Capítulo 87

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Meses depois...

- Mais! - Pedi num sussurro, entre gemidos e respirações rápidas.
Daryl estava em cima de mim, na nossa cama, me penetrando com força e me fazendo sentir mil e uma coisas.
Enterrei as mãos nos seus cabelos, enquanto enrolava as pernas na sua cintura.
Senti sua boca no meu pescoço e isso só me fez arrepiar mais e gemer um pouco mais alto.
Do nada, ele saiu de dentro de mim, agarrou na minha cintura e me fez girar, me colocando de quatro e voltando a entrar dentro de mim.
Não consegui evitar e o gemido que saiu da minha boca foi um tanto barulhento.
Deixei que ele fizesse o que quisesse comigo, afinal tudo aquilo estava sendo bom demais. Agarrei a almofada com força sentindo algo enorme se apoderando de mim, ao mesmo tempo que Daryl acabava e depois se deixava cair do meu lado.
Fiquei ali, deitada de olhos fechados durante um bom tempo, até que senti a mão de Daryl fazendo carinho no meu braço. Abri os olhos e vi ele virado para mim. Sorri.
Aquele não era nosso quarto, pois estávamos tomando conta do Santuário, éramos uma espécie de líderes, mas sempre era melhor que nada.
- Temos de ir no museu hoje.
Assenti e depois fiz careta.
- Vamos dizer para o Rick que temos de ficar aqui. Temos muito trabalho.
Daryl riu e depois suspirou.
- É uma ideia legal, mas acho que ele não vai acreditar. E pior. Ainda pede para Maggie enviar aquele cabeludo para levar a gente.
Soltei uma gargalhada.
- Seria interessante. - Respondi.
Daryl sentou na cama, pegando sua roupa.
- Interessante nada!
Sentei na cama, colando meu peito nas suas costas e colocando meu queixo no seu ombro.
- Não se preocupa, Jesus joga em outra equipe e eu não vou deixar ele chegar perto de você.
Daryl me olhou por cima do ombro.
- Engraçadinha, você.
Sorri, beijei seu rosto e levantei.

