Capítulo 57

3.6K 256 78
                                    

Daryl se mexeu do meu lado, e olhei ele

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Daryl se mexeu do meu lado, e olhei ele.
- O que foi? - Perguntou com sua voz rouca.
Dei de ombros. - Não sei o que pensar de amanhã á noite.
Estávamos deitados na cama, no meio da noite, os dois sem conseguir dormir depois de termos acordado ir matar os Salvadores. Depois do amigo de Jesus nos ter desenhado uma espécie de mapa.
- Vai dar certo. Já lutamos contra coisas piores.
Soltei um riso abafado. - Como você sabe? Você nem conhece esses Salvadores.
Daryl me abraçou e depois senti seus lábios nos meus. - Eu e você vamos, por isso vai dar certo.
Eu ri e deixei que ele me beijasse de novo.

No dia seguinte, saímos bem cedo, seguindo as indicações de Jesus e o outro. Chegamos no meio de uma estrada e parámos, com eles falando que era mais na frente.
Saí  do carro, escutando Rick, e depois me aproximei da Maggie e ela me sorriu.
- Toma cuidado. - Falei e coloquei a mão na barriga dela. - Tem um mini Glenn aí dentro e eu tenciono ser tia de novo.
Ela riu. - Toma cuidado Eva. E mata tudo o que se aproximar do Glenn, pra mim.
Assenti. - Depois de salvar o Daryl.
Ela socou meu ombro e eu caminhei até  o caipira, que estava junto de Sasha e  Abraham, e seguimos para dar uma olhada.
Tinha um edifício, tal como o cara de Hilltop falara. Não vimos ninguém do lado de fora, mas tinha os tais satélites enormes.
Fiquei olhando aquilo, sem saber muito bem o que deveria pensar. Só sabia que nada daquilo me parecia certo, era como se eu sentisse que fosse um iceberg, e aquilo era só a ponta. Esperava estar errada.
Quando voltamos para junto do grupo, Rick deu as ordens. Iriamos esperar pela anoitecer e arranjar uma cabeça falsa, para passar por Gregory. Era nossa maneira de entrar.
Depois de um tempo, eu estava sentada em cima de um dos carros, olhando o grupo. Daryl falava com Abraham e Rick, logo eu estava sozinha, mas não por muito tempo.
- Posso?
Olhei para o lado e vi Jesus me sorrindo. Dei de ombros e ele subiu para o meu lado, esticando a mão, fechada, como Tara fazia, para mim. Olhei e depois vi ele sorrir.
- Pedido de desculpas.
- Já pediu. - Rosnei.
- Você não é normal. Que raio de mulher é você?
Encarei. - Seu pior pesadelo.
Ele riu e vi Daryl nos olhando.
- Sério Eva, eu gostaria muito que nós dois pudéssemos conviver em paz. E para isso preciso desculpar pelo que fiz.
Estreitei os olhos. - Não tem nós.
- Tem se formos amigos. - E ele me deu um sorriso enorme, cheio de malícia, tal qual um garoto que rouba uma cookie.
Suspirei. - Se eu disser não, você nunca vai parar, pois não?
Ele passou a língua pelos lábios. - Nop.
Revirei os olhos e estiquei  a mão, que ele apertou. Apertei com mais força e vi ele me olhando, confuso.
- Amigos. Mas isso não me impede de tacar fogo em você. Ou de abrir sua cabeça ao meio.
Ele riu de novo. - Fechado.

