Capítulo 85

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" Oi Eva,Desculpa se não consegui me despedir, eu realmente queria ter tido tempo para isso

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" Oi Eva,
Desculpa se não consegui me despedir, eu realmente queria ter tido tempo para isso.
Queria agradecer a você por ter sido uma segunda mãe para mim. Obrigado por ter me ensinado, por ter estado lá para mim, pelas fantásticas brincadeiras que tínhamos juntos. Eu era feliz. Você era minha pessoa preferida no mundo. Espero que a Judith tenha a mesma sorte que eu tive, que ela possa ter a oportunidade de conhecer a tia Eva como eu conheci.
Não desiste nunca, venha o que vier. Você é forte, sempre foi, e só ficou mais forte nesse mundo de mortos. Espero que essa sua força nunca se apague.
Agradeça ao Daryl por mim, pois ele te manteve inteira quando tudo desmoronava. Espero que continue te apoiando.
Outra coisa. Tenta colocar algum juízo na cabeça do meu pai. Essa guerra tem de parar, não faz sentido. Ajuda ele a voltar a ser o Rick da prisão. Aquele cara que ajudou o pessoal de Woodburry.
Desculpa, você deveria ter tido tempo de dizer adeus.
Cuida da minha irmã por mim. Eu direi para o T-Dog e Abraham que você mandou um grande e apertado abraço.
Não desiste, Eva, e lembra: essa guerra é inútil.
Te adoro, sempre,
Carl."

Desci as escadas da mansão, fazendo careta. Minha perna estava melhor, mas ainda não totalmente recuperada.
Avancei por Hilltop e fui até junto de Maggie, que olhava os prisioneiros.
Quando cheguei perto, ela me olhou e sorriu.
- Rick e Michonne chegaram.
Assenti. - Eu já estive com eles.
- E você? Como está?
- Estou bem.
- Certeza?
- Hum, hum. - Respirei fundo. - Estamos prontos. Irei com Daryl.
Maggie me olhou de forma diferente.
- Eu sei que você sempre vai com ele, mas dessa vez, eu preferia que você ficasse aqui.
Franzi o cenho.
- Porquê?
- Gostaria de ter alguém ajudando aqui dentro, caso algo desse errado. Alguém como você. Entende? - Ela me sorriu. - Temos essa comunidade para proteger. E tem os prisioneiros também. E... o resto. Tudo tem de dar certo dessa vez.
Sorri e toquei no ombro dela.
- Boa maneira de me convencer. - Falei, me afastando. - Vou falar para o Daryl.
Avancei até chegar no portão, onde todos os que iriam sair estavam reunidos. Me aproximei de Daryl e ele me deunum sorriso.
- E aí, pronta?
Balancei a cabeça. - Maggie pediu para eu ficar.
Daryl me olhou durante alguns minutos e depois assentiu com a cabeça.
- É. É capaz de ser boa ideia, mesmo. - Falou. - Ainda não está totalmente recuperada.
Dei de ombros e me aproximei, colocando meus braços em redor do pescoço dele.
- Isso nunca iria me impedir.
- Eu sei. - Respondeu. Daryl beijou minha cabeça e depois senti sua mão no meu rosto. - Quero você aqui quando voltar. Nada de inventar novos ferimentos.
Eu ri e soltei Daryl, vendo ele subir na moto, me olhar mais uma vez e sair de Hiilltop.

