Capítulo 95

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- Tragam minha filha e eu entrego seus amigos

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- Tragam minha filha e eu entrego seus amigos.
Olhei Daryl, e depois Alpha de novo. Por um lado eu queria entregara garota, ela pertencia àquele grupo maldito e eu queria todos eles mortos por terem morto o Rovia, mas por outro lado, eu sabia que Lydia tinha despertado lembranças em Daryl. E ele se identificava com ela.
Droga!
Depois, me assustando um pouco, Kelly subiu junto da gente, andando para o lado e pegando no binóculo dela e olhando o milheiral.
Me aproximei dela, sem entender nada e toquei no seu ombro.
- O que foi? - Perguntei.
- Connie! Minha irmã está ali!
Peguei o binóculo que ela me entregava e olhei, vendo Connie escondida. Entreguei de volta para ela e fui junto de Daryl, mas ele já estava descendo as escadas para ir junto da Alpha.
- Daryl! - Chamei, mas ele apenas assentiu, olhando para trás, e continuando. - Se algo der errado, protege o Daryl. - Pedi para Yumiko.
Ela me olhou. - O quê?
- Usa o arco, por favor. Não deixa aquela louca chegar nele.
Ela assentiu e colocou uma flecha pronta. - Onde você vai?
- Buscar a Connie.
Desci as escadas e percebi Kelly me seguindo.
- Deveria ficar aqui. - Falei.
- É minha irmã. Além disso, tem zumbi vindo, você sozinha não dá conta. E eu sei que você está grávida, portanto eu vou junto.
Olhei ela, mordi o lábio e assenti.
Saímos pelo alçapão, dando a volta e entrando no milheiral pelo outro lado, mas aí tudo mudou, pois Connie correu para o meio do campo e pegou um bebê que pertencia aos das peles, correndo de volta para o milheiral mas trazendo zumbis e falsos zumbis com ela.
- Droga! - Rosnei. - Vai por aquele lado, eu ireippr este. Não deixa ninguém tocar nela e toma cuidado.
- Fechado!
Tirei a catana da bolsa e Kelly correu na outra direção. Avancei pelo milheiral, atenta ao som e movimentos que indicassem onde estavam Connie e os zumbis. De repente, um zumbi apareceu bem do meu lado e dei um passo atrás, olhando as mãos dele.
- Andar esquisito, sem armas, bafo de morte. Confirma.
Ergui a catana e cortei sua cabeça, avançando novamente ao ver outro zumbi mais na frente.
Fui avançando, procurando Connie e do nada ela sai de trás de um zumbi, com a faca na mão e erguendo ela para me matar.
Andei para trás e ergui a mão.
- Sou eu! - Gritei.
Connie revirou os olhos e pediu desculpa com gestos. Sorri e falei que estava tudo bem, usando as mãos. Ela me sorriu e ficou surpresa.
- Eu sei algumas coisas. Vem.
Abri caminho para sairmos dali e Kelly nos achou depois. Seguimos para Hilltop e deixei elas entrarem primeiro.
Sorri para as irmãs e Kelly ergueu a mão.
- Obrigada, Eva.
- Tudo bem. Vocês são da casa, agora. Connie, você está bem?
Ela assentiu e eu deixei elas com o bebê e segui até o portão, a tempo de ver Daryl trocando Lydia por Alden e Luke. Me aproximei de Daryl.
Alpha ergueu a mão e bateu no rosto da garota, e Daryl deu um passo em frente, mas eu segurei o seu braço.
- Não. - Murmurei. - Deixa quieto.
- Ela bateu na filha, sem razão. - Rosnou.
- Deixa quieto, Daryl.
Puxei ele para o portão, quando o grupo das peles deixou Hilltop, e Daryl colocou um braço em cima dos meus ombros, beijou minha cabeça, depois fez carinho na minha barriga e se afastou, em direção aos estábulos.
