Capítulo 62

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Dois dias depois

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Dois dias depois...

Rick andava atrás de mim, enquanto eu andava pelo quarto pegando algumas coisas e depois continuou me seguindo quando fui até á cozinha e coloquei uns mantimentos dentro da mochila. Judith, sentada no tapete, nos olhava.
- Isso é a maior besteira que você já fez, Eva!
Olhei ele. - Não. Deixar Negan vivo foi, deixar ele levar o Daryl foi. Não acontecerá de novo. - Fechei a mochila. - Ficar parada enquanto Abe era morto, isso também foi besteira.
- Seja razoável, Eva. Ir até lá não irá resolver nada, só piorar! Você pode morrer, ser pega como o Daryl... Já pensou se ele mata o Daryl por isso? Ou se destrói Alexandria? E nós, e esse lugar?
Respirei fundo abaixando a cabeça e depois levantei de novo.
- Ele não fará nada disso. Ele quer me levar quando vier até cá. Ele não vai me matar e nem o Daryl. Ele quer ele também.
- Mesmo assim...
- Nada do que disser vai me impedir. E irei em Hilltop primeiro, preciso de indicações. Não irei direto.
Rick passou a mão pelo rosto, desesperado. - E escolheu aquele doido do Jesus para te dar indicações.
Sorri. - Ele deve saber onde fica esse Santuário. - Dei de ombros. - Chegar lá será do meu jeito e sozinha.
Coloquei a mochila no ombro, do outro lado da catana, passei por Rick e peguei Judith no colo. Sorri para ela e beijei seu rosto.
- Eu volto, tá? Prometo, vou só buscar o tio Daryl. - Entreguei a menina para o pai e olhei ele. - Vai dar certo.
- Você é uma cabeça dura pior que o Daryl.
- Uhum. - Falei e saí da casa, indo em direção do portão.
Carl se aproximou e me abraçou, apertando forte, mas não tentou mudar minhas ideias. Baguncei seu cabelo, sorrindo e parei no portão. Spencer estava segurando ele, me olhando. Levantei uma sobrancelha, esperando.
- Certeza? - Perguntou.
- Como nunca tive sobre nada na minha vida.
Spencer abriu e eu saí, sem olhar para trás, pois isso iria acabar com minha coragem. Ou o que restava dela.
Iria andando, pela floresta, para não chamar atenções indesejadas sobre mim. A última coisa que eu precisava era de Salvadores destruindo meu plano.

A viagem até Hilltop correu melhor do que eu esperava. Não encontrei  Salvadores pelo caminho, o que já era ótimo.
Cheguei no dia seguinte, e os vigias me olharam e depois falaram com alguém dentro dos muros. Bufei, impaciente, eu não tinha tempo para perder com esses caras.
Os portões se abriram e Jesus apareceu.
- Eva? Aconteceu alguma coisa? Maggie está bem, ela e Sasha...
Andei até ele, pegando seu pulso e puxando comigo para dentro da comunidade. Ele pareceu surpreso e me olhou.
- Preciso da sua ajuda. - Murmurei. - Preciso de uma coisa e acho que você pode me ajudar.
Ele assentiu e me puxou para longe das pessoas. Segui Jesus para dentro da mansão e depois subimos em um quarto. Quando ele abriu uma das portas e entrou, eu fiquei parada, olhando ele. Jesus percebeu e me sorriu.
- Entra, aqui podemos falar. É o meu quarto, mas eu não vou fazer nada.
Entrei, olhando em redor. - Morreria se tentasse.
Ele fechou a porta e comecou falando sobre o que tinha acontecido com nosso grupo, que Sasha contara, mas eu ergui a mão.
- Tá, tudo bem, não vim aqui para apoio psicológico. Preciso de indicações. Como chego no Santuário?
Ele ficou me olhando, como se eu fosse louca. - Será sua morte.
Suspirei. - Eu sei que é arriscado, que posso morrer ou pior, meu líder me deu a mesma conversa. Não vai adiantar, ok? Eu vou e pronto! Agora, pode me dizer ou não?
- Eva...
- Irei com o sem sua ajuda. Mas com ajuda seria muito mais simples.
Jesus suspirou, derrotado, e me fez um mapa de como chegar naquele maldito lugar. Me olhou.
- Têm vigias, você não vai conseguir entrar sem ser vista.
Assenti. - Dou um jeito. Só preciso de mais umas coisas suas. - Sorri.
- Fala.
- Tem uma corrente? E um chapéu?
Jesus me olhou de forma estranha mas ergueu um dedo, me pedindo para esperar, e saiu do quarto.
Fiquei olhando pela janela, vendo Hilltop. Queria falar com Sasha e Maggie, mas não podia perder tempo.
Jesus entrou, trazendo as coisas que eu pedira e me entregando. Sorri.
- Para que você precisa disso? - Perguntou.
Olhei ele. - Se eles têm muros, um zumbi a mais não será problema, certo?
- Como?
- Trouxe roupas a mais na mochila, irei pegar um zumbi e espalhar seu sangue sobre mim. Preciso do chapéu para esconder meu cabelo e um pouco o meu rosto e a corrente... - Dei de ombros. - Para o caso do plano não resultar e eu ter de arranjar dois mortos de estimação.
O garoto sorriu.

