Capítulo 58 - Alasca

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Quando abro meus olhos, a luz do sol me incomoda um pouco, olho para os lados e vejo Cásper dormindo serenamente. Ele é lindo. Levanto enrolada no lençol e pego meu celular, quando ligo ele, havia mais de duzentas ligações de Benjamin, de minha mãe e meu pai. Meu deus! Benjamin! Quando tudo começa a passar pela minha cabeça, uma culpa vem dentro de mim. Eu, trai ele... trai meu namorado. Meu deus!

Minha cabeça estava processando as coisas rápidas demais, e isso estava me sufocando. Sem pensar duas vezes, visto minhas roupas, calço meus tênis, e volto correndo para cada de Ben. Mas antes deixo um recado para Cásper em cima da gaveta.

"Estou indo terminar com Benjamin, quero ficar com você Cás. Com amor, Alasca"

Saio da casa e ligo para Benjamin, no primeiro toque ele atende.

Meu deus Alasca, você está louca! Onde estava?... Não grite comigo, só estou ligando para que me encontre em sua casa... Tudo bem, irei esperar aqui...

Pego um táxi em direção a casa de Benjamin, e logo em seguida vejo se tem alguma mensagem de Cásper, mas nada. Com certeza ainda estaria dormindo.

Depois de alguns minutos, chego a casa de Benjamin e agradeço ao taxista. Toco a campainha, e segundos depois Benjamin abre a mesma.

- Graças a deus Alasca - diz o mesmo me abraçando, mas não retribuo.

- Por favor Benjamin, me solte - digo retirando suas mãos de minha cintura.

- Porque, aconteceu algo? – eu estava me sentindo muito mal por ter traído ele... Mas não sabia como contar.

- Podemos entrar? – pergunto.

- Claro - o mesmo me dá um espaço para entrar e fecha a porta - Pode se sentar-me sento no sofá, e depois de alguns minutos digo:

- O que vou lhe dizer agora é meio antiético, mas... Eu só sinto muito.

- Diga Ala, o que aconteceu? - eu respiro fundo, e seguro as lágrimas de decepção que estavam me se prendendo.

- Eu dormi com ele... - ao dizer isso, abaixo minha cabeça. Benjamin se levanta lentamente do sofá.

- Porque fez isso? - ele diz olhando para mim.

Eu: Eu amo ele Ben, de um jeito que nunca iria conseguiria amar você...

- Eu não consigo olhar na sua cara, eu pensei que você diferente - Benjamin começou a andar em círculos, e passar a mão em sua têmpora em sinal de raiva.

- Eu sou, mas... - antes de eu conseguir terminar de falar, a campainha toca, e fico sem entender - Quem é?

- Seus pais - diz Benjamin indo até a porta.

- Que! Você chamou meus pais para que?

- Estávamos preocupados, mas pelo visto você estava bem acompanhada - ao abrir a porta me deparo com meus pais com olhares furiosos.

- O que você tem na cabeça garota! – minha mãe entra pela porta irritada, e não dá tempo eu dizer nada - Onde você estava Alasca?!

- Estava ocupada - digo deixando ela me intimidar.

- Ocupada? Ocupada garota! - minha mãe grita, fazendo-me estremecer.

- Se acalme Léia, deixa a menina respirar - meu pai avisa minha mãe, que depois de alguns segundos se afasta de mim - Agora diga Alasca, onde você estava.

- Estava com Victória... - digo olhando para meus pés.

- Diga a verdade Alasca, senão eu mesmo digo - diz Benjamin me alertando.

- Eu estava com um amigo...

- Que amigo Alasca!? Desde de quando você larga seu namorado, para ficar com um "amigo" - minha mãe diz fazendo aspas com o dedo.

- Ela dormiu com Cásper, senhora Léia... O garçom do restaurante, era ele - na mesma hora minha mãe olha para mim com os olhos arregalados, e eu só sinto sua mão me atingindo.

- Você traiu Benjamin, passando a noite com aquele cara tatuado que serve pratos Alasca! - eu não conseguia olhar em seus rostos, minhas bochechas ardiam e eu queria chorar. Mas a errada era eu, sempre foi. - Me diga, para que tudo isso!?

- Eu amo ele mamãe... - digo sem olha-la.

- Amar, você não sabe o significado disso! - Benjamin diz, chegando mais perto de mim;

- Parem de gritar - meu pai pede, como sempre educado – Diga minha filha, me diga porque tudo isso? - ele pergunta.

- Eu o amo pai nos conhecemos no começo da faculdade.

- Está seguindo seus passos Leandro, começa traindo o namorado, daqui a pouco homens casados - minha mãe diz, jogando a traição do meu pai na cara dele.

- Eu não sou assim! - quando acabo de dizer isso, um grande trovão estronda nossos ouvidos, fazendo com que caísse uma chuva muito pesada...

- É sim, eu não criei filha para dormir com outro, enquanto está namorando! - minha mãe diz irritada. Seus saltos faziam um barulho irritante no chão de madeira.

- Sinto muito Alasca - diz Benjamin sarcástico.

- Cala boca moleque! – meu pai aumenta o tom de voz.

- Você precisa estar do lado dele Leandro, a vadia foi sua própria filha - minha mãe diz, sem olhar na minha cara.

- Não sou uma vadia! - grito, para ver se ela me olhava.

- Com esses atos parece uma - Benjamin vai até a porta, e fecha a mesma já que havia começado a chover - Mas estou disposto a lhe perdoar - filho de uma puta.

- Viu Alasca, isso é um homem de respeito - minha mãe diz, se sentando no sofá.

- Eu não vou voltar com ninguém - digo em alto e bom som.

- Filha, será o melhor para todos nós... E para você - meu pai tenta dizer.

- Eu não amo ele... - passo por eles e abro a porta, mas a chuva quase me faz desistir. Mas eu preciso chegar na casa de Cásper logo. Quando eu estava saindo, uma mão segura meu braço com muita força.

- Onde vai!? - Benjamin pergunta, segurando meu braço.

- Me largue seu desgraçado! Não encosta suas mãos em mim! - grito, soltando suas mãos de meus braços.

- Se você sair por essa porta garota, nunca mais me chame de mãe! - minha mãe diz, e olho para Benjamin, e logo em seguida para meus pais. Tiro minha aliança, e jogo ela no chão.

- Acabou... - saio da casa de Benjamin em meio aquele temporal devassador. Ligo para Liam e Victória e aviso para irem na casa de Cásper. Os mesmos concordam e avisam que estavam saindo. 

Be Free - seja o que você nunca foiWhere stories live. Discover now