Os Dons de Lithia: Entre o Amor e a Guerra

Capítulo 11 - Segui firme

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Eu gritei e corri para acudir Ethan. Seu sangue sujava o chão e banhou a espada do assassino. Com raiva, pus-me de pé e peguei minha espada. Tentei golpear o pescoço do homem mas ele reagiu e nossas espadas se chocaram. Os outros guardas me ajudaram e, mesmo tentando se defender, o homem não conseguiu derrubar nós quatro. Ele caiu com duas espadas atravessadas no peito. E Ethan agonizava no chão, vendo e cuspindo o próprio sangue.

—Ethan!

Ele piscava leve e parecia que sua vida esvaía mais a cada segundo. Rezei, implorei aos céus que tudo ficasse bem. Ele não merecia morrer. Não desse jeito. Até que uma luz emanou da região do ferimento. Ethan começou a gemer ainda mais de dor e sua ferida começou a fechar. Poucos segundos depois, enquanto o corte sumia, Marlon apareceu ao meu lado. Eu estava assustada, nunca imaginara que algo assim fosse possível. Sem deixar nenhuma cicatriz, o ferimento foi fechado e Ethan parou de cuspir sangue.

—O que aconteceu? —Perguntei, buscando algum arranhão no peito dele. Sem sucesso.

—Ethan não pode morrer até que a Guerra acabe —Marlon explicou.

Ethan passou a mão pelo próprio peito, surpreso.

—Que legal! —Sorriu.

—Você pode ser ferido e permanecer assim por algum tempo, mas se o ferimento pôr sua vida em risco, ele será curado —O mensageiro explicou. —Agora vá descansar já que isso também exige muita energia.

Ainda confusa e surpresa, ajudei Ethan a ficar de pé e o acompanhei até dentro do quarto.

—Vá dormir, Dagenhart —Ethan falou assim que falei uma lista de estratégias para evitar tal acontecimento.

—Não posso te deixar depois do que aconteceu.

—Pode, sim. Tem uns mil caras aqui para me proteger. Além disso, sou fortão e imortal.

Revirei os olhos, mas acabei cedendo. Pedi para os meninos reforçarem a segurança e, contra a minha vontade, fui descansar.

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No dia seguinte, assim que acordei, corri para o castelo. A noite foi longa. Mal consegui dormir, só pensava se Pietro estava bem e o que eu iria dizer a ele, se eu o amava, além disso, estava preocupada com Ethan. Assim que cruzava o corredor, acabei passando por Pietro. Ele parou diante de mim e cravou os olhos no meu de uma forma que eu pude sentir tudo o que ele sentia: confusão, paixão, dor. Engoli em seco.

—Podemos conversar?

—Eu passo no seu quarto daqui a pouco, pode ser? —Perguntei.

—Pode. Só... não demore, ok?

—Ok.

Segui até o quarto de Ethan, ainda atordoada, sem saber o que pensar ou fazer.

—Bom dia —Ele desejou assim que eu fechei a porta atrás de mim.

Estava colocando o nosso traje, se preparando para o treino.

—Bom... dia. Como você está?

—Está tudo okay aqui. E com você? —Olhou para mim tentando decifrar o que eu estava sentindo.

—Estou... legal.

Eu sabia que ele não acreditava mas não perguntou mais nada sobre.

—Estou pronto para o treino. Vamos?

Apenas anuí e o vi pegar a espada e me seguir até o centro de treinamentos. Não falamos direito durante o treino já que eu estava com a cabeça em outro lugar. Fomos bem, Ethan fez um progresso gigantesco desde as últimas aulas.