O cheiro era horrível mas eu parecia um autêntico zumbi. Com aquelas roupas por cima das minhas, cobertas de sangue, meu rosto sujo de sangue também e aquele andar de morto, eu parecia um deles. E eles nem ligavam para mim.
Mas meu plano resultou melhor do que eu esperava.
No meio da estrada, junto de um carro, estava Simon, mexendo na roda e falando sozinho. Olhei em volta e não vi ninguém. Sorri.
Me aproximei mais e quando estava perto o suficiente, falei como se fosse um morto falante.
- Sozinho, merdoso?
Simon pegou a arma e levantou muito rápido, olhando em volta. Continuei andando até ele, pelo outro lado do carro. Ele riu.
- Nossa, estou escutando mortos falarem. O sol deve estar queimando mesmo. É... - Ele matou dois zumbis e baixou junto da roda. - Ou então estou ficando doido, deve ter sido por ter ficado sozinho com essa merda de carro!
Dei a volta e fiquei atrás dele. Peguei a faca do cós da calça e bati com força na cabeça dele, fazendo ele cair no chão.
Quando Simon acordou, eu já tinha amarrado as mãos dele e tinha minha catana encostada no seu pescoço. Ele estava sentado junto do carro e tentou se liberta. Fiz força com a catana.
- Mexe para ver.
Ele me olhou como se não acreditasse e depois olhou a catana e sorriu.
- Devo dizer que você está uma merda.
Sorri. - É, mas resultou. Você pensou que eu era um deles.
- Meu pessoal vai te matar.
Balancei a cabeça. - Vai? Negan me queria no Santuário e é para lá que vamos.
Simon olhou as mãos. - Não posso dirigir amarrado.
- Quem falou em dirigir?
Levantei e peguei a ponta da corrente e puxei. Simon ficou chocado quando percebeu que estava em volta do seu pescoço. Levantou, me olhando com ódio.
- Posso gritar e chamar a atenção daquelas coisas.
- Faz isso e você morre, lembra que está amarrado? E se gritar, ou falar sequer, eu mesma te dou para aquelas coisas. Agora anda! Tenho coisas a fazer.
Puxei a corrente e ele começou a andar.
Depois de uma boa parte do caminho, e de eu ter sujado Simon com sangue para que ele não chamasse a atenção dos mortos, ele riu.
- Você vai morrer. Negan vai te matar por ter me amarrado e ameaçado.
Eu ri também. - Essa conversa de novo? Conta outra, Simon.
- Verdade. Você e seu grupo não podem nada contra nós, Salvadores. Nós somos mais e mais fortes.
- Blah, blah, blah, porque nós somos todos Negan. - Eu ironizei. - É, eu escutei da primeira vez, obrigada. Agora cala a boca ou eu corto seu maxilar, aí não falará mais.
- Queria ver.
Parei de andar e ergui a catana, que levava na mão, encostando no rosto dele. Simon tentou se desviar, mas eu segurei firme a corrente.
- Quer mesmo? Provoca de novo... Pensa só em tentar alguma gracinha. Você não sabe o que eu consigo fazer com essa minha amiguinha aqui, e ela está pedindo para eu te matar.

Quando chegamos no Santuário, não era nada do que eu imaginara. Agora percebia porque eles precisavam de Hilltop para ter comida. Aquilo era tudo em betão. Não tinha terra nem espaços verdes. Era um edifício enorme.
Vi os vigias no topo dos muros e escutei eles falando quando perceberam que eu estava parada na frente, com Simon.
- Mas que merda é essa?
- Chamem o Negan! - Disse outro.
Sorri e me aproximei de Simon. - Viu? Chegando com tudo o que tem direito.
- Você é doida.
- Eu? Eu não mato e roubo comida dos outros. Bem... Se for de vocês por mim está ótimo!
- Vadia.
O portão abriu e eu vi Negan nos olhando, como se não entendesse o que estava acontecendo.
Sorri e tirei as roupas, rasgando e jogando no chão. Depois tirei o chapéu e encarei ele, segurando a catana e a corrente.
Negan começou a rir que nem doido.
- Merda, bravinha! Que merda você está fazendo? Nossa, por essa eu não esperava! Você é pior do que eu imaginava. - Ele caminhou um pouco para o lado. - Porque meu homem está preso como um animal?
- Além de ser um, você tem algo que eu quero.
- Você parece o capeta.
Sorri. - E sou mais forte do que você pensa.

N.A: TIVE UM PROBLEMA COM OS VIDEOS, PEÇO DESCULPA, NO PRÓXIMO SERÁ POSTADO APENAS UM, JUNTO COM CAPÍTULO.
OBRIGADA.

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