De mais ninguém

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Josh

Pago a corrida assim que o motorista do Uber me deixa em frente ao prédio da Sabina. Toco o interfone e aguardo alguns segundos. Ela logo libera minha subida. Entro no elevador, apreensivo por não saber o que esperar da Any. Sei que ela está chateada pelo que fiz hoje. Juro que não quero brigar, só quero que tudo fique bem outra vez, mas será que ela quer a mesma coisa?

Caminho pelo corredor quando o elevador se abre, revelando o sétimo andar. Respiro fundo antes de tocar a campainha.

- Oi, Sabina. - digo assim que a morena abre a porta. - Vim buscar a Any.

- Oi, Josh. Entra! - ela sorri e me dá espaço. - Ela está bem ali. - diz, apontando o sofá. Vejo uma Any serena, dormindo, encolhida.

- Quanto vocês beberam? - ergo uma sobrancelha.

- Quase uma garrafa. - admite, com uma expressão culpada, mas divertida. - Não me olhe assim, ela estava chateada demais para ficar sóbria. Eu só fiz companhia.

- Certo. - sorrio um pouco da forma como ela fala. Parece uma adolescente, sendo repreendida pelos pais. - Está tudo bem. Sei que tenho minha parcela de culpa.

- Ainda bem que você sabe. - Sabina dá de ombros e passa por mim. Ela segura a bolsa da Any. - Vamos, vou te ajudar a chegar até o carro.

- Não precisa me ajudar. Só preciso acordar ela...

- Se ela acordar, vocês vão começar a brigar. Acho que não queremos isso, certo? - ela pergunta. Balanço a cabeça, concordando. - Ótimo. Então você só precisa pegar a Any no colo. Eu abro o carro.

- Tudo bem. - suspiro.

Ergo minha namorada do sofá com cuidado para que ela não acorde. Com a bolsa em mãos, Sabina vai na frente. Ela abre o elevador e, quando chegamos a garagem, me ajuda a colocar Any no banco de trás do carro, a ajeitando da forma menos desconfortável possível.

- Obrigado por tudo, Saby. E me desculpe por incomodar você a essa hora.

- Ah, não foi nada, - ela sorri. - mas me agradeça não sendo um idiota com a minha amiga. Ela te ama muito.

- Eu também a amo. Pode deixar, não vou ser um idiota. - me despeço dela com um abraço.

O caminho pra casa é rápido devido ao pouco tráfego nas ruas. Já passa das onze. A essa hora, boa parte da cidade está na cama, lugar esse onde eu gostaria de estar nesse momento.

Finalmente estaciono na garagem do prédio. Me livro do cinto de segurança e me viro para o banco de trás, onde Any ainda dorme feito um anjo. Não quero acordá-la agora, mas dessa vez, não tenho alternativa. Seria muito difícil levá-la até o apartamento sem movimentos bruscos que, certamente, farão com que ela desperte.

- Any! - chamo com a voz suave. - Ei, amor, vamos lá. Você precisa ir pra cama. - acaricio seu rosto com delicadeza. Ela se mexe um pouco. Usando outra estratégia, cutuco a ponta do nariz dela. Assim, Any desperta, com uma expressão tão fofa que me faz sorrir.

 Assim, Any desperta, com uma expressão tão fofa que me faz sorrir

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Your Love Saved Me • BeauanyDonde viven las historias. Descúbrelo ahora