Capítulo 75

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Sentada em cima de uma caixa, junto da vedação de zumbis, olhei Eugene no topo da espécie de poleiro, vendo os prisioneiros colocarem metal derretido sobre os mortos

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Sentada em cima de uma caixa, junto da vedação de zumbis, olhei Eugene no topo da espécie de poleiro, vendo os prisioneiros colocarem metal derretido sobre os mortos. Mordi meu lábio e balancei a cabeça, depois meus olhos voaram na direção de Eugene e ele me olhou. Eu estava com os braços apoiados nas pernas, inclinada na frente, mas fiquei direita, segurando seu olhar. Estava começando a odiar Eugene.
Dias tinham passado desde Hilltop e eu não vira sinal de nenhum dos Alexandrinos por ali, isso era bom. Ninguém viria me tirar desse lugar.
Meu plano continuava em cima da mesa e agora Negan confiava um pouco mais em mim. Isso também era bom.
Meu walkie talkie fez barulho e peguei  ele do cinto, colocando junto da boca e apertando o botão.
- Sanchez na escuta.
- Eva, temos problemas no posto avançado do quadrante três.
- Certo, alguém irá até aí. - Desliguei e levantei, colocando o walkie no cinto de novo.
Subi as escadas do poleiro, passando por Eugene que me olhou, mas nem liguei. Se ele queria ser o cachorro do Negan bem que podia se lascar.
Entrei no Santuário e percorri o caminho até achar Negan. Ele me sorriu.
- Eva.
- Recebi uma mensagem do posto do quadrante três. Estão tendo algum tipo de problema.
Negan ficou me olhando e depois vi sua lingua passar nos lábios, antes de sorrir.
- Ora, ora, ora... Vejam só se não está ficando uma menina crescida. Gosto dessa nova Eva.
Revirei os olhos. - Posso ir até lá? Se forem zumbis é fácil de resolver.
- Nossa. - Negan colocou a mão no peito. - Gostando dessa vida, hã? Aposto que em Alexandria não tinha dessas coisas.
Encarei ele, sem sorrir. - Estou aqui, não em Alexandria.
- Verdade. Bem, pega uma pick up, uns homens e vai. - Se aproximou de mim, mais do que eu gostaria. - É ótimo ter você do nosso lado. Quando for para atacar Rick, eu deixo você apertar o gatilho.
Sorriu e eu me afastei, saindo de novo.
Passei por vários Salvadores e fui apontando o dedo para alguns e fazendo sinal para me seguirem.
- Vamos no posto do quadrante três. Perguntas? - Olhei eles e todos balançaram as cabeças. - Perfeito. Você, vai dirigindo.
Olhei Negan, junto de Dwight e entrei na pick up.

Negan:

Ele ficou vendo Eva escolher os homens que iria levar consigo e sorriu.
- Acha que é seguro, dar essa liberdade toda para ela?
Negan olhou Dwight e sorriu. - Eva já provou estar do nosso lado. E, caralho, ela faz um trabalho fantástico! Parece que nasceu para isso e sabe o que é melhor? Está ficando do nosso lado. Vou usar ela contra Rick e seu pessoal.
Dwight o olhou e Negan assentiu.
- Sério?
- Ela entendeu rápido. E é maravilhosa. Não sei quem é mais assustador, ela ou Daryl. Não fala para ela, mas eles juntos são um casal da porra! - Negan colocou os cotovelos na barra de metal do poleiro. - Sabe? Isso é outra coisa que eu quero.
Dwight olhou ele, entendendo. - Eva nunca será uma esposa.
Negan sorriu, vendo a pick up sair.
- Nem eu queria que ela fosse. Mas... Pode esquecer o Daryl, certo? Eu vou ter aquela lá. Você vai ver.
Negan pegou a Lucille e entrou no Santuário. Eva seria sua, depois mataria Rick e Daryl... Tudo voltaria ao normal.

