Capítulo 25 - Eu já passei pelo inferno

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.•**•..•**•..•**•..•*KAYA*•..•**•..•**•..•**•.

Depois de correr como condenada pelo matagal rumo ao oeste com mais três sobreviventes - guardas, já que os feridos não resistiram -, finalmente chegamos ao castelo.

Foi horrível lá dentro. Assim que abri a primeira porta para salvar um dos três, dois renithianos vieram atrás de mim. Foi fácil derrubá-los. Vai ver os anjos realmente estavam do meu lado. Encontrei os outros machucados, sem alguns dedos, com vários cortes e um deles até estava sem um braço. Tivemos que ficar revezando no caminho para carregá-lo, já que tinha perdido muito sangue. Agradeço por nenhum ter perguntado como eu saí de lá porque eu não pensei em nenhuma resposta plausível.

Quando cheguei no castelo, tive outra surpresa. Tudo estava uma bagunça. O rei não estava então justificava grande parte. Os sacos de comida estavam fora do lugar, a enfermaria, lotada, e todos treinavam de uma forma mais intensiva. Todos estavam concentrados demais para perceber que nós, os sumidos, os sequestrados, os esquecidos, aqueles que ninguém se preocupou em procurar, voltaram. Assim que enviei o pessoal para a enfermaria, procurei a única pessoal confiável que estava ali: Ethan. Enquanto fazia isso, assim que adentrei o Salão, fui parada por Marlon.

—Kaya?! —Segurou meus ombros, como se fosse difícil acreditar que eu estava ali. Realmente deveria ser.

—Ela mesma.

Marlon me puxou para o lado direito da escada, rumo à torre leste.

—O que houve? —Perguntei, enquanto tropeçava nos degraus de pedra, subindo às pressas.

Ele só respondeu quando me empurrou para dentro do seu "covil" e nos trancou lá dentro. Ainda fedia a mofo e coisa velha.

—Ainda bem que você... vocês estão bem! —Gesticulou. —Você precisa ver Ethan e...

O tom de desespero do mensageiro me assustou. Se ele estava assim, algo não ia bem. Nada bem, na verdade.

—Devagar —Pedi. —Quem está no comando aqui?

—O chefe de segurança ou "comandante", como ele prefere ser chamado —Marlon revirou os olhos. —Cuidado com ele, Kaya. Ele é perigoso. O importante agora é cuidar também do herdeiro.

Espera. Herdeiro? Amaya está grávida?

—Herdeiro? —Franzi o cenho, a curiosidade me matando.

—V-Você não sabe? —Ele hesitou.

—Cheguei agora, esqueceu?

Ele suspirou e balançou a cabeça. Começou a andar de um lado a outro, parecendo procurar as palavras certas. Mas, então, como um golpe preciso, ele soltou:

—Seu bebê, Dagenhart. Você está grávida.

Tantas perguntas surgiram no milésimo de segundo seguinte.

Grávida? Tipo? Eu vou ser mãe?

Não, não é possível.

Na verdade, é sim.

Como ele sabia?

É verdade?

Se eu estou grávida, por que esse bebê é o herdeiro e não o futuro filho de Amaya?

Se assim for, Pietro é o pai... Vou manter esse bebê?

—Eu tive uma visão. Você está gestando o herdeiro. Mas eu não contei a ninguém...

Os Dons de Lithia: Entre o Amor e a Guerra Where stories live. Discover now