Recomeçar [M]

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Muito lindo vcs comentando no último capítulo, perfeitaaaahs

Deco 🚀

Comecei a ficar ligado na Maria Eduarda depois daqueles lance dos vômitos dela. Tem uns cinco dias já, e ela sumiu, quase não me responde e nem subiu aqui.

Deco : Se tu for pra faculdade hoje, passa na casa da Maria Eduarda pra vê se ela ta bem. -Sentei na cadeira pra amarrar meu tênis e passei a mão no rosto.

Luiza : Ta né, mas por que você não vai? -Perguntou.

Deco : Se ela quisesse conversar comigo já teria me respondido, ai eu não precisaria de pedir pra você ai. A questão é que ela tá estranha pra caralho e eu tô preocupado.

Luiza : Ih, grosso. -Levantou. -Eu vou passar la, qualquer coisa te aviso e ligo. -Concordei e ela saiu da cozinha, com a mochila dela.

O que fode é que eu passei esses dias todos pensando nisso, bota fé? Não sei, é estranho, difícil pra carai, pensar nessas parada de criança.

Depois de quinze minutos eu desci de casa, com a moto, parei no bar da esquina e chamei o Edin.

Edin : Mandando o que pra hoje? -Tirou a maquininha do bolso e eu peguei minha carteira pra pegar o dinheiro.

Deco : 1513. -Falei pra ele anotar. -Esperei ele terminar de digitar. -E 4714.

Ta doido, não perco nunca a oportunidade de apostar nessas dezenas, se é verdade eu não sei não, mas se falam que é eu tô jogando. Tanto 13 quanto o 14, formam as dezenas da borboleta, simbolizam crianças, jardim, essas parada.

Edin : Sua placa semana passada veio na cabeça em. -Brincou e eu concordei. -Tu sempre joga nela, perdeu quatro mil fácil.

Deco : Preocupação demais, esqueci de passar aqui. -Paguei ele e peguei meu papelzinho, guardei no bolso e fui direto trabalhar.

(...)

Luiza me ligou era umas quatro da tarde já, mas eu demorei ainda, terminei de fazer tudo o que tinha pra fazer, então ai sim eu desci.

Madrasta dela que abriu a porta, dizendo que ela tava no quarto e que não sabia o que ela tava sentindo direito porque não tinha saído do quarto hoje, mas que eu podia ir la.

Bati na porta e abri, vendo ela deitada, tampada com o quarto todo fechado. Me aproximei dela, que continuou na mesma, ai sim eu sentei do lado dela.

Deco : Ta com o que hein? -Tirei a coberta de cima do rosto dela, arrendado o cabelo pro lado. -Olha pra mim, Maria Eduarda. -Ela virou o rosto na minha direção e tava vermelho pra caralho, como se ela tivesse passado o dia todo chorando mesmo.

Deco : Levanta aqui. -Puxei o braço dela e sentei ela na cama, que passou a mão no rosto. -Luiza me falou dessas tonteiras sua, vamo no médico, não custa.

Madu : Eu não quero, já falei e pronto, não vou, ce mais do que ninguém sabe, que eu não gosto.

Respirei fundo, passando a mão no meu rosto e olhei na direção da janela que tava com a cortina fechada.

Deco : Toma, faz la. -Tirei a sacola do teste de gravidez do bolso e entreguei ela, que negou na hora. -Assim fica difícil nega, tô tentando te ajudar, mas preciso da sua colaboração também.

Madu : Eu não tô grávida, já falei e vou repetir, não quero, não quero. -Falou toda nervosa, mas com voz de choro.

Deco : Ta, não vou te forçar a nada, mas o que ta acontecendo então pô, não me responde, não me explica. Sabe que eu me importo com você, com a sua saúde...

Ela ficou calada e acabou deitando de novo, virando pro outro lado. Fiquei sentado onde eu tava, pensando o que eu ia decidir.

Madu : Mas e se eu estiver? -Perguntou sem olhar pra mim ainda.

Deco : Se tiver, é isso mesmo. Não tem o que fazer, melhor fazer esse teste logo, tira essa sua dúvida, ta com medo de saber o resultado, mas sabe, que não tem volta, não faz sentido. Você não fazer não vai te levar a nada não.

Demorou uns cinco minutos pra ela levantar e ir pro banheiro, com o teste na mão. Fiquei encostado na cama dela mó cota, e nada dela sair do banheiro.

Juro, passou coisa de trinta minutos e nada dela. Fui la e a porta estava aberta, entrei e vi que a mesma estava encostada na pia, com o teste na mão ainda, chorando, pra caralho mesmo.

Deco : Gata, deixa, esquece. -Tirei o teste da mão dela. -Precisa fazer nada não, mas eu quero te vê bem, entende? Olha pra mim, eu tô aqui, se tiver rolando alguma coisa, pode me falar.

Ela me abraçou forte e eu passei minhas mãos pelas costas dela, que não me deixou de soltar dela.

Madu : Eu tô com medo, não quero isso, não quero. Se eu realmente estiver grávida, eu vou ser uma péssima mãe, entende? Porque eu não sei, eu não sei...Como que eu? Com todos esses problemas vou conseguir cuidar de um bebê? Não dá, eu sou louca, Deco, louca. Tomo remédio controlado, e se algum dia eu esquecer? E acabar fazendo alguma coisa de ruim pro bebê? Em, me explica. E se eu cair, e...não sei, eu so sei que eu não quero.

(...)

Se vocês não souberem o que é jogo do bicho eu vou ficar extremamente chateada, porque todo dia meu pai lasca dez conto na minha mão pra eu ir fazer o dele.