Capítulo 38

3.6K 372 50
                                    

Eu e Tara seguiamos na parte de trás do caminhão, com Glenn ainda desacordado

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Eu e Tara seguiamos na parte de trás do caminhão, com Glenn ainda desacordado. Eu não queria ir com aquele grupo, mas também não podia ter deixado Glenn apagado no meio da estrada, poderia ter sido nosso fim. E Tara dissera que talvez fosse melhor.
Parámos assim, de repente, e vi três zumbis se aproximando do caminhão. Entreguei uma arma para Tara e olhei ela. - Se precisar. - E pulei do caminhão.
O ruivo já tinha saído também e olhou Tara. - Nem se atreva a atirar com essa arma.
Revirei os olhos, guardei a catana e estiquei o braço para Tara, que me deu a arma, e joguei ela no peito do ruivo, que me sorriu e pegou, se aproximando dos zumbis.
Mantive uma mão na catana, pronta a tirá-la da bolsa, se necessário, enquanto ele falava, sorria e matava os zumbis. No final, ele me olhou.
- Vai ficar aí, me olhando? E ajudar, não?
Cruzei os braços, sem falar nada e ele suspirou, colocando a arma de volta no caminhão.
- Pode ao menos me ajudar a retirar esses carros do caminho?
Assenti e caminhei até eles.
Ele abriu uma das portas e eu empurrei ele, entrando no carro e destravando ele. Escutei o ruivo sorrindo, enquanto empurrava.
Depois subimos de novo e seguimos viagem.
Suspirei e encostei a cabeça para trás, fechando os olhos.
Depois de algum tempo, Glenn acordou e olhei ele, colocando a mão no seu peito.
- Glenn! Você está bem?
Ele me olhou, confuso. - Onde estamos?
Suspirei. - No caminhão. Você apagou depois dos zumbis aparecerem lá na estrada.
- Olha, eu anotei o caminho, tudo. Podemos voltar atrás. - Falou Tara.
Revirei meus olhos.
Glenn levantou e começou a bater no vidro do caminhão e gritando, até que ele parou.
Assim que parou, Glenn pegou suas coisas e desceu. Olhei Tara.
- Fim da viagem. - Sorri e segui Glenn.
Seguimos ele, mas aqueles três vieram atrás da gente.
- Onde você vai? - Perguntou o ruivo. - Atrás da sua esposa? Ela está morta.
Aquilo doeu em mim, imagino no Glenn. Voltei para trás  e parei bem na frente do ruivo, entre ele e Glenn, que continuava de costas para nós. Olhei aqueles olhos azuis.
- Cala a boca, ruivo. Você não sabe de nada. E a mulher dele não morreu. Você não conhece ela.
- Tem zumbis por todo o lado.
Eu ri. - Sério? Não me diga. Eu não tenho medo.
- Não vale de nada seguirem sozinhos. Nós estamos numa missão e precisamos de gente. Quanto mais melhor! Podemos ajudar uns aos outros.
Dei um passo em frente. - Não vamos a lugar nenhum. Nem conheço vocês.
Ele sorriu. - Você é uma durona, hein? Sou Abraham, aquela é a Rosita e o Eugene. Mas não vale de nada ir atrás de gente morta.
De repente, vi Glenn passar por mim e socar o rosto do ruivo, que caiu no chão.
- Ela não está morta! - E se afastou.
Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Abraham correu atrás de Glenn e o socou. Os dois acabaram brigando feio e Tara e Rosita correram para separá-los.
- Glenn, pára com isso! - Gritei.
Nenhum dos dois paravam e tirei a catana da bolsa, aproveitando o facto de Abraham estar se levantando e encostei no pescoço dele, fazendo ele parar, me olhando.
- Larga ele. - Rosnei. - Ou sua missão até Washington acaba aqui mesmo.
Ele ergueu as mãos e foi aí que escutamos tiros. Olhei e vi Eugene atirando em zumbis, muitos, mas ele estava atirando errado. Corri para ele.
- Eugene, não atira! - Gritou Abraham correndo. - Precisamos poupar munição!
- Para idiota! - Gritei, empurrando ele e cortando cabeças de zumbis.
Acabámos com eles rápido e Abraham me olhou. - Valeu, baixinha.
- É... Mas você não vai seguir na sua missão, mesmo. Não com esse caminhão.
Ele olhou para trás e viu que Eugene tinha atirado no tanque da gasolina, e esta escorria para o chão.
Toquei no ombro de Glenn, guardando a catana na bolsa, e indiquei a estrada. Ele assentiu e se afastou. Balancei a cabeça para Tara e seguimos Glenn.
Um segundo depois, Tara toca no meu ombro e indica o caminho atrás de nós. Olho e vejo os três nos seguindo. Revirei os olhos e fico do lado de Glenn.
- Eles estão vindo com a gente.
Glenn olha. - Deixa. Problema deles.
- Glenn, ela está viva.
Ele me olhou e me sorriu.
- Eu sei. O Daryl também está vivo, nada mata aquele lá. Vamos achar eles e... Eva, é bom ter você aqui.
Assenti e sorri. Pelo menos tinhamos um ao outro.
- Eu te ajudo a achar a Maggie. - Falei. - Vamos a partir do ônibus.
Ele assentiu e depois olhei meu pulso, erguendo ele. Toquei nas asas da minha pulseira, pensando. Seria errado ter esperança?
- Alguém especial?
Olhei para o lado e vi que tinha ficado para trás, e que Abraham me alcançara. Baixei o braço, olhando em frente.
- É.
Ele assentiu. - Um cara?
Olhei ele, pensando numa resposta para dar a ele, daquele jeito que os Dixons faziam, mas desisti da ideia. Isso abriria ainda mais buracos no meu coração.
- Um amigo.
- Sei.
- Você é a coisa mais irritante que já vi na vida. - Falei.
Caminhamos durante um bom tempo, com ele conseguindo ficar incrivelmente calado. Mas não durou muito.
- O que você fazia antes do fim? Porque não parece uma dona de casa exemplar.
Olhei ele, e balancei a cabeça. - Não. Era bombeira.
- Certo. Isso continua sem explicar porque você é assim, osso duro de roer.
Eu ri e encarei. - Passa por toda a merda que eu passei e depois a gente conversa. Além disso, tive um ótimo professor. Um Dixon, na verdade.
Deixei Abraham para trás e caminhei na frente, chegando até Glenn.
- Que raio é um Dixon? - Gritou Abraham para mim.
Glenn me olhou e vi ele sorrindo.
- Nem pergunta, cara.

WarriorWhere stories live. Discover now