Capítulo 6 - Nova descoberta

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A estação king Cross estava cheia jovens bruxos ansiosos por um novo ano letivo que se iniciaria. Muitas corujas piavam em suas gaiolas enquanto os filhos se despediram de seus pais. Gina levou Tiago, Alvo e Lilian e ficou esperando junto com Rony até que todos eles embarcassem e o trem saisse. Mais cedo Rosa agradeceu a tia por ter convencido o tio Harry a não contar sobre o ocorrido para seus pais por enquanto, mas mesmo assim ela se sentia vigiada ao procurar Scorpius no meio dos estudantes barulhentos que lotavam a plataforma. Quando o primeiro apito tocou e a maioria deles entrou no trem ela ainda teve esperança de ver os cabelos loiros de Scorpius passando por ela, mas nada. Ele não estava ali. Isso só aumentou sua preocupação e ansiedade. Rosa tirou um pergaminho do bolso e escreveu um bilhete rápido, ela precisava falar com alguém e agora só tinha a tia Gina para confiar.

Tia, ele não está aqui! Estou preocupada. Por favor se descobrir algo me mande uma coruja. Obrigada por tudo. Com amor Rosa.

Rosa correu até seu pai lhe dando uma abraço enquanto entregava o papel escondido na mão da tia Gina.
Rony foi encontrar Harry no ministério enquanto Gina seguiu para a loja dos irmãos Weasley.
Ao chegar no ministério ele se encaminhou para a sala de sua esposa e encontrou com Harry que esperava ansiosamente Hermione terminar uma reunião.

- Me desculpem a demora, era algo sobre fragmentos de magia desconhecida em uma floresta ao norte. - disse Hermione de forma séria e profissional.

Harry se mexeu ansioso na cadeira e Hermione pigarreou antes de começar.

- A câmara da morte é muito antiga, a mais antiga do ministério. Muitos dizem que o véu da morte já existe há milhares de anos e o ministério da magia foi construído ao redor dele. Por muito tempo esses artefatos só eram estudados pelos inomináveis! Os inomináveis eram bruxos que não podiam se identificar e falar para ninguém sobre o que estudavam e o que faziam. Ninguém sabia quem eles eram. E isso funcionou por um tempo, até um dos inomináveis, Augusto Rockwood, trair seu juramento e passar informações para Voldemort. E foi assim que ele soube da profecia e de tantas outras coisas de dentro do ministério. Quando eu assumi o ministério esse cargo já estava quase extinto, o que me levou a nomear estudiosos para cuidar e catalogar esses artefatos antigos e quase desconhecidos. É muito antiquado como os bruxos mais velhos não se questionavam sobre muitas coisas que poderiam ser estudadas e esclarecidas. Se iniciou o estudo com o véu da morte então. Hermione bebe um gole de água e continua:
- Nos tivemos que fazer muitas pesquisar e trazer bruxos de várias áreas diferentes para conseguir começar a desvendar os segredos do véu.

- Mas quando poderemos realmente fazer alguma coisa? Quando poderemos atravessa-lo e encontrar Sirius? - perguntou Harry já impaciente.

- Harry, não podemos nos precipitar! Não podemos arriscar a vida de bruxos para testar a passagem! E por isso estamos procurando formas alternativas de acessar essa outra dimensão.

- Como assim formas alternativas? O que vocês descobriram até agora? - indagou Harry

-Descobrimos que o véu emite vozes e que só aqueles que já vivenciaram a morte de perto conseguiam ouvi- las mais nitidamente. Descobrimos também que sua origem pode ter ligação com o Stonehenge, que é um portal de ligação entre dimensões criado por Merlin há muitos anos. Mas esse portal infelizmente encontra-se desativado porque se tornou um local muito visado pelos trouxas. Também descobrimos que existe outra lenda antiga de passagem para o outro mundo, porém essa é uma das lendas que não temos muitas evidências, a lenda rio escuro.

Ao escutar esse nome Harry deu um pulo da cadeira.

- Rio escuro? Como é essa lenda?


- Basicamente fala de um rio de águas escuras que é habitado por ninfas das águas. Esse rio supostamente é uma passagem para um mundo sombrio. Fala- se também de uma criatura que guarda esse rio, como era mesmo o nome... Hermione disse pensando.

- Harpia! - respondeu Harry!

- Isso! Você já ouviu essa lenda Harry? - perguntou Hermione surpresa.

- Não só ouvi como a conheci! - respondeu Harry

- Como assim cara? Quando? - perguntou Rony boquiaberto

- No dia do jogo de quadribol eu vi uma criatura alada na floresta enquanto procurava o pomo. Eu a segui entrando fundo na floresta mas ela desapareceu e eu cheguei nas margens de um rio. - contou Harry

- Um rio? Perto da sua casa? Como nós nunca vimos? - questionou Rony

- Ao me debruçar no rio eu vi o rosto de Sirius na água. Eu fiquei hipnotizado pela imagem e só me libertei porque a Harpia Celeno me acordou do feitiço.

- Harry! Porque não nos contou? - perguntou Hermione alarmada.

- Bem, eu ia falar, quando Celeno me deixou ir eu voltei voando pela floresta imaginando que vocês já estariam me procurando. Eu já estava fora ha pelo menos uma hora. Mas quando cheguei lá o tempo não tinha passado e era como se eu tivesse acabado de sair. Foi muito estranho. Depois disso teve a confusão com Draco e vocês já sabem o resto.

- Curioso, então é algo que mexe com o espaço-tempo. Muito curioso... Precisamos estudar esse rio Harry. Você tem que nos levar até lá! - falou Hermione se levantando.

Rony e Harry se levantaram e seguiram Hermione até a saída.

Harry Potter e o véu da morte - FanficOnde as histórias ganham vida. Descobre agora