Capítulo 108

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Antes

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Antes...

Num minuto estávamos na floresta, rastreando os Sussurradores, e no outro estávamos correndo atrás da Carol e entrando numa gruta.
Olhei em volta, parecia que não tinhamos saída alguma e para piorar a situação, dentro da gruta, existia um mar de zumbis que se estendia a todo o comprimento da gruta.
Vi Magna se aproximar de Carol. - Espero que esteja feliz, agora.
- Hey! - Falamos eu e Daryl ao mesmo tempo. - Pára com isso, Magna!
- Não temos rempo para essas merdas, temos de achar a saída. - Falou Daryl.
Magna me olhou e se afastou.
Toquei no braço de Carol e me aproximei de Daryl.
- Tem de ter uma saída. A Alpha, e os outros Sussurradores, entram e saem.
Aaron, que se aproximara, concordou. Daryl me olhou e assentiu. - Vamos achar.
Vimos, aliás, Daryl viu  que existiam umas pedras pelas quais podíamos pular e chegar no outro lado da gruta. Confesso que odiei a ideia quase tanto quanto a Kelly, que surtou um pouquinho, mas acabei aceitando, e era coisa que eu já fazia antes do apocalipse. Odiei ainda mais por Daryl ser o primeiro a tentar.
Fiquei vendo ele avançar, pulando de pedra em pedra, parando e olhando para trás, para mim.
- Vem!
Aaron tocou no meu pulso e assentiu. Respirei fundo e pulei na primeira pedra, me equilibrando quando aqueles nojentos esticaram as mãos para me pegar. Espetei a cabeça de um deles e olhei em frente, para Daryl que acabava de chegar do outro lado.
Pulei de novo, para uma pedra ainda mais difícil e depois para outra. Faltava apenas uma.
"Respira, Eva, você já passou por coisas piores." , falei para mim mesma.
Pulei e senti os braços de Daryl rodeando minha cintura, me impedindo de cair no mar de mortos.
Olhei ele e sorri. - Valeu.
Ele sorriu de canto e chamou os outros, por cima do meu ombro, olhando para mim de novo e beijando minha cabeça. Depois me entregou a lanterna.
- Vai ali na frente, eu vou mandar eles irem até você.
- Tá.
Após todos passarem, sentamos no chão tentando achar um jeito de sair dali. Magna não parava de andar de um lado para o outro.
Carol estava perturbada, Kelly não parecia a mesma garota destemida de sempre.
Suspirei e toquei no braço de Daryl. - Fala com a Carol, eu vou falar com  a Kelly.
Ele assentiu e eu me afastei, sentando junto da irmã de Connie.
- Vamos sair dessa, Kelly.
Ela me olhou. - Você não sabe disso.
Assenti. - Já passei por situações parecidas, sabe? Até já fiquei em baixo de escombros e tou aqui.
Ela me olhou. - Sério?
- Uhum, sim. A gente vai achar um jeito.
- Você e o Daryl são incríveis, parecem tão calmos... Eu não sou assim. Eu só quero sair daqui!
- Você é incrível também, Kelly. Nunca duvide disso.
Magna achou uma forma de continuarmos e Daryl foi na frente do grupo. Fiquei no fim da fila, junto com Jerry e Aaron, para termos certeza de que ninguém ficava para trás, ou pior.
Depois de muito andarmos, fomos atacados por membros das peles, mas conseguimos matar todos eles.
- Viram de onde eles vieram? - Perguntou Magna.
- Por aqui. - Falou Jerry.
- Tem certeza? - Daryl olhou ele.
- Reconheço um sinal quando vejo um.
De facto, tinha uma seta cravada na pedra, indicando uma direção. Restava saber se era a direção certa.
Senti as mãos de Daryl erguendo meu braço que sangrava de um ferimento.
- Você está ferida.
- Nada de mais. Estou bem. Vamos?
Ele assentiu e me puxou pela mão.
Apertei a mão dele, sabendo que algo iria acontecer, mas sem saber como.
Chegámos num túnel bem apertado e, claro, Daryl seguiu na frente. Eu fiquei quase no fim, entre Carol e Aaron, com Jerry fechando a fila.
- É bom que seu namorado tenha razão em relação á saída. - Falou Jerry.
Sorrimos e soquei seuu peito, devagar.
O túnel era a coisa mais apertada de sempre, não tendo espaço para quase nada, nem mesmo um corpo humano.
Do nada, Carol, na minha frente, parou, falando que não conseguia continuar.
- Consegue ver a minha luz? - Perguntou Daryl, lá na frente.
- Sim. - Ela falou.
- Segue ela. Vem!
Toquei na sua perna. - Carol, vai dar tudo certo. Daryl está lá na frente, esperando. Eu tou bem aqui. Você não está sozinha, você está bem.
Percebi ela assentindo e começou a se mover.
- Isso Carol, continua. - Falei.
Assim que saí daquele túnel apertado, sentindo novamente os braços de Daryl me rodeando, suspirei de alívio.
Agora só restava achar a saída.
- Vai! - Escutei Jerry gritar dentro do túnel.
Franzi o cenho. - O que...
- Zumbis! - Falou Aaron, surgindo na abertura e saindo.
- Pessoal! Estou preso! - Falou Jerry.
Aquilo foi a pior coisa que eu escutei naquela gruta. Ninguém iria morrer, muito menos Jerry. Ezekiel já tinha perdido demais, nós já tinhamos perdido demais!
- Agarra minha mão! - Gritou Daryl, esticando o braço para dentro do túnel.
- Tira o equipamento. - Falei.
Depois de muito esforço, Daryl puxou Jerry para fora do túnel e eu peguei a faca que tinha no cinto, espetando a cabeça de um zumbi, enquanto Aaron matava o outro.
Me afastei deles, seguindo Magna, aquilo já estava sendk demais.
Chegámos no que parecia ser uma estrutura antiga e teríamos de ter todo o cuidado possível.
Começámos retirando pedras e paus até que senti uma mão no ombro e olhei para o lado, vendo Connie.
Franzi o cenho e ela ergueu as mãos. - "Cadê a Carol?"
Olhei em volta, não vendo ela em lugar algum. Onde raios ela tinha se enfiado? Depois percebi que a caixa de explosivos que Kelly tinha achado estava vazia e senti o coração batendo super rápido.
- Daryl! - Chamei.
Ele me olhou e depois a caixa, fazendo a mesma ligação com Carol que eu fizera.
- Tira eles daqui, eu acho ela! - E se afastou.
Junto com Jerry e Aaron, comecámos abrindo um buraco para sairmos dali, sendo Connie e Magna as primeiras a sair.
Meu peito apertava de pensar que Daryl voltara atrás, para aquela gruta horrível, podendo... Sacudi a cabeça, ele não iria morrer!
- Vem! - Gritei para Kelly, mas ela bloqueou.
Então, enquanto me aproximava dela, a gruta deu um abalo enorme e tudo começou a cair.
- Vamos! - Gritou Aaron.
- Não sem o Daryl! - Falei.
Daryl apareceu nesse momento, arrastando Carol e ela subiu no buraco, depois Daryl e Aaron.
- Kelly, vamos, a saída é logo ali. Está vendo?
Ela assentiu e eu levei ela até o buraco, ajudando a subir.
Depois vi o rosto de Daryl e escutei sua voz.
- Sobe, Eva! Vem!
Mas assim que comecei a subir, a gruta explodiu e a entrada desabou na minha cabeça.

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