdes' riram da idiotice de Poncho, apenas a Perroni se manteve séria.
Fomos. – ela respondeu totalmente impassível.
Por quê? – Tyler perguntou.
Eu não tenho que lhe dar justificativas sobre as minhas atitudes para a merda de um novato. – ela disse em um tom cortante.
O Coronel Sanchez deu um passo para frente e falou alguma coisa em seu ouvido e ela apenas assentiu.
Na verdade, o seqüestro foi um teste. – o Coronel Sanchez explicou – Havíamos pré-selecionado mais de 30 pessoas. Apenas os senhores passaram.
Precisava bater tanto? – Christopher perguntou e depois gemeu de dor ao se ajeitar. A General o olhou minuciosamente por alguns longos minutos.
Precisava. – ela respondeu simplesmente.
Sua voz era fria e sem qualquer emoção. Ela nem se preocupava se Christopher estava machucado. Quer dizer, ela não se importava com nenhum de nós.
Na verdade, queríamos testar a resistência de cada um. Para evitar que perdêssemos nosso tempo com os mais fracos. – o Coronel Sanchez esclareceu melhor.
Mas pelo visto, não adiantou de merda nenhuma, pois já estamos perdendo nosso tempo. – ela resmungou olhando com desprezo para Christopher.
Agora, os senhores poderão ir para a enfermaria com o Rulli e depois que a enfermeira os liberar, se dirijam ao refeitório. – a Major Savinon falou provavelmente para evitar mais perguntas.
Todos assentiram. O Coronel Rulli nos guiou até a enfermaria, que ficava no final do corredor da casa que estávamos. Somente um novato foi direto para o refeitório. Ele não estava muito machucado. Parecia que nem tinha apanhado tanto quando nós.
A enfermaria era um quarto totalmente branco, com três macas e um armário cheio de remédios. Também tinha uma mesinha e uma cadeira, onde estava sentada uma enfermeira loira e muito gostosa.
Essa é Tenente Angelique Boyer Sanchez, nossa enfermeira. – ele a apresentou e ela se levantou, ficando do lado dele – Sentem-se nas macas, que ela irá atender a cada um.
O treinamento nem começou e você já está me dando trabalho, Rulli. – ela falou em tom de brincadeira para o Coronel.

Military SeductionWhere stories live. Discover now