Chegar no museu foi fácil. Cada comunidade tinha seu pessoal representado ali, até mesmo Oceanside.
Entrámos e percorremos o caminho até a um espaço amplo, enorme, com um quadrado no chão, todo feito de vidro. Olhei para baixo e vi zumbis, muitos. Percebi Michonne do meu lado, olhando o mesmo e trocámos um olhar tenso.
Anne, ou Jadis, nos tinha trazido ali. Ela conhecia o lugar e sabia da existência de coisas que poderiamos usar, além de sementes que podiamos dividir pelas comunidades e plantar.
De repente, Daryl, já na escada, me olha e grita meu nome.
Olho para cima, a tempo de ver um pedaço do varandim caindo, juntamente com um zumbi, em cima do vidro, abrindo uma fenda.
Daryl esticou a mão e me puxou quando corri e fiquei ao seu alcançe. Olhei ele e ele me olhava, preocupado.
- Você está bem? - Perguntou.
Assenti  e ele me fez segui-lo pelas escadas.
- Todos têm as listas do que precisamos, cada um pega o que precisa e nos encontramos aqui depois. - Falou Rick.
- Toma cuidado. - Falou Daryl.
Assenti, dei um beijo nele e andei do seu lado, pegando nossa lista e dando uma vista de olhos.
Darylse afastou, oferecendo ajuda para Cyndie, com uma canoa de madeira. Continuei procurando nossas coisas e foi quando vi Jesus do meu lado, sorrindo. Revirei os olhos.
- Fala logo. - Sorri.
Ele cruzou os braços atrás das costas.
- Se sentindo importante, já?
Olhei ele. - Hum?
- Você agora é da realeza. - Falou. - Não está tomando conta do Santuário com o Daryl?
Balancei a cabeça.
- Nossa senhora. - Sussurrei.
- Acho que se pedir, Ezekiel te adota.
Soquei seu ombro, mas ele se esquivou, rindo.
- Cala a boca. Você é insuportável.
- Está de esquecendo que tem sangue desse insuportável aqui dentro de você? Salvei sua vida.
Coloquei a lista no bolso e sorri.
- Quero nem pensar nisso.
Jesus esticou a mão e tentou bater na minha cabeça, mas eu abaixei, rindo.
- Idiota. - Sorriu ele.
Coloquei um braço em redor da sua cintura, enquanto ele colocava um braço sobre os meus ombros, e seguimos rindo pelo corredor, na direção que Daryl tinha seguido.
Maggie queria levar o arado e então achamos uma carroça que poderia ajudar, bastava colocar os cavalos para puxá-la e conseguiríamos levar tudo. O problema era passar por cima do quadrado de vidro sem que ele quebrasse.
Passamos a carroça, com cuidado, atando cordas nela e passando em volta dos pilares do museu, com todo mundo segurando.
Vi Maggie, junto de mim, Daryl e Michonne, amarrando a corda dela nna cintura e toquei no seu ombro, chamando sua atenção.
- Certeza? - Perguntei.
Ela sorriu e assentiu. - Ficarei bem.
- Hershel precisa de você, viu?
Ela assentiu e sorriu novamente. Me afastei, segurando minha corda e ficando perto de Daryl. Ele  me olhou e assentiu uma vez. Assenti e sorri.
A carroça passou com muito esforço e cuidado, mas eu escutei o vidro estalando e Rick, que ia na frente, me  olhou.
Assenti uma vez, segurando a corda com força, como tantas vezes fizera quando o mundo ainda era normal, em salvamentos.
Avancei ao mesmo tempo que Michonne e a carroça, enquanto Daryl ficava para trás, segurando.
- Nada de movimentos bruscos. - Pediu Rick.
Todos estavam em silêncio, como se aquilo fosse quebrar apenas com o barulho.
Olhei para baixo, para os zumbis andando debaixo dos nossos pés. Eram imensos.
- Eva.
Olhei em frente, erguendo a cabeça de novo, e vi Rick me olhando.
- Estou ótima, continua.
Ele assentiu e continuamos. Por fim chegamos no outro lado e vi Daryl tirando a sua corda e voltando para trás, com Cyndie, para pegar a canoa.
Meu coração ficou apertado só de ver ele de novo sobre aquele vidro, mas eles voltaram sãos e salvos.
Depois Carol foi com Ezekiel, buscar o arado, enquanto Daryl me abraçava usando apenas um braço e beijava o topo da minha cabeça.
Olhei por cima do ombro dele, vendo o Rei atravessando, com Carol na frente. E foi aí que escutei.
O vidro estava quebrando e o Rei percebeu, porque ele olhou para trás e depois para mim.
Larguei Daryl e me aproximei do vidro.
- Não corram! - Disse Rick para o Rei.
Vi Ezekiel empurrar o arado para Carol e os outros e gritar: - Salvem o arado! - antes de o vidro partir e ele cair, ficando preso pela corda.
Coloquei minha corda nas mãos de Daryl, pois eu ainda não tinha tirado da minha cintura, e fui na direção do Rei.
- Eva! - Gritou Daryl, mas senti ele segurando minha corda.
Deitei no chão, de barriga, e fui rastejando até chegar no Rei. Ele olhou para mim.
- Sai daqui Eva.
- Nem morta. - Estiquei a mão. - Agarra!
- Não! Sai daqui!
Vi os zumbis começando a agarrar as pernas dele e puxando e Ezekiel se mexeu.
Olhei para trás e vi a corda dele tocando no vidro quebrado, se ele continuasse se mexendo, a corda iria partir.
- Agarra, Ezekiel!
- Não.
- Ezekiel! Agarra a minha mão agora! Ou eu quebro essa merda e você vira uma merda de almoço real para ps zumbis! - Gritei.
O Rei ficou me olhando sem saber o que fazer. Depois assentiu e esticou a mão.
Agarrei a mão dele, me segurando com a outra, mas senti o vidro me cortando e vi meu sangue pingando sobre os mortos.
Com um grito, consegui puxar ele para cima, enquanto nossos amigos nos puxavam para longe do vidro e ele quebrava.
Fiquei deitada no chão, de olhos fechados e respirando rápido. Abri os olhos e vi Ezekiel me olhando. Ele sorriu.
- Eva!
Senti as mãos de Daryl me sentando e depois pegando na minha mão.
- É só um corte. - Falei.
- Você é maluca. - Ele rosnou.
Maggie se aproximou com Siddiq e deixei ele me fazer um curativo rápido. Depois ele me olhou.
- Quando chegarmos em casa, tem de me deixar fazer um curativo melhor. - Falou.
Sorri e assenti.
Saímos do museu e subi na moto com Daryl. Iríamos regressar a casa, com Daryl liderando o caminho.
Mais na frente, vimos um zumbi no meio da estrada. Vi Daryl me olhar por cima do ombro, sorrindo.
- Quer fazer as honras?
Sorri e retirei a catana da bolsa.
Daryl aproximou a moto do zumbi e eu ergui a catana, cortando depois a cabeça dele. O caipira sorriu enquanto eu sacudia o sangue da catana e guardava de novo.
Vi o grupo parado e toquei no ombro de Daryl, ele assentiu e voltámos para trás.

Estávamos na estrada faz tempo, com a carroça atolada na lama e os cavalos cansados.
Escutei um som e olhei para trás, tinha um grupo de zumbis chegando.
- Rick! - Falei, guardando a catana e correndo para trás da carroça, onde estava o Rei, empurrando.
Coloquei as mãos na carroça, empurrando enquanto os outros puxavam na frente. De repente, ela começou a andar para a frente. Olhei o Rei e sorrimos.
- Obrigada, senhorita Dixon. - Disse ele.
Balancei a cabeça, sorrindo e depois retireia catana da bolsa, indo em direção aos zumbis.
Daryl e Michonne apareceram do meu lado, matando eles também.
Sacudi a catana e vi os cavalos tensos e Rick puxando o filho do ferreiro de Hilltop para longe dos cavalos, mas ele quis voltar para trás, para salvá-los.
- Ken! - Gritou Maggie.
Corri na sua direção, vendo um zumbi se aproximando demasiado. Ergui a catana e cortei a cabeça dele, mas Ken já tinha sido mordido e tinha mais zumbis aparecendo.
- Daryl!
Ele me olhou e me seguiu. Jesus e o Rei nos ajudaram, mas era tarde demais. Ken acabou morrendo.
Fiquei vendo Maggie espetar a cabeça dele e depois olhei o chão. Aquela viagem não deveria ser para perder ninguém.