Mais tarde, tudo estava calmo. Nem parecia que estávamos esperando os Salvadores. Estava escurecendo e todo mundo estava tenso.
Do nada, a buzina de Daryl chegou até nós e Jerry, no topo do muro, gritou "eles estão vindo" para Maggie.
Vi ela respirar fundo, como se estivesse se preparando, e me olhou.
- Aí vamos nós de novo. - Falou.
Segui ela até o local onde prenderam os Salvadores e Gregory. Maggie fez sinal para que um cara abrisse a porta. Segurei a catana, pronta a usá-la em quem quer que tentasse algo.
Um dos Salvadores me olhou. - Eva?
Não disse nada, apenas fiquei encarando.
Logo outro chega na frente e me olha.
- Ela era uma nós e pode andar por aí assim?
Maggie o olhou. - Ela nunca foi uma de vocês. Negan a levou como prisioneira. Ela pertence a Alexandria.
O Salvador tentou chegar a Maggie, mas bati com o punho da catana na sua barriga e depois empurrei ele, e o desgraçado ficou me olhando, enquanto o cara que me reconhecera tentava acalmar todo mundo.
- Ela me atacou! - Gritava o outro.
- Na próxima arranco sua cabeça. - Falei.
Eles ficaram calados e seguiram Maggie até á frente da mansão. Assenti para ela, que já tinha várias pessoas com ela, e me afastei para mais perto do portão, escolhendo um lugar no meio da escuridão para esperar pelos Salvadores.
Não foi preciso esperar muito, escutei barulho de carro e logo depois o som de suas rodas sendo furadas.
Maggie tentou colocar um fim naquilo, mas Simon estava decidido.
A moto de Daryl apareceu logo depois, com o som de tiros de iniciando, e esperei para ver o caipira entrando na comunidade.
Corri até ele, e logo troquei a catana por uma arma e começamos a atirar sobre nossos invasores.
Olhei em volta, mas não vi Negan em lugar algum. Fosse como fosse, aquele povo vinha para matar todo mundo.
Vi, para desespero meu, alguns dos nossos caindo, e isso só me deu mais vontade de sair matando todos eles.
Olhei para o lado, quando senti uma mão agarrando meu braço, mas era Daryl, que me puxava para longe dali.
Corri atrás dele, mas tive de parar. Vi Simon se aproximando de Tara, que estava atirando na outra direção e nem percebera a sua presença.
- Eva, não! - Gritou Daryl.
Mas eu já corria na direção dela, atirando naquele doido. Simon atirou em mim e vi Tara sendo atingida de raspão, mas ela estava bem e eles recuaram.
- Vem!
Segui Daryl e nosso ataque parou. Todo mundo ficou em silêncio depois de quebrarmos as luzes dos carros deles.
Eu, quieta do lado de Daryl, no meio da escuridão, vi os Salvadores se dividirem em grupos para recomeçar o ataque e sorri. Mal eles sabiam...
Do nada, as luzes dos nossos carros junto da mansão se acendem e começamos a atirar sobre eles, matando uma boa quantidade de Salvadores e os fazendo recuar.
Logo Simon e seus capangas entraram nos carros que sobraram  e saíram dali.
Não era uma vitória, mas era um começo.
Ajudei Maggie a colocar os prisioneiros de volta no lugar deles e depois caminhei com ela até junto da mansão.
- Essas pessoas confiam em você. - Falei. - Está fazendo um ótimo trabalho.
Ela me sorriu. - Tentando, pelo menos. Mas não sei o que fazer em relação à comida.
- Daremos um jeito. - Respondi. - Sempre damos.
Ela subiu na mansão, no mesmo tempo que Daryl descia as escadas e parava do meu lado.
- Maggie nos ofereceu um quarto lá em cima. Vem, precisa descansar.
Sorri para ele.
- Estou ótima, Dixon.
Ele me olhou e assentiu. - Sei... Em recuperação e depois de uma luta dessas, você deve estar mesmo bem.
Segui o caipira até nosso quarto temporário. Me joguei na cama assim que entrei, sentindo depois Daryl se movimentar pelo quarto, colocando a besta em lugar onde pudesse pegá-la facilmente. Ele deitou do meu lado e eu abracei ele.
- Sinto muito. - Falou sua voz rouca.
- Porquê?
- Carl.
Fechei os olhos e abri de novo, respirando fundo.
- É... Não foi justo ele ter de morrer. Não desse jeito. - Eu ri. - Nem de jeito nenhum, para falar a verdade.
- Vai ficar tudo bem.
- É... Talvez.

No meio da noite, acordei com um som um pouco estranho. Parecia... zumbis...
Sentei na cama e vi Daryl se levantando, pegando na besta e indo até á porta do quarto.
Levantei, coloquei a catana nas costas e segui ele.
- Merda! - Rosnou. - Vem!
Saí do quarto para ver um filme de horrores.
Tinha vários zumbis dentro da mansão, matando todo mundo. Mas o mais estranho, era que todos eles pertenciam ao nosso grupo.
Tirei a catana da bolsa e comecei a matar aqueles mortos fedorentos. Era horrível ter de matar pessoas que tinham lutado do nosso lado, mas eu tinha de continua pensando que não eram mais eles.
Vi Michonne aparecendo no topo das escadas e paralisei.
- A Judith? - Perguntei quando ela se aproximou.
- Está bem. Enid está protegendo ela.
Continuamos matando zumbis até não sobrar mais nenhum.
- Como foi acontecer? - Perguntou Maggie. - Não vi zumbis entrando com os Salvadores.
Ela nos falou que os prisioneiros tinham escapado, apenas um pequeno grupo tinha ficado, de livre vontade.
Concluímos que as armas dos Salvadores teriam algo que deixou nossos feridos bastante doentes e eles acabaram morrendo e virando sem nem serem mordidos.
Esfreguei a testa. Que noite!
Senti as mãos de Daryl nos meus ombros, quando Rick saiu para ver Tara, e abri os olhos.
- Você está bem?
Assenti. - Dentro do possivel.
- Vem. - Ele segurou minha mão. - Vamos ajudar a tirar os mortos daqui.

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