Deixei ele ir. Eu sabia que ele deveria estar travando uma luta com sua própria cabeça.
Avancei pela comunidade e Henry parou na minha frente.
- Acha justo? - Perguntou.
Neguei com a cabeça.
- Não. Mas você escutou a Lydia, certo? E Enid? Henry, por vezes as coisas não são como queremos.
- Você fala isso porque você queria matar ela! Mas Lydia é diferente!
- Eu entendi que ela é diferente, não precisa falar de novo. E não sei qual seu problema, você queria matar todos os Salvadores quando um deles matou seu irmão. É a mesma coisa!
Henry ficou me olhando e depois balançou a cabeça.
- Meu pai tem razão. - Falou. - Você é mesmo igual ao Daryl.
Fiquei vendo ele se afastar e suspirei.
Dei por mim andando até o lugar onde enterravam os mortos e parei junto do túmulo de Jesus. Ajoelhei e toquei na terra.
- Desculpa não ter vindo mais cedo, cabeludo. - Sorri e depois comecei a chorar. - Também, quem mandou você morrer? Logo agora que eu precisava de você. - Chorei e depois ergui a cabeça. - Obrigada por ter me salvado. Sinto sua falta.
Fui junto do túmulo de Abraham e sentei do lado, cruzando as pernas e olhando ele. Porque eu sempre perdia meus amigos? Achava até estranho ainda não ter perdido todo mundo.
Depois lembrei de algo e peguei o rádio que tinha no meu cinto e apertei o botão, colocando perto da boca.
- Tá aí, babaca?
Demorou apenas um minuto para que escutasse seu risodo outro lado.
- Qual é, baixinha? Saudades minhas?
- Vá se lascar! Como está tudo por aí?
- Sua amiguinha dos dreads proibiu a Judith de falar comigo. Tirando isso, eu não sei. E você? Já tá sentindo vontade de comer coisas ridículas?
Eu ri e depois apertei o botão.
- Não, ainda é cedo.
- Me faz um favor? Não morre. Estou curioso para conhecer esse pequeno caipira, aí.
- Vai conhecer é o capeta, se não calar a boca.
- Tudo bem.
Suspirei. - Negan? Negan.
- Você mandou calar a boca.
- Desde quando você cumpre?
Ele riu. - Verdade.
- Eu sei que a Judith vai dar um jeito de falar com você. Manda um abraço para ela.
- Espera. Eu ouvi algo sobre um grupo das peles? Que merda é essa?
Suspirei, tinha esperança de que Negan já tivesse trombado neles.
- Então você não sabe de nada? Perguntei.
- Não, porque saberia?
- Tudo bem. Até mais, babaca.
- Até mais, baixinha.
Saí dali, estava escurecendo e eu precisava achar Daryl.
Andei pela comunidade e Kelly falou que Tammy tinha ficado com o bebê. Sorri, isso era bom, e Kelly foi no container dela.
- Eva!
Olhei para trás e vi uma das garotas correndo para mim, uma das amigas de Henry.
- O que aconteceu?
Ela me entregou um papel. - Achei no quarto do Henry.
Peguei e li, mordendo a língua. Olhei ela. - Valeu.
Corri nos estábulos e subi até achar Daryl, que ficou me olhando, percebendo que tinha algo errado. Entreguei o papel a ele.
- Temos de ir atrás dele. Você, prometeu para a Carol. - Falei.
Ele me olhou, guardando o papel.
- Não. Você fica.
Segurei seu braço quando ele tentou passar por mim e olhei nos seus olhos.
- Eu vou.
Daryl suspirou e assentiu.
Descemos e ele colocou a besta no ombro.
- Dog! - Chamei.
Logo o cachorro apareceu, sabendo que iríamos sair. Fiz uma festa nele e ele correu para fora de Hilltop.
Fui do lado de Daryl, andando, e ele me olhou.
- Você deveria ficar.
Sorri. - Nem pensar. Eu te seguiria até o fim do mundo, lembra?
Ele sorriu de canto e assentiu, colocando seu braço em cima dos meus ombros.

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