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Deco 🚀
Sentei na cadeira acendendo meu beck e vi a Andressa vindo na minha direção, com uma garrafa de Ice na mão.
Passei a mão no meu rosto e ela sentou no meu colo, toda bêbada.
Deco : Sai Andressa, já falei pra tu não ficar na minha reta. -Tu escutou, por que ela não?
Ela prendeu a mão no meu rosto, tentando me beijar e eu virei o pescoço pro outro lado, sentindo a boca dela perto da minha orelha.
Andressa : Não sei qual a necessidade de tu se fazer de difícil, sendo que você quer. -Ela passou as duas mãos no meu rosto, ficando mole pra trás, e eu prendi as minhas duas mãos na cintura dela.
Deco : Para de ser assim, Andressa, caralho, cresce, tu tem que parar, de achar que é o centro da atenção sempre, é difícil pra tu, entender que eu não te quero? Tu é gata, gostosa pra caralho, tem mais gente atrás de você, desencana.
Andressa : É difícil pra você, perceber que quem eu quero você? Olha o que tu fez com a gente, era pra gente ta juntos ainda, você me ama, eu te amo, pra que, querer negar isso tudo?
Neguei com a cabeça e eu vi ela ficando com raiva. Andressa é assim, quando uma coisa não agrada, ela surta, vira o demônio em pessoa.
Ela afundou as unhas dela forte pra caralho no meu pescoço e eu apertei a cintura dela, subindo pro cabelo de baixo da nuca e pegando forte de novo, puxando pra trás.
Senti uma das mãos dela no meu pescoço, apertando e eu subi uma das minhas minhas, pro dela também, vendo ela sentir falta de ar.
Deco : Tu tem que lembrar, que quem ensinou o pouco que tu sabe, fui eu, desgraçada. Não vem de graça pra cima de mim, querendo sair como forte, que tu vai levar também. -Ela apertou minha mão e eu soltei, vendo ela regularizar a respiração.
Andressa : Tu pode ter me ensinado, mas o que eu sou, é sobre mim. -Deu dois tapinhas no peito dela. -Não tenho medo de você, também. -Ela arranhou meu pescoço com força e levantou.
Ela começou a andar, e eu vi meu beck caído no chão. Olhei mais pra frente e a vagabunda entrou no mar.
Neguei com a cabeça e acendi outro, sentindo meu pescoço arder pra caralho. Levantei, pegando minha lata vazia e vi que a Andressa tava nadando ainda.
Deixei ela la e voltei pra casa, que tava ha uns cinco minutos de onde eu tava. Luiza tava sentada, jogando com a Maria Eduarda, com o Nem, Cadu e o Cabelinho na mesa do lado de fora.
Luiza : Que isso no teu pescoço? Ta sangrando. -Passei a mão por cima e neguei com a cabeça.
Entrei no meu quarto, e vi no espelho, desgraçada me paga. Joguei água e coloquei algodão, até parar de sair o sangue.
Tomei meu banho pra tirar o suor e tirei minha roupa de dentro da mochila. Depois que eu vesti, sai do quarto.
Luiza tava deitada no sofá, com a Maria Eduarda. Sentei no outro sofá com o celular na mão e apoiei minha cabeça no pescoço.
A galera tá toda bêbada pra caralho, geral bebeu e comeu o dia inteiro e já estão fazendo churrasco de novo, certeza que vão virar a noite.
Luiza : Tu vai sair com ele que horas? -Luiza pergunta pra Maria Eduarda que deu de ombros. -Hm.
Levantei do sofá de novo e voltei pra cozinha, coloquei as garrafas de cerveja no congelador.
Madu : Deco. -Entrou na cozinha e eu virei pra olhar pra ela. -O que tu queria falar comigo ontem?
Deco : Tu já tem planos demais pra hoje, deixa pra la. -Ela ficou me olhando sem entender e eu passei por ela.
Madu : Ce ta falando de que? -Perguntei e eu não respondi. -Não quero saber também, filho da mãe.
Ouvi ela falar e entrei na varanda, ajudei o Nem a colocar as carnes na churrasqueira e sentei ali na bancada, arrumando as cartas pra gente jogar truco.
Joguei três partidinhas ali com eles e depois deixei pra la, os cara é pato demais, não sabe jogar direito.
Luiza : A louca da Andressa chegou ai passando mal. -Comentou quando eu entrei na sala, e eu vi que ela tava rindo. -Eu sei que não é caso de ri, mas ce já viu piranha afogar?
Ela gargalhou batendo as mãos e eu neguei com a cabeça, abusada pra caralho.
Deco : É que ela só tá acostumada com água doce. -Ela riu e eu entrei pra dentro.
Peguei um dos telefones pra fazer contato com o Xt, e ele me falou que tava tudo tranquilo, tanto no morro quanto na pista.
Sai do quarto de novo, e a Andressa tava no banheiro do corredor, passando algum lance no pescoço.
Andressa : Viu que ficou tua marca? Desgraça.
Deco : Quem começou foi você, sai dessa. Tu já deveria saber, que se vier pra cima, vai levar também.
Andressa : Hm. -Fechou a torneira e secou as mãos, ela veio na minha direção e puxou minha cabeça pra baixo, colando minha boca na dela. -Tu me maltrata, porque sabe que eu gosto.
Deco : Não é essa a questão. -Separei dela. -Tu não gosta de ser maltratada, tu gosta de ficar no poder, e se eu tô, tu vai querer também.
Ela me olhou e deu um sorriso sarcástico. Empurrei ela pra dentro do banheiro e fechei a porta, sentindo ela trancar, sem se afastar de mim.
Andressa : Viu, tu nega, mas sempre volta pra mim. -Coloquei ela sentada na bancada, que cruzou as pernas dela na minha. -É porque tem que ser assim. - Falou no meu ouvido e eu passei a mão no cabelo dela.
Deco : Vai ser a primeira e última vez. -Ela riu e eu beijei ela, deixei minha mão na cintura dela, apertando com força e senti a mão dela na minha nuca.
Mordi o lábio inferior dela, que deu três selinhos em mim e eu me afastei dela, controlando a respiração.
(...)