Nessa noite, todos estávamos esperando, olhando o cara entregar a falsa cabeça do Gregory. Até agora, só tinha dois Salvadores, poderiamos dar conta.
- Toma cuidado quando entrarmos. - Disse Daryl no meu ouvido.
Olhei ele e assenti. - Você também.
O cara ficou sozinho e Daryl avançou, segurando a cabeça dele e cortando sua garganta. Tirámos o corpo e eu fiquei do lado da porta, de frente para amigo de Jesus. Ele me olhou, nervoso, antes do outro aparecer e eu sorri, assentindo uma vez. Ele assentiu e a porta abriu.
Esperei ele se afastar um pouco do prisioneiro e depois espetei minha catana nas costas dele, saindo pela frente. Puxei, deixando o cara morto no chão. Sacudi a catana e senti Rick me dar um tapinha no ombro.
Entramos, com Daryl me colocando na frente dele.
Nos separamos, eu ficando com o caipira e seguindo pelos corredores. Tal como Rick falara, não tinha ninguém.
Caminho na frente, e alguém aparece. Ergui a catana nas vejo Rick de mão aberta na minha frente. Suspirei e baixei ela. Abrimos a porta e entrei numa sala com ele, enquanto Daryl e Michonne nos davam cobertura. Matámos  os caras que estavam dormindo e ele me assentiu.
Saímos da sala e olhei em volta. Aquilo estava quieto demais.
De repente, como se lesse meus pensamentos, um som começou a fazer o maior barulho. Parecia um alarme.
Guardei a catana e troquei por uma arma, pois vi Glenn correndo na outra ponta do corredor, com vários Salvadores atrás dele.
Segurei a arma e corri o mais rápido que consegui.
- Eva! - Gritou Daryl.
Mas eu não ia deixar o coreano morrer, não nesse dia.
Dei a volta na esquina e vi eles entrando numa sala, fechando a porta, e os Salvadores avançando. Ergui a arma e atirei sem piedade, lançando todos no chão, mortos. Mas do outro lado da porta, Glenn atirava também e a munição atravessou a porta, e eu fui atingida de raspão no braço.
- Ahhh. - Gritei.
Senti uma mão segurando meu braço e ergui o cotovelo, acertando no rosto do meu agressor, e girei rápido, mirando sua cabeça. Mas vi que era Jesus, segurando seu maxilar e baixei a arma.
- Credo mulher, você é mesmo o diabo. Os Salvadores metem medo, mas você parece saída do inferno.
Tive vontade de rir, mas Glenn abriu a porta e ficou nos olhando, reparando no meu braço e se aproximando.
- Você foi ferida.
Assenti. - Foi você ou o seu amiguinho aí. Nada demais, foi de raspão. Vamos.
- Jesus, você está bem? - Perguntou Glenn.
- É... Foi só um encontro que minha cara teve com o cotovelo da Eva. Estou ótimo.
Revirei os olhos e liderei aqueles garotos pelos corredores, até chegarmos no nosso grupo.
Quando Daryl me viu, veio correndo, ficando bravo quando olhou meu ferimento. Segurei o rosto dele com as mãos.
- Tou bem. Sério.
- Hum. Não faz isso de novo, sair correndo feito idiota.
- Salvei o Glenn. Prometi para Maggie.
Quando saímos do edifício era dia já, e tinha um monte de carros daquele lado. Ficámos vendo Tara ir embora e vi Rick falando com Michonne, mas do nada, o som de uma moto apareceu e eu olhei Daryl.
- Conheço esse som. - Falei.
Vimos um cara sair de moto e atiramos nele, fazendo ele cair.
- Desgraçado! - Daryl correu para ele e deu uns valentes socos no seu rosto. - Onde você conseguiu essa moto?
Olhei, sabendo que era a moto do Daryl.
Mas que merda estava acontecendo ali? Senti um arrepio no corpo. Algo me dizia que aquilo era, realmente, a ponta do iceberg.
Do nada, o rádio do cara começou a transmitir uma voz de mulher, nos mandando abaixar as armas.
Olhámos em volta. Mirei a arma no topo do edifício, procurando, mas não tinha ninguém. Olhei Rick e ele me olhou com a mesma confusão no olhar.
Senti alguém puxar minha jaqueta e deixei, sabia que era Daryl, me puxando discretamente para mais perto dele.
- Abaixem as armas. Não iremos até aí, mas iremos conversar. - Disse a mulher.
Rick balançou a cabeça. - Mas...
- Temos uma Carol e uma Maggie.
Olhei o coreano, vendo seu rosto de pânico. Merda! Eu sabia que aquilo era a maldita ponta do iceberg.

WarriorWhere stories live. Discover now