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Luiza 🦋

Caíque : Ai mona, mas de feio ele não tem nada. -Caique falou e eu gargalhei. -Um gostoso daquele e tu não da bola.

Luiza : Tinha tudo pra eu pegar, é gato mesmo pô, mas é um lixo na personalidade, aí não rola. -Deixei ele passar o resto do contorno em mim.



C

aíque : Mas tu vai pegar ele ou a personalidade dele? E eu hein, Luiza, tu larga dessa tua graça que depois vai ter nega no teu lugar.


Luiza : Que tenha. -Falei. -Mas é diferente, amigo, eu não conhecer a pessoa e ela ser escrota, é uma coisa. Eu conviver com a pessoa, vê os lance dela e mesmo assim pegar, é completamente outra.

Ele deu de ombros e eu levantei, me vendo no espelho toda gata gostosa. Passei um perfume dele lá e a gente foi descendo pra Cidade Nova.

Caique : Ala, nunca mais morre. -Me deu um tapa e eu olhei pro lado vendo o Cadu em cima da moto dele.

Desviei o olho rápido e a gente continuou descendo, e foi chão pra sair da Vk até a CN.

A gente não pegou carona com os meninos, porque o Caique tem um pouco de cisma, tem uns cara idiota que fica de implicância só porque ele é gay.

Mica : Fala, Lulu. -Me chamou assim que eu passei pelos seguranças da barreira. -Ta sumida.

Luiza : Tô nada. -Dei um abraço nele, que cumprimentou o Caique também. -Tu que sumiu. -Coloquei meu pirulito na boca de novo.

Mica : Teu irmão não da folga. -Falou e eu ri, vendo os outros meninos ali encarar a gente.

Luiza : Ta certo, deixa eu terminar de subir. Beijo. -Dei tchau pros meninos e voltei a subir com o Caique, ouvindo ele falar o tanto que os cara daqui é bonito.

Caique: Mas tu viu, mana? Todo mundo te encarou legal quando ele falou que tu é irmã do patrão, tô ruim de companhia nada.

Eu gargalhei vendo as graças dele, o Deco comanda o Complexo todo, todas as favelas daqui, mas a gente mora na Vk, que é a favela mais forte.

Mas as outras não deixam de ter seguranças, essas parada, tanto que, cada uma delas, tem seu representante, mas comandante de tudo mesmo, é meu irmão gato perfeito.

Nem : Puta que pariu, Luiza, sai de lá pra não te vê, e tu brota aqui também? Anem, desgraça do carai -Falou quando eu entrei no barzinho, hoje é dia de pagode.

Luiza : Ih nego, sai dessa. -Falei zoando e terminei de falar com todo mundo, junto com o Caíque.

Não demorou pra ele me da o perdido, saiu com um bofe pra lá e eu fiquei sentada com a galera na mesa.

"Lua vai, iluminar os pensamentos dela, fala pra ela que sem ela eu não vivo, viver sem ela é meu pior castigo, vai dizer, vai dizer, que se ela for eu vou sentir saudades..."

Bati na mesa no rítimo do pagode, gostosin demais. Levantei da mesa e peguei outro pedaço de carne pra mim.

Veio uma galera me perguntar onde o Deco tava e eu neguei, alegando não saber, porque sempre que tem uns rolezin assim, ele cola.

Nem : Tu ta com esse bom humor por que hein? -Apagou o cigarro e se aproximou de mim.

Luiza : Ninguém pra me incomodar. -Respondi de boa. -Não tem como, eu não ficar de bom humor.

Nem : Hm, nem vou gastar meu tempo, acabando com ele então. -Olhei pra ele escondendo meu riso. -Tinha uma proposta pra tu.

Luiza : E eu hein. -Ri e virei meu copo. -Que proposta? -Ele interferiu o olhar entre minha boca e meu olho, dando um sorrizin de lado, chego a ficar arrepiada.

Nem : Se eu te mostrar tu vai surtar? -Virou o corpo dele todo pra frente do meu e falou no meu ouvido.

Luiza : Não sei o que tu ta falando. -Passei minhas mãos pra trás e ele riu, me dando um beijo na bochecha. -Só me mostrando, pra saber.

Passei minha mão no pescoço dele e puxei pra frente, que puxou minha cintura e juntou a boca dele na minha.

Apoiei meu copo vazio na bancada ali e coloquei a outra mão no pescoço dele, sentido ele da mordidinha na minha língua.

Nem é o único cara daqui que realmente me respeita, não pelo fato de eu ser irmã do Deco ou algo do tipo, por querer mesmo, sabe?

Ele é muito gente boa, sempre percebi os papos dele pra cima de mim, mas nunca dei importância, mas sempre soube que se tivesse oportunidade, eu ficaria com ele, e acaba que rolou.

Nem : Amém né, Luiza, quase dois anos cuidando da tua galinha pra vê se tu me dava uma chance. -Eu ri mas continuei com minhas mãos no pescoço dele.

Luiza : Tu nunca me disse nada, sem bola de cristal, bofe. -Ele arqueou a sonbracelha e negou com a cabeça.

Nem : Vai chamar teu irmão de bofe. -Eu gargalhei e ele riu.

Luiza : Olha que ele gosta. -Puxei o pescoço dele pra baixo de novo e ele me beijou, senti ele morder meu lábio inferior e sorri, terminando o beijo com três selinhos.

Ficamo ali afastado um tempinho, até uma galera começar a sair, e a gente resolveu sair também.

(...)

Recomeçar [M] Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon