Capítulo 7 - Cásper

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Meus olhos estavam pesados, e minha cabeça doía, minhas memórias eram turvas em minha mente. Levanto lentamente e, vejo que estou no sofá da casa de Liam. Meu deus, devo ter dado trabalho para ele. Tento me lembrar das coisas que aconteceram, mas só consigo ouvir uma de anjo na minha cabeça. Recolho minhas coisas, indo na direção da cozinha, mas como não tinha ninguém, começo a subir as escadas.

- Liam, você está aí? - fico no corredor esperando uma resposta, até que ele finalmente, decidi responder.

- Fala cara – o mesmo sai do banheiro secando o rosto.

- Fala mais baixo, minha cabeça está explodindo - reclamo com ele.

- Ninguém manda beber igual um maluco. Se arruma logo, a gente vai encontrar com as garotas - ele diz, me empurrando para o banheiro.

- Que garotas? - digo molhando o rosto.

- Victória, e a amiga dela, que por pura coincidência, é a menina que você assustou com sua raiva ontem à noite, por isso segurei você - ele diz isso, e logo saio do banheiro

- Não lembro de nada, então não me meta nessas porcarias - digo, indo em direção a cozinha.

- Não é porcaria, Cásper - ele diz, empurrando meu corpo – Você faz as merdas e, depois não lida com consequências, então a gente vai sim, e você vai pedir desculpas.

Eu: Não vou sair com ninguém, está louco! - digo, pegando as torradas que estava em cima da mesa.

- Vai sim, para de ser chato Cásper. Ponto final - ele diz, pegando as chaves do carro. Não lembro do que aconteceu, muito menos o motivo por ter perdido a cabeça, mas do que isso importa.

Quando estávamos chegando no portão da faculdade, já havíamos avistado as duas garotas. Uma eu não conhecia, mas o pressentimento de já tê-la visto era muito grande. Descemos do carro, e fomos andando até elas.

- Oi, bom dia - Liam diz, todo alegra. Fala sério. Victória era fácil conhecer, Liam falava dela metade do tempo. Mas a outra, ela eu nunca tinha visto por aqui. Seus cabelos eram loiros igual o Sol, seus olhos não eram nem azuis, nem verde, e sim cinza. Algo belo e devasso ao mesmo tempo. Seus cabelos compridos eram algo delicado.

- Cara, eu a Vic vamos conversar, aproveita e fala com a Alasca - Liam avisa. Alasca? - Ala, qualquer coisa você grita. Beleza?

- Tudo bem, obrigada – ela diz, dando um sorriso – Mas não será preciso - ela diz, e dá uma risada logo em seguida. Voz calma, sem angustia ou algo parecido. Sotaque falso. Intercambista.

- Depois nos vemos, Ala, cuidado - Victória diz, olhando para mim. Os dois viram as costas e saem em direção a cafeteria

Alasca. Nome bonito, mas deve ter algum significado além de ser um nome de um lugar. A garota olha para mim como se quisesse que eu falasse alguma coisa, mas se depender de mim, ficaremos aqui até amanhã e não falaremos nada. Mas como sou uma pessoa boa.

- Vai ficar quieta? Se for fazer isso, saiba que não vejo problema - digo já sem paciência. Ela arregala os olhos e, fica com as bochechas vermelhas.

- Desculpa, você está bem? - que? Porque diabos ela está perguntando se estou bem? 

Be Free - seja o que você nunca foiWhere stories live. Discover now