Já era noite quando chegámos no Santuário depois de perceber que a ponte sobre o rio tinha caído com a tempestade.
Eu estava no meio dos Salvadores quando percebi Daryl e Rick falando no topo do poleiro. Fiquei olhando eles, percebendo que a conversa não era agradável.
- O que faremos? Eva, tem certeza?
Olhei um homem que falava comigo e assenti.
-  Isso é uma fábrica, é diferente de uma fazenda, mas sim, é possível. Temos de arranjar um jeito.
Sorri e subi no poleiro enquanto Rick descia, me sorrindo.
- Seu marido é a pessoa mais teimosa que já vi. - Ele falou.
Eu ri da sua escolha de palavras, mas me aproximei de Daryl, apoiando os braços na barra de metal.
- E aí? Falou para ele? - Perguntei.
- Hum, hum. - Daryl me olhou. - Você estava certa. Rick ainda pensa que é possível.
Dei de ombros. - E é. Mas tem gente aqui que ainda é fiel ao Negan e eles não vão mudar.
Daryl me olhou. - Está na hora de irmos para Hilltop. Carol falou que ficava liderando aqui.
Assenti, virei Daryl para mim e coloquei os braços em redor do pescoço dele. Sorri e retirei alguns cabelos dos seus olhos.
- Irei onde você for.

No dia seguinte, as coisas em Hilltop não estavam melhores. Rick falara com Maggie por causa da ponte, mas ela queria colocar os Salvadores para trabalhar, como sendo a maioria de trabalhadores.
Não podia dizer que não concordava com ela, mas me mantive quieta, olhando a varanda onde ela estava com  Rick. Hershel se mexeu nos meus braços e eu sorri para o garotinho.
- Sua mãe sabe o que faz, não se preocupa. - Falei. - Vamos ver os cavalos?
O garoto fez um som todo feliz e eu sorri. - É, vamo lá.
Levei Hershel até os cavalos e deixei que ele tocasse num com a sua mãozinha pequenina.
- Já pensou em ter um?
Olhei para o lado e vi Jesus me sorrindo.
- Não. Estou bem assim. Tenho a Judith e o Hershel. - Sorri. - É suficiente.
- Você e o Daryl seriam fantásticos. Ele leva um jeito danado também, e é super protetor.
Eu ri e me aproximei dele.
- Do mesmo jeito que você está tentando ser padrasto da Gracie?
- Quê? - Ele parou de sorrir.
- Ora, te vi todo feliz com o Aaron no outro dia.
- Para com isso, Sanchez. Tem nada, não.
Eu ri e nos aproximamos da mansão.
- Sei. Eu dizia exatamente isso á uns tempos atrás, a respeito do Daryl.

Nessa noite, estávamos todos reunidos na frente da mansão. Maggie decidira matar Gregory depois de ele ter tentado matá-la.
Eu estava junto de Daryl, do lado da forca, e olhei Maggie. Ela parecia totalmente diferente da garota que eu conhecera.
Gregory começou a gritar, pedindo para pararem com aquilo. Revirei os olhos. Eu não gostava dele, mas mesmo assim, seria a decisão certa?
Maggie olhou Daryl e assentiu uma vez. Daryl tocou na minha mão e andamos até o cavalo que segurava Gregory. Continuei andando enquanto Daryl bateu no animal, fazendo ele andar e deixar Gregory pendurado pelo pescoço.
Segurei o cavalo, fazendo ele parar de novo e depois olhei o povo de Hilltop. Senti o olhar de Daryl em mim e me aproximei dele, para ajudar a retirar Gregory de lá.
- Ficaremos?
Ele me olhou, pois eu falei só para ele escutar.
- Ficaremos. Por um tempo.
Assenti. - Ainda pertencemos a Alexandria?
Daryl me sorriu. - Claro, é nossa família. Mas estamos todos espalhados, vamos ficar aqui um tempo. Mas não se preocupa, não te vou manter afastada da Judith.
Sorri. - Já falei que amo você?
- Pfff Eva, estamos carregando um corpo morto.
- Quero lá saber. - Sorri. - Falei ou não?
- Hoje ainda não.
Olhei o céu e depois de novo para Daryl.
- Ainda é hoje, por isso: eu te amo, sabia?
Ele riu. - Agora sei. - Ele me olhou. - Eu também te amo, baixinha. E quando isso tudo terminar, deveríamos dar um tempo disso tudo.
- Pfff. - Fiz eu. - Adoraria. Mas isso nunca vai acontecer, e você sabe.
Ele assentiu e rimos os dois.

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