Eva:

- Pára a pick up. - Pedi.
O cara me olhou. - Porquê?
- Vi algo se mexendo ali, estamos perto do posto, podem ser Alexandrinos. - Abri a porta e olhei o cara lá. Sorri. -  Pode ser o Daryl, já pensou? - E saí da pick up.
Tirei a catana da bolsa e andei até á floresta, fazendo sinal para que dois deles me seguissem e os outros dois ficassem na estrada.
Caminhei na frente deles e depois parei, olhando o chão. Me baixei, tocando nas folhas e depois olhei eles.
- Como você consegue rastrear desse jeito? - Perguntou um.
Sorri e levantei.
- Aprendi com um caipira. Esperem aqui, tem algo aqui.
Me afastei, segurando a catana, mas quando estava longe o suficiente virei na direção contrária e voltei para junto dos Salvadores, mas ficando atrás deles. Segurei a catana com força e cortei a cabeça do primeiro. O outro mirou minha cabeça, mas fui mais rápida do que ele e bati com a catana na arma, fazendo ele largar. Depois espetei a lâmina na sua cabeça, sacudindo a catana para retirar a maior parte do sangue. Sorri e olhei a estrada.
Peguei a minha faca e rasguei um pouco a minha blusa. Depois sujei minhas roupas e meu rosto com sangue, parecendo que tinha lutado com alguém. Peguei a faca de novo e respirei fundo.
- Não grita Eva. - Falei para mim mesma.
Abri a mão no chão e fiz um belo de um corte nela. Credo, que aquilo era horrível.
Levantei e caminhei até á estrada e logo os Salvadores miraram minha cabeça. Ergui as mãos e um deles se aproximou.
- Eva. Que aconteceu?
- Fomos atacados. Não é o pessoal de Alexandria, na verdade nunca vi esses daí. - Respirei fundo. - Os outros... - Balancei a cabeça.
Os dois homens passaram por mim, se aproximando da floresta, mas não deixei eles entrarem. Cortei a cabeça de um e espetei a catana no peito do outro.
Enfim todos mortos.
Olhei em volta, tentando entender onde estava e qual a comunidade mais próxima. Seria Hilltop, e eu não iria arriscar. Sorri e andei na direção contrária, seguindo pela floresta do outro lado.
O walkie talkie fez barulho e peguei ele enquanto andava.
- Sanchez! Onde estão?
- Na estrada, estamos com um problema aqui, não deve demorar. Mais dez minutos e estaremos aí. - Falei.
- Entendido.
Olhei o walkie talkie na minha mão. - Vão se fuder, seus cuzões! Quero mais é que morram todos!

Depois de horas e horas andando, cheguei onde queria. Vi os edifícios e suspirei de alívio. Ninguém tinha me seguido e isso era o mais importante.
De repente, vinda de lado nenhum, uma lança se espetou bem na minha frente, me obrigando a parar.
Olhei em volta, tirando a catana da bolsa, e depois vi um cara, em cima de um cavalo branco. Suspirei e sorri.
Ele me olhou, como se estivesse confuso e parou o cavalo junto da lança.
Guardei a catana e peguei na lança, entregando a ele.
- Eva?
Coloquei as mãos na cintura. - Oi loiro!
- Meu nome é...
- Ah quer saber? Não interessa, ainda bem que você está aqui. - Balancei as mãos e percebi que ele me olhava atentamente. Suspirei. - Sim, eu também te acho uma gracinha, com esse cabelo loiro, essa barba de galã e tal, mas vamos combinar uma coisa? Para de me olhar desse jeito, preciso da sua ajuda e além disso, eu gosto do Daryl.
Ele balançou a cabeça. - Quê?
Sorri. - Vai me dar uma carona até o Reino ou tenho de ir andando?
Ele esticou a mão e eu subi no cavalo, colocando as mãos na sua cintura.
- Estava brincando. - Falei.
- Eu não olhei você dessa forma. É só que... Você está coberta de sangue.
- É... Tive de fazer uma coisa para chegar aqui. Não se preocupa, está tudo bem. Agora me leva, preciso falar com o